sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tigre ruge em Bogotá

A expectativa era de que o Millonarios demonstrasse a força que levou o time colombiano a eliminar Palmeiras e Grêmio em Bogotá. Porém, a torcida colombiana viu o pequeno e aguerrido Tigre abrir o placar com um gol de Echeverria, Perlazza ainda empatou no fim do jogo, mas o placar foi suficiente para colocar o time argentino na final da Copa Sul-americana diante do São Paulo, a primeira decisão internacional do Tigre.

Ao contrário de gremistas e palmeirenses, os argentinos pouco se importaram com a altitude, foram organizados e não permitiram que o jogo físico rival superasse as suas linhas defensivas, em nenhum momento da partida os Millonarios exerceram uma pressão constante, pelo contrário, correram riscos durante o jogo todo. Os brasileiros que perderam usaram a altitude como desculpa, mas o Palmeiras perdeu para sua má fase e o Grêmio pelo seu excesso de veteranos em campo e por uma penalidade inexistente. O fato é que os argentinos não se intimidaram e jogaram com personalidade para vencer um grande adversário.

O Tigre é um time modesto, sem jogadores muito técnicos, mas com a velha e boa marcação argentina e jogadas aéreas muito bem definidas. O São Paulo é favorito e mais técnico, mas correrá riscos. Os argentinos querem fazer história, transformar um time modesto de uma pequena torcida em campeão continental e motivação não vai faltar. O Tricolor também tem as suas missões, uma delas é mostrar que este grupo pode por o São Paulo de volta ao protagonismo, vencer um título em mata-mata o que não acontece desde 2005 e decidir no Morumbi.

Não gosto de falar em obrigação de vencer. Todos os times possuem obrigação de vencer, tanto grandes quanto pequenos. Agora, para o Tigre vencer este torneio é importante, mas dificilmente mudará a realidade da equipe em relação ao seu tamanho. O São Paulo, por sua vez, precisa vencer para justificar seu tamanho e investimento, entra mais pressionado e ainda não deu mostras de que lida muito bem com isso nos últimos jogos.

O São Paulo é favorito, mas enfrenta um time com boa marcação e motivado, não será nada fácil. A título de curiosidade, a primeira Libertadores do São Paulo foi em cima de um argentino e no Morumbi.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mano por Felipão


Faltando pouco mais de um ano e meio para a Copa do Mundo, a CBF definiu a demissão de Mano Menezes do comando da Seleção Brasileira. A demissão veio no momento em que Mano começava a definir formas de jogo e até ameaçava uma melhora, mas os maus resultados diante de seleções mais fortes e uma certa rejeição do presidente José Maria Marim levaram a demissão.
Para o seu lugar, a CBF aposta numa lição do passado, Felipão. O treinador que vem de uma passagem ruim no Palmeiras, apesar do título da Copa do Brasil, a queda da equipe para a Série B foi debitada na conta do técnico. Porém, Felipão é um bom bombeiro, apagou os incêndios em 2002 e acabou campeão do mundo. O treinador teve muitas dificuldades durante a parte final das eliminatórias, mas o Brasil foi reerguido na Copa e, mesmo sem um futebol brilhante, venceu om muitos méritos.
Assim como em 2002 Felipão recebe uma Seleção ainda não montada, mas sem dois nomes importantes e reconhecidos internacionalmente como eram Rivaldo e Ronaldo. A atual Seleção é jovem, a maioria jamais jogou uma Copa do Mundo e ainda podem ser craques de representação internacional, mas ainda não o são. Felipão terá o desafio de manter esses jovens na equipe, mas tentar o retorno de alguns mais experientes para dar mais segurança ao time.
A demissão de Mano foi política, principalmente por não agradar ao atual presidente da CBF, mas também tem suas razões técnicas. Mano demorou demais para dar ritmo e padrão de jogo ao time e mostrou uma equipe vacilante, fora convocações que muitas vezes foram estranhas.
Eu esperava algo diferente, Felipão é mesmice, mas já deu certo uma vez e pode funcionar de novo. De fato a tendência é que o selecionado tenha um acréscimo de competitividade e isso é muito positivo.  

Na final


55 mil são-paulinos presenciaram o 0x0 que garantiu a passagem do time do Morumbi para a final da Copa Sul-americana. O resultado não foi o mais empolgante é verdade, mas o São Paulo tem mostrado uma evolução importante neste final de temporada, o que pode representar muito para 2013.
O São Paulo começou disposto a amassar a Universidad Católica, Lucas pela direita incomodou o sistema defensivo chileno, restando ao adversário apelar para as ações faltosas e o camisa sete sofreu com a violência rival com conivência da arbitragem venezuelana. O Tricolor comandou as ações durante toda a partida, esbarrou apenas na falta de pontaria e nas boas defesas do goleiro Toselli. Apesar disso o time mostrou tranquilidade ao segurar a bola no ataque, ao pressionar a saída de bola e manter o gol de Rogério Ceni longe de perigo.
A evolução do São Paulo como time é nítida. O time que parecia mais um catadão nas mãos de Leão, agora é mais organizado tanto ofensivamente quanto defensivamente. Além disso, a postura da equipe é outra, ontem se viu muita aplicação de todos os jogadores em campo. O time só foi à final por ter se desdobrado nesta partida. Apesar disso, o nervosismo de alguns jogadores e os erros de finalização mostram uma equipe ainda pouco amadurecida somada ao prejuízo da má preparação física do início da temporada.
Ainda assim a classificação foi comemorada. Afinal, o São Paulo não jogava uma final de campeonato desde 2006. A Copa Sul-americana não é uma grande competição tecnicamente, mas para o futuro do time do Morumbi, voltar para a Libertadores e ainda voltar a ser campeão em um ano onde pouco se preparou para isso representa a possibilidade de um 2013 promissor.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cai Mano, atraso permanece

Dunga tinha bons resultados, mas o Brasil era um time que vivia no samba de uma nota só, a equipe era talhada para o contra ataque e apenas isso. Em termos de resultado a passagem de Dunga foi positiva, mas a postura do selecionado incomodava  além disso a aposta em jogadores envelhecidos e a relação ruim com torcedores e imprensa derrubaram o ex-volante do cargo.
Mano Menezes foi a segunda opção da CBF para a vaga de técnico da Seleção e sua escolha foi boa, afinal ele teve trabalhos positivos no Grêmio com mão de obra barata e ajudou na reestruturação do Corinthians pós rebaixamento. Além disso, o seu relativo sucesso em mata-matas o credenciava a assumir o cargo.
Porém, atuações ruins ou pouco convincentes, convocações estranhas e om pouca continuidade e repetidas falhas em jogos importantes e nas Olimpíadas minaram o trabalho. A queda era questão de tempo e assim ela veio. Porém, a demissão por si só não resolve nada, em pouco tempo a Copa do Mundo de 2014 chegará e há um atraso técnico e tático que deverá ser transpassado pelo novo treinador. Mano chegou a fazer alguns progressos, muitas vezes tímidos e não foram consistentes.
Os nomes cotados são da mesma filosofia de Mano, Felipão, Muricy e Abel seguem o estilo de um padrão tático estabelecido e um futebol eficiente, mas nem um pouco belo. Talvez fosse o momento de algum estrangeiro, alguém que olhe para o futebol de modo mais moderno e ofensivo, talvez Guardiola.  

Menos do que o merecido


O São Paulo voltou ao Chile nesta Copa Sul-americana. Na primeira visita venceu a Universidad do Chile que acabou eliminando no Pacaembu. Desta vez a Universidad Católica dificultou um pouco mais e o jogo terminou em 1x1.
O jogo começou com o São Paulo postado bem na defesa diminuindo as ações dos adversários que só usavam o chute de longa distância como arma. Aos poucos o
 time do Morumbi foi dominando as ações e passou a criar mais oportunidades com o bom jogo de Jadson. Numa dessas jogadas a bola foi de um lado para outro e Rhodolfo achou Tolói livre para abrir o marcador. Depois o São Paulo foi mais maduro, tocou bem a bola e não fosse a jornada infeliz de Osvaldo e a mania de brigão de Luis Fabiano poderia ter saído com uns 3x0 da primeira etapa.
Na segunda etapa o São Paulo voltou melhor, continuou em cima e viu Osvaldo desperdiçar muitos chutes e dar passes errados. A Universidad passou a ter mais jogadores ofensivos, jogar pelos lados do campo. No São Paulo Jadson caia de produção, Lucas tentava ser a melhor opção, mas os zagueiros o tornaram alvo preferencial, acabou pedindo para sair, mas antes o São Paulo tomou um gol de empate após um passe errado. O bom atacante Castillo empatou a partida. O Tricolor deu uma desligada após o gol. Ney Franco colocou Ganso que melhorou a cadência do time mesmo ainda fora de ritmo. Porém, nada mais de grande foi feito no jogo. O time do Morumbi mostrou na segunda etapa que ainda não está pronto.
O resultado foi menos do que o time brasileiro mereceu. Entretanto não foi ruim ou desastroso. No Morumbi, onde o São Paulo pouco perde, o time de Ney Franco deve confirmar a classificação, o time é mais forte que seu adversário.

Tragédia anunciada


 A queda para a Segunda Divisão era quase certa para o Palmeiras, principalmente pelos vacilos em casa. A derrota contra o Coritiba foi o primeiro sinal do apocalipse verde, até pela facilidade com que o Palmeiras foi dominado e aceitou a derrota.
O segundo sinal veio diante do Botafogo, de novo em Araraquara. Desta vez o Palmeiras honrou a camisa e jogou bem, os seus atletas foram ao limite e o Verdão poderia até ter goleado, mas a maré não estava mansa, os cariocas estiveram a frente por duas vezes, os palmeirenses foram buscar, mas ficou apenas o empate em 2x2 no final. O Palmeiras era vitima das falhas.
A superstição imperou e o Palmeiras levou o jogo contra o Fluminense para Presidente Prudente onde nunca havia perdido. Precisava muito mais que essa tradição para vencer, os cariocas abriram 2x0, uma das bolas desviou no zagueiro Maurício Ramos para morrer na rede de Bruno. O Verdão foi valente, empatou, poderia ter virado, mas viu Fred fazer o terceiro e decretar a vitória do Fluminense, o título carioca e o inferno palmeirense.
No desespero, o Palmeiras seguiu para o Rio de Janeiro. O garoto Vinícius deu esperança, mas Vagner Love, cria palmeirense, chutou, a bola desviou no zagueiro, marca registrada do azar alviverde, e matou Bruno e o empate prevaleceu. A esperança morreu logo depois quando Portuguesa e Grêmio empataram e decretaram o segundo rebaixamento do Palmeiras em dez anos.
Jogar a Série B hoje não significa ficar esquecido, ainda mais pelo Palmeiras estar na Libertadores novamente. Porém um time da grandeza que tem o Palmeiras não pode cair duas vezes. A incompetência que impera no Parque Antártica está diminuindo o clube, envergonhando o seu torcedor, o de verdade, o que sofre calado, não os vândalos. A instituição não merece o apequenamento.

*coluna desta sexta do Jornal Acontece

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Superclássico com nada de super

Argentina e Brasil finalmente terminaram a série de dois jogos que precisaram de um esforço enorme para adquirirem alguma relevância real. Por mais que a transmissão se esforçasse a presença de Durval na zaga mostrava que o jogo não passava de um compromisso dispensável.

A Argentina com um time sem nenhum titular da sua melhor equipe fez alguns testes e os resultados foram bons. O fato é que as duas partidas foram bem abaixo do que o Serra Dourada e a Bombonera mereciam abrigar. Em Goiás o jogo foi desinteressante, Neymar salvou e deu a vitória por 2x1 em uma penalidade. Depois do apagão em Resistência, coube a La Bombonera abrigar a partida que acabou 2x1 para a Argentina e acabou com vitória brasileira nos pênaltis.  

Ontem o jogo demorou pra engrenar. O Brasil foi a campo com três volantes de uma forma inexplicável, era uma partida para testes não para defender um título inútil. Enfim a postura covarde que o selecionado nacional apresenta sob o comando de Mano Menezes novamente foi visto em campo, o que levou ambas as equipes a criarem praticamente nada até boa parte do segundo tempo. A partida melhorou com a entrada de Scocco artilheiro do Campeonato Argentino, logo depois Jean fez falta, fora da área, em Martinez, o árbitro marcou equivocadamente a penalidade no jogador do Corinthians e Scocco não deu chances para Cavalieiri.  Logo Neymar chutou e a bola encontrou Fred para empatar. Parecia que tudo estava resolvido até o Brasil tomar um contra ataque aos 44 minutos do segundo tempo, Montillo brigou com a defesa e rolou para Scocco definir. Nas penalidades, Cavalieri pegou a de Martinez e viu Montillo isolar, enquanto Thiago Neves e Jean marcavam. Sebá diminuiu e Carlinhos bateu fraco para a defesa de Orión. Scoco marcou, Fred também, Orion ainda deu chances para a argentina, mas Neymar definiu o título e a comemoração tímida. 

Para o Brasil ficou bem claro que Thiago Neves e Ralf caem muito de produção na Seleção e que Cavalieri e Fred merecem mais oportunidade. O fato é que o Brasil termina 2012 sem nenhuma partida que convencesse. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Durval e a banalização da Seleção Brasileira

Confesso que tenho pouca empatia com a Seleção Brasileira. São poucas as oportunidades em que o nacionalismo fala alto em mim em relação ao futebol, admito certa empolgação apenas em Copa do Mundo, no mais o selecionado parece mais um estorvo do que algo que deva ser motivo de orgulho.

Esse sentimento não é apenas meu, mas de boa parte do povo brasileiro, relação que foi estremecida depois da Copa de 1998 e nem mesmo a conquista de 2002 foi capaz de abrandar essa relação. Dez anos depois da última Copa do Mundo vencida, o brasileiro continua distante da Seleção. A questão toda são os motivos e são legítimos. 

O maior deles é a influência negativa sobre os clubes, principalmente pelo desrespeito as datas FIFA e um calendário que tira dos clubes seus principais atletas em momentos decisivos e isso é fatal para qualquer torcedor. Fora isso, amistosos longe do Brasil, convocações estranhas, técnicos pouco populares e banalização da camisa do selecionado são fatores que contribuem.

Esse amistoso fajuto diante da Argentina erroneamente chamado de superclássico é um exemplo de banalização da camisa. A partida não tem importância alguma, nem mesmo é um teste. A ausência dos grandes nomes que atuam na Europa esvazia a partida que costuma ser chata. Eis que vem a convocação e me deparo com Durval na lista, nada contra o zagueiro santista, mas quais as chances dele ter alguma sequência?  

Parece aquele tipo de convocação ao acaso, do tipo não tem tu, vai tu mesmo. Essa banalização é complicada, Seleção é a nata, aquilo que há de melhor ou deveria ser assim. Durval é um grande cara, disciplinado e bom profissional, mas tecnicamente está longe de se candidatar a vaga na Seleção. O único atenuante é que o tal superclássico é um supermico. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fluminense campeão; Palmeiras quase morto;


Com três de Fred, o Fluminense venceu o Palmeiras por 3x2 e garantiu o tri-campeonato de fato, o tetra segundo a decisão polêmica da CBF.

O Tricolor carioca abriu vantagem, permitiu o empate, alguma pressão, mas logo Fred anotou o gol da virada. Resultado que coroou a bela campanha do time carioca que foi campeão com todos os méritos. Ainda mais por contar com um grande goleiro e um espetacular centroavante que agregam qualidade a um time brigador, frio e altamente preciso. Todas essas qualidades estiveram presentes ontem e delas é que surge o grande poder desta equipe capitaneada com segurança por Abel Braga e olha que esse time tem muito o que crescer para 2013.

O Palmeiras segue sua sina, o azar acompanha a equipe que teve possibilidades de vencer, mas esbarrou em suas deficiências e se vê cada vez mais enterrado na crise. Fora isso a fraqueza técnica do elenco não permite sonhar com um futuro melhor a curto prazo. Uma derrota no domingo que vem e o Palmeiras estará rebaixado, a sorte é que será longe de sua, já enfurecida, torcida. 

Bahia ainda corre risco; Ponte foge bem; Figueirense cai; Flamengo ganha de forma contestada;

Sem objetivo nenhum  o Cruzeiro venceu o Bahia por 3x1. Os baianos ainda seguem ameaçados pelo rebaixamento e precisam de quatro pontos para se afastar de vez da zona da degola.

A Ponte Preta se afastou de riscos maiores ao vencer o Internacional por 1x0. Pior para o Colorado que tem chances remotas para a Libertadores. 

Em Florianópolis, finalmente a agonia do Figueirense acabou e o time estará na Série B em 2013, algo que já era visível a meses. O Sport ainda permanece vivo, o time pernambucano ainda luta e tem boas chances de se livrar. 

Numa penalidade ridiculamente mal marcada, o Flamengo venceu o Náutico decretando a primeira derrota dos pernambucanos em casa nesse Brasileirão.

Grêmio sobe; Galo desiste;


O Grêmio mostrou força no seu penúltimo jogo no Estádio Olímpico. Num jogo decisivo fez 2x1 sobre o São Paulo. O Tricolor gaúcho foi melhor durante o jogo, explorando a falta de combatividade do meio de campo rival que sofreu com a ausência de Wellington, dessa forma Zé Roberto aproveitou e foi responsável pelo gol de empate de André Lima. O Grêmio chegou bem ao segundo lugar. O São Paulo saiu sem vencer os dois jogos maiores que tinha, mostrando que ainda não está preparado para jogos deste porte. O time possui defeitos que só serão resolvidos na próxima temporada. Os principais são as laterias que seguem sendo o tormento, ontem Douglas errou menos, mas Cortes foi uma lástima total, nos dois gols gremistas o lateral estava mal posicionado  Outro problema é a falta de combatividade, pois Casemiro e Denilson são volantes com pouca pegada, sem Wellington o time enfraquece. Porém, analisando a temporada do time em 2012 a classificação para a Libertadores já representa um lucro enorme, basta vencer Náutico e Ponte Preta para ficar tranquilo. 

Em São Januário, o Atlético Mineiro abriu o caminho do título do Fluminense ao empatar 1x1 com o Vasco. O Galo saiu na frente com Ronaldinho, mas Alecsandro deixou tudo igual. O jogo contou com a péssima arbitragem de Elmo Resende que anulou um gol do Vasco de forma inexplicável  expulsou um zagueiro do Vasco de forma equivocada e deu uma penalidade absurda a favor do Galo. Ou seja, não fosse Fernando Prass os mineiros teriam vencido graças a fraca arbitragem. 

Botafogo sonha; Santos dorme; Corinthians acorda;

O sábado foi marcado pelo início da 35ª rodada.

O Botafogo ainda sonha com a Libertadores, precisa vencer ao menos dois dos seus três compromissos e torcer por tropeços do São Paulo. Diante da Portuguesa, o Fogão fez seu dever e ganhou por 3x0. A impressão que dá é que se Bruno Mendes tivesse chegado um pouco antes o time da estrela solitária estaria em uma condição ainda melhor. 

Mesmo com Neymar o Santos perdeu para o lanterna Atlético Goianiense por 2x1. A partida foi marcada pelo sono santista, um time sem garra e sem motivação. O Peixe abriu o marcador, mas viu o time goiano virar em cinco minutos com uma penalidade corretamente marcada e convertida por Marcio. O final da temporada centenária do Santos será melancólico.

Quem despertou foi o Corinthians que se prepara para o Mundial e voltou a usar sua força máxima.  O resultado foi um atropelamento de 5x1 em cima do Coritiba. Tudo bem que o primeiro gol saiu de uma penalidade inexistente, mas a goleada e a sexta colocação provam que o Timão chega com possibilidades ao Japão. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Show do São Paulo no Pacaembu


No dia três de dezembro de 2003, após uma épica vitória por 2x0, gols de Rico e Diego Tardelli, e as expulsões de Fabiano e Luis Fabiano depois de uma briga generalizada, o Morumbi viu Souza e Lugano perderem suas cobranças e Tuzzio dar a classificação ao River Plate que seria vice-campeão daquela segunda edição da Copa Sul-Americana.

Aquela eliminação, embora triste, foi o vibrião do retorno do Tricolor aos certames continentais. Naquele mesmo ano a terceira colocação no Brasileirão levou o time do Morumbi de volta á Libertadores, após dez anos. Aquela noite representou o reinicio, foram sete anos de disputas seguidas de Libertadores com um título, outra final e duas semifinais.

Justamente em um momento parecido o São Paulo volta para as semifinais da Copa Sul-Americana. São três anos longe da Libertadores e quatro sem soltar o grito de campeão. Porém, o elenco atual é mais forte e experiente que o de 2003 e a julgar pela forma como venceu a Universidad do Chile, pode sonhar com a taça.

Mesmo em domínios pouco usuais, a torcida do São Paulo foi em peso ao Pacaembu, fez a festa e foi recompensada pelo time. A La U adversária do São Paulo joga de forma ofensiva, pouco combativa e até irresponsável, isso, obviamente facilitou a vida do Tricolor. O São Paulo realiza esse jogo veloz, vertical e, com espaço de sobra, esse jeito de jogar dá resultado. Fora isso, a necessidade da La U ter que reverter a vantagem de 2x0 conquistada pelo rival no Chile obrigou a tentativa de sufocar.


Porém, apesar disso o São Paulo teve o mérito de definir rapidamente o placar e a classificação. Logo aos quatro minutos, num contra golpe veloz, Jadson abriu o placar e daí em diante o time do Morumbi mandou e brilhou. Lucas e Luis Fabiano trataram de definir o 3x0 antes dos 28 minutos da primeira etapa. A esta altura a torcida já comemorava a classificação e o futebol mostrado, o time já passou a administrar suas forças e a La U ainda tentava entender o que acontecia em campo.


Na segunda etapa  logo aos dez minutos Lucas e Luis Fabiano foram substituídos, mas a intensidade e gana da equipe não foram menores. Toloi e Jadson deram cabo do resultado ao definir o  5x0. O jogo não serve de muito parâmetro, pois dificilmente outro time dará essa liberdade ao São Paulo, mas serve de muito estímulo para o torneio.

domingo, 4 de novembro de 2012

Bahia foge; Atlético Mineiro se conforma; Inter longe da Libertadores;

O Bahia foge da zona do rebaixamento ao vencer a Portuguesa com o gol de Souza. O problema fica com a Lusa que caiu de produção e se aproxima perigosamente do descenso.

Deivid deu a vitória ao Coxa diante do desanimado Atlético Mineiro que pareceu conformado com o vice.

No Recife o Náutico é imbatível e Souza, duas vezes, e Kieza deixaram o Inter longe da libertadores.

Vasco travado; Palmeiras agoniza; Atlético Goianiense rebaixado;

O Vasco mostra que a magia acabou. O time carioca foi dominado pelo Sport. Felipe Azevedo, Hugo e Henrique balançaram as redes, assim o Vasco deu adeus as chances na Libertadores. O Sport ainda acredita em sair da zona, é o único que mostra reação para isso.

O Palmeiras até tenta, mas perde chances demais, erra quando não pode e se desespera, fora isso leva muito azar. O Botafogo abriu o placar, permitiu o empate, esteve na frente de novo, levou sufoco e permitiu o empate palmeirense. A situação dos paulistas é pavorosa, dificilmente não cai. O Bota não sonha tanto com o G4, mas ainda dá.

Em Brasilia, o Corinthians alternativo despachou o Atlético Goianiense para a Série B com gols de Martinez e Guilherme. 

Grêmio no sufoco; Neymar aplaudido, Hernane faz golaço.

A Ponte Preta foi valente e se tivesse um pouco mais de ousadia poderia ter aproveitado quando um gremista foi expulso, mas o Grêmio conseguiu o resultado no fim com o gol de André Lima e se viu mais seguro na terceira colocação. 

Em Minas, Neymar fez três e ainda deu passe para o gol de Felipe Anderson. A atuação de Neymar foi incrível em contraposição a atuação do Cruzeiro que foi um desastre. O jogador santista foi aplaudido até pela torcida rival, mas que fique claro que isso só aconteceu pela raiva da torcida mineira ao seu time. Era uma forma mais de atingir os seus atletas do que realmente de reverência. A admiração é positiva, após o jogo, mas durante o jogador é rival e acabou.

O Figueirense até atacou o Flamengo, mas Hernane assoprou a sombra do rebaixamento para longe e afundou o time catarinense  praticamente rebaixado   

Embate de gigantes


 São Paulo e Fluminense fizeram um grande jogo. Um jogo em que os times fizeram jus ao bom posicionamento na tabela. O 1x1 exprimiu bem o que foi o jogo no Morumbi que teve quase 60 mil pessoas nas arquibancadas.
O jogo teve início com muito estudo, mas mais atitude dos paulistas. Enquanto a marcação adiantada era a arma mais poderosa do time da casa, a incapacidade de executar uma marcação mais firme por parte do lateral Douglas mostrava aos cariocas por onde era possível vencer. O primeiro tempo se desenhou assim, Luis Fabiano era a cara da insistência são-paulina e Wellington Nem mostrava a sua qualidade, mas o sistema defensivo paulista estava numa boa tarde. O Fluminense é melhor que o São Paulo hoje por ter um jogo coletivo mais forte em virtude de entrosamento e de conjunto. Chama muito a atenção o sistema de marcação carioca, as linhas eram bem definidas, tão definidas que escondem as limitações dos zagueiros Gum e Leandro Euzébio, mas um sistema que lembra muito o do Corinthians da Libertadores desse ano. Assim, o 0x0 prevaleceu.
Na segunda etapa, o São Paulo mostrou toda a fragilidade individual dos zagueiros do Fluminense. Gum se assustou com Luis Fabiano e deixou o camisa nove a vontade para abrir o marcador. O Tricolor carioca deu uma desacordada, mas o paulista não aproveitou. Dessa forma o Fluminense mostrou outra qualidade, a frieza. O time voltou a trocar passes e passou a ameaçar o goleiro Rogério. Porém, pelo lado direito veio o castigo, Rafael Toloi tinha a jogada dominada, mas bobeou e Samuel, que havia substituindo o apagado Sobis, cruzou para Fred empatar. Embora Toloi tenha falhado, Douglas também não fez a cobertura, a falha também não deve apagar a boa atuação que o defensor do São Paulo fez na partida. Fred mostrou qualidade e fez o certo, deu uma provocada, coisa que deixa o futebol menos tedioso.
O empate foi melhor para o Fluminense na briga pela taça, mas testou a força do São Paulo que, apesar do empate, viu a torcida sair satisfeita com o empenho demonstrado, além da equipe estar confortável em relação a Libertadores. A derrota do Vasco e a parcial, até o momento em que escrevo, derrota do Internacional, fazem do time do Morumbi cada vez mais tranquilo. Por fim, boa atuação do árbitro Heber Roberto Lopes.