Vasco mantendo o foco, Corinthians no encalço

O Vasco bateu o Bahia por 2x0 em Salvador. Assumiu a liderança com dois pontos a mais que o Corinthians. O time carioca chama a atenção, principalmente, por se manter em grande nível competitivo, mesmo após conquistar a Copa do Brasil e ter a vaga para a Libertadores assegurada.
O time carioca que teve um começo de ano complicado, passou a crescer com a chegada do técnico Ricardo Gomes. Gomes soube fazer um grande trabalho com jogadores experientes, mas que estavam em má fase ou esquecidos em centros periféricos. Eder Luis, Alecsandro, Diego Souza, Renato Silva, Juninho, Felipe e Elton são destaques do time. Além deles, Dedé, Fagner, Allan e Bernardo, jovens ainda, encaixaram muito bem e são muito importantes.
O Vasco dá uma lição aos times que abrem mão do Brasileirão quando conseguem a vaga na Libertadores. O time aposta no resgate das suas glórias. Após subir para a Série A em 2009, o Vasco tem a missão de levantar a autoestima da sua torcida e vai conseguindo. Agora terá pela frente o São Paulo, em casa.
Em segundo lugar está o Corinthians. O alvinegro paulista é o time mais regular da competição e conseguiu um bom resultado diante do Internacional, um 1x1 em Porto Alegre. O time paulista teve um jogo difícil, não fez uma grande partida e sofreu uma grande pressão, principalmente após a expulsão de Alessandro. A saída do lateral, fez com que a equipe recuasse de maneira equivocada. Entretanto, o Inter só abriu o marcador na segunda etapa com o lateral Nei. Após a expulsão de D´Alessandro, o time gaúcho preferiu segurar o Timão e aí falhou, pois Alex empatou numa boa cobrança de falta.
Com resultado, o Corinthians segue perseguindo a taça e agora terá pela frente apenas times que habitam a parte baixa da tabela, a começar pelo Avaí no domingo. Leva vantagem nos confrontos, mas o Vasco só precisa vencer para garantir a taça.

Mais uma agressão no Palmeiras

A paz anda longe do Palmeiras. Luxemburgo, Vagner Love já foranm agredidos por torcedores e Mauricio e Obina sairam no tapa em campo em 2009.

Agora foi a vez de João Vitor, volante reserva, ser agredido. Algumas fontes afirmam que o atleta teria começado as agressões a um torcedor e que membros da torcida organizada mancha alviverde teriam sido avisados e partiram pra briga.

Não importa quem começou, o fato é que esse episódio não pode passar impune. É preciso ações do clube, sua diretoria precisa apoiar o atleta, dos jogadores e demais agremiações que precisam fazer protestos ou até greve para pedir paz para exercer a profissão e da justiça para apurar os fatos. Além de uma discussão mais ampla do poder paralelo das torcidas organizadas que cada vez mais distorcem o esporte.

Botafogo ressurgido e a boa resposta de Andrés.

O Botafogo vinha em má fase, três jogos sem vencer e enfrentaria o líder Corinthians no Pacaembu, "casa" adversária.

O Fogão foi mais aguerrido na primeira etapa, fez dois gols com Loco Abreu e Maicossuel. Não deu espaços ao Timão e conseguiu sair vencedor da primeira etapa.

O Corinthians voltou mais aceso na segunda etapa. Foi pra cima e foi beneficiado na expulsão equivocada do lateral Cortés do Botafogo. Pressionou, teve bola na trave, viu o goleiro Renan evitar pelo menos quatro grandes chances, viu um Adriano visivelmente fora de forma tentar algo, mas em más condições, não foi útil.

Assim, o Botafogo venceu por 2x0 e aparece forte novamente para brigar pela taça, é sempre bom lembrar que o time tem um jogo a menos diante do desinteressado Santos e pode, vencendo, ficar ainda mais próximo de vencer.

Quem fala o que quer, ouve o que não quer

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, foi extremamente indelicado ao falar da escolaridade do presidente corinthiano Andrés Sanchez que rebateu no mesmo tom o popular JJ. Não gosto do estilo do corinthiano, acho que fala demais e se intromete muito na vida dos outros times, mas nesse caso estava coberto de razão. Sanchez faz boa administração, resgatou o Corinthians, trouxe Ronaldo, iniciou o Itaquerão. Juvenal faz administração razoável no SPFC, melhorou a estrutural, mas o time deixou de ganhar títulos e isso é imperdoável, ele precisa trabalhar mais e falar menos.

Rivaldo e o provavél, quase certo, fracasso.

O São Paulo procurou durante os últimos anos um dono para a camisa 10. Hernanes foi o último a vestir a lendária numeração, entretanto essa honra era mais por ser o melhor jogador da equipe do que pela posição, em tese o número pertence ao meia, e Hernanes era volante.

A camisa que já foi usada por Raí e Pedro Rocha andava carente de um dono digno. A primeira partida do São Paulo em 2011, foi em Mogi Mirim, que tinha como presidente e jogador o pentacampeão Rivaldo. Ele não jogou, mas foi convidado por Rogério Ceni para fazer parte do elenco do clube. A camisa 10 finalmente tinha um dono legítimo. Porém, a idade era o peso maior, afinal 39 anos em tempos de futebol de velocidade e vigor físico dificultam o jogo.

Rivaldo demorou para estrear, passou apagado no Paulista. O relacionamento com o antigo treinardor, Carpegianni, era ruim e ficou explícito, após a eliminação para o Avaí na Copa do Brasil o camisa 10 deixou clara a insatisfação por não ser utilizado, o que gerou a demissão do treinador pouco depois.

A torcida gosta muito do jogador, acreditava que ele poderia ser útil, o novo treinador, Adilson Batista, estava praticamente obrigado a colocar o jogador no time titular. Colocou, não gostou, tirou, Rivaldo reclamou publicamente, usou de novo.

Rivaldo foi titular diante Cruzeiro e Inter, 3x3 e 0x0, teve atuação discreta, pouco participou, se esgotou fisicamente e ainda teve azar, contra os mineiros, duas faltas que cometeu resultaram em gols dos adversários. Contra os gaúchos, perdeu um gol e participou do lance onde contundiu o companheiro de time João Felipe.

Rivaldo parece ter medo da aposentadoria, parece ter medo de perceber que não tem condições físicas. O meio não é mais seu lugar, lá produz muito pouco, é engolido pelos volantes adversários, tem um pouco mais de força quando está entre os zagueiros, mas nunca foi um grande finalizador dentro da area. Provavelmente, não mostrará mais do que vem mostrando, uma pena, pois eu torcia muito para que jogasse ao menos 10% doque um dia foi. Agora terá concorrência, pois Lucas e Cañete estão de volta ao time e são concorrentes na mesma posição. No ataque, o leque de opções é enorme, Fernandinho, Henrique, Willian, Dagoberto, Marlos e Luis Fabiano. Assim, a tendência é que, em pouco tempo, Rivaldo perderá espaço no time e deverá ter sacramentado seu fracasso com a camisa Tricolor.