quinta-feira, 31 de maio de 2012

Oscar e o fim da novela

Esperei para  falar do litígio envolvendo Oscar, São Paulo e Internacional. Agora, com a situação resolvida, sobrou lançar um olhar sobre as nuances do caso.
Oscar era tratado no Morumbi como uma jóia, era a grande esperança da diretoria tricolor de iniciar o projeto de ter um time predominantemente formado em sua base. Porém, a idéia encontrava a resistência dos treinadores, assim Oscar teve poucas chances de atuar profissionalmente no São Paulo. Claramente veio o descontentamento, o jovem meia queria jogar e, aparentemente, deixar o Tricolor era a opção. O problema é que Oscar escolheu forçar uma saída, alegando ter sido coagido a se emancipar aos 16 anos e assinando seu primeiro contrato profissional. A coação existe sim, porém a prática é comum nas equipes, inclusive na Europa onde ofertam até emprego para pais de jovens atletas. De qualquer forma, os pais e o empresário de Oscar aceitaram a proposta do São Paulo sem questionar.
Em 2010, Oscar entrou na justiça e ganhou liminar para sair do São Paulo e acertou com o Internacional sem uma compensação ao clube formador. De certa forma, ele foi ingrato com o clube que deu toda a estrutura para sua formação como atleta. De outro lado, ele pode querer trabalhar onde quiser, porém precisava respeitar o contrato que assinou, bastava pagar a multa ou cumprir o contrato para ser "livre".
O São Paulo reagiu e ganhou em algumas esferas da justiça, numa queda de braço que fez Oscar ficar impossibilitado de atuar. A última instancia seria julgada, mas houve acordo entre as partes, o São Paulo receberá 15 milhões e Oscar jogará no Inter, o Tricolor conseguiu seu objetivo, receber a paga pelo investimento.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Santos com muito, muito sofrimento

O Santos teve pela frente seu adversário mais complicado nesta edição da Taça Libertadores. O Velez Sarsfield veio brigando pelo empate que lhe era favorável diante da torcida santista. A partida foi jogada de forma dura. muita marcação da equipe argentina, duas linhas de quatro jogadores bem definidas e dificuldades incríveis para os avanços ofensivos do Peixe.
Quando o Santos errava, a recuperação de bola dos argentinos era perfeita, sem chutões e nem desespero, era trabalhada a bola e isso aumentava a irritação e nervosismo santistas. Entretanto, o menor erro contra Neymar é terrível, embora o camisa 11 não tenha feito uma grande jornada. Porém, quando recebeu, aos 39 minutos, foi atropelado pelo goleiro argentino Barovero, que acabou expulso e bem expulso. O autor do gol na Argentina, Obulo deu lugar ao reserva Montoya. Porém, o 0x0 persistiu ao primeiro tempo.
Na segunda etapa, o Santos mais nervoso ainda e mais cansado física e emocionalmente, não conseguia fugir da marcação, incrivelmente bem feita, da equipe argentina. O Peixe precisava de paciência. Após algum tempo Muricy mexeu bem ao colocar o colombiano Renteria no ataque e tirar o volante Adriano. A mudança deu dinâmica e Renteria sofreu penalidade, que o juiz preferiu ignorar.
Ao passar do tempo, o clima de tensão só piorava. Léo entrou, Juan saiu. A mudança de característica dos laterais, surtiu efeito aos 33 minutos, Léo iniciou a jogada, Ganso recebeu e enfiou para Léo tocar de primeira para Alan Kardec, iluminado, chutar forte, cruzado e fazer a Vila explodir no grito de gol. Kardec que poderia sair como vilão ao perder um gol na cara do goleiro rival. O gol aliviava a tensão do Santos e o Velez se permitiu esperar as penalidades.
Nas cobranças, Martinez fez, Alan Kardec empatou, Canteros mandou pra fora, Ganso fez 2x1, Papa viu Rafael defender, Elano fez o terceiro, Sebá Dominguez diminuiu, mas Léo confirmou as semi-finais entre Santos x Corinthians.
Do jeito que as torcidas de ambos saíram inflamadas, do jeito que os jogadores saíram, dá pra ver que o bicho vai pegar.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Palmeiras, São Paulo e Coritiba seguem na Copa do Brasil

O Palmeiras venceu bem, 2x0 contra o Atlético PR. O jogo foi sem chances claras, até as entradas de Luan e Maykon Leite, aí o Verdão se impôs chegando aos gols com Luan e Henrique. Agora espera por Grêmio ou Bahia nas semi.

O São Paulo empatou em 2x2 com o Goiás e passou. Tomou certo sufoco até o gol de Ricardo Goulart, sem tempo de sentir o gol, Jadson empatou, Cortez fez o segundo na segunda etapa. Aí a chance de classificação goiana era pequena, era preciso fazer 5x2 em meia hora de jogo, a aplicação da equipe do Tricolor desencorajava. O gol de Egidio empatou e o Goiás ainda buscou a vitória pela honra, mas não aconteceu, São Paulo de volta as semi e fim do trauma das quartas-de-final.

O Tricolor agora terá pela frente o Coritiba, finalista em 2011. O Coxa não tem uma grande equipe como tinha ano passado, mas continua bem montada, forte e aplicada na forma de jogar, Marcelo Oliveira faz grande trabalho por lá. Em casa, tomou um susto quando Marquinhos abriu o marcador, porém Everton Costa, Anderson Aquino, Roberto e Everton decretaram a virada, 4x1 e classificação assegurada.

Corinthians ganha no tabuleiro de xadrez

Duelo de estilos iguais no Pacaembu, predominaram a distribuição tática, a disposição das equipes, o comprometimento. O jogo era eletrizante, embora não tenha tido grandes oportunidades na primeira etapa, os goleiros e as defesas buscavam afastar a bola para não correrem o menor risco. A partida se concentrava no meio campo, numa disputa insana pela posse da gorduchinha.
Na segunda etapa, a pressão insitou erros, o lateral Alessandro errou passe e Diego Souza chegou na cara de Cássio, jogada rara contra a equpe de Tite, o camisa 10 vascaíno tentou tirar do goleiro, Cassio deu leve desvio e a bola saiu, talvez Diego devesse ter escolhido o drible ou a cavadinha. O gol, se feito, faria o Timão se desorganizar, teria que buscar mais dois gols. Nilton quase fez, mas acertou o travessão. Na resposta Emerson acertou a trave de Fernando Prass. Aos 42 minutos, a zaga do Vasco vacilou, vinha marcando bem Paulinho, mas o camisa 8 é iluminado, subiu muito e colocou no fundo do gol para fazer a Fiel explodir de alegria. O Vasco estenuado nada mais podia fazer. Foi o cheque-mate, quando um jogador se distraiu , o outro ganhou a partida.
Merecida vitória da equipe invicta e que quase não toma gols. Essa força dá uma aura de time imbatível, mas ainda vale o alerta, o Corinthians apenas enfrentou equipes com as mesmas características até o momento, terá que mostrar força contra times mais habilidosos, mas mostra grande força e desejo de vencer.

Boca Juniors, sempre o Boca Juniors

O atual Boca Juniors não é uma equipe de grandes talentos, distante do passado mais glorioso, porém, ainda permanece com uma camisa lendária, que ganha peso maior quando se trata da Taça Libertadores.
O Fluminense jogou bem na primeira etapa, marcou forte, pressionou, anulou Riquelme, chegou cedo ao gol. Na falta cobrada por Thiago Carleto, o desvio na barreira impediu a ação do goleiro Órion, aos 16 minutos o Tricolor fazia o resultado que levava o jogo para as penalidades. A pressão se seguiu pela primeira etapa, mas o Fluminense não conseguiu chegar ao segundo gol.
No segundo tempo, o ímpeto Tricolor foi diminuído pela imposição do jogo morno pelos argentinos, o medo de sofrer um gol também fez Fluminense não pressionar como deveria. A rigor só duas bolas foram ao gol do Boca. Do lado oposto, a equipe portenha passou a acreditar e arriscar chutes. No único vacilo do meio carioca, já passando dos 45 minutos, o Flu já se preparando para a cobrança de penalidades, quando Riquelme lançou, o meia Erbes disparou ganhando da marcação de Thiago Neves, chutou, Diego Cavalieri desviou levemente e a bola acertou a trave, na volta Cavalieri fez defesa espetacular, mas, infelizmente, a bola sobrou para Santiago Silva empatar. Na comemoração o argentino colocou a mão na cabeça de Thiago Neves num gesto de consolo e gozação ao mesmo tempo.  
Não havia tempo para que o Fluminense fizesse os dois gols que precisava para a classificação. Houve um silêncio sepulcral no Engenhão, o time de guerreiros foi calado pelo brilho do Boca. Talvez se Fred e Deco não tivessem se machucado na disputa do inútil estadual, a sorte seria outra.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Primeira rodada do Brasileirão

Resumão das partidas da primeira rodada do Brasileirão 2012:

No Sábado, o Pacaembu viu o empate Palmeiras 1x1 Portuguesa. O Verdão abriu o marcador num belo arremate de Luan. A equipe poupou Valdivia e Marcos Assunção para a partida de quarta pela Copa do Brasil. Na segunda etapa, o Palmeiras recuou demais e permitiu o empate da Lusa, gol de Rodriguinho.

Sport 1x1 Flamengo - Empolgado pela torcida, o Sport pressionou o Flamengo, esteve próximo de abrir o marcador diante de um adversário que a despeito das "férias" forçadas voltou sem o menor Ânimo. Marquinhos Gabriel fez o gol pernambucano. Com Ronaldinho apagado, Vagner Love foi o nome do empate carioca.

Figueirense 2x1 Nautico - O Figueirense fez a lição de casa, sofreu um pouquinho, mas venceu no final. Fernandes abriu o placar, Araújo de pênalti deixou igual, mas o estreante Caio decretou a vitória catarinense.

Botafogo 4x2 São Paulo - O Tricolor fez um bom primeiro tempo, atacou com frequência e perturbou a marcação do Bota. Chegou ao gol num chute belíssimo de Jadson. Porém, na segunda etapa o Botafogo voltou mais ligado e explorando os erros corriqueiros do São Paulo. Lucas ganhou na lateral e cruzou para Herrera, o argentino cabeceou firme no canto. O Tricolor ainda fez o segundo com Luis Fabiano, mas a defesa errou mais uma vez, o fraco Paulo Miranda fez uma penalidade infantil e ridícula e o argentino Herrera converteu. Depois foi bobagem atrás de bobagem, Denilson, experiente, fez falta tola e viu Vitor Junior marcar após desvio de Cicero. Leão tirou Jadson e Casemiro e entraram Maicon e Fernandinho. O São Paulo perdeu o meio campo e o Botafogo aproveitou. Numa falta de seriedade Maicon perdeu a bol e Herrera fez de novo. Após esses contratempos, creio que a situação de Leão fica difícil mesmo com a classificação as semi finais da Copa do Brasil, não há sintonia entre técnico e diretoria, além de que o treinador insiste em escalar o limitado Paulo Miranda, retira Jadson em todos os jogos e queima, aos poucos, Osvaldo que veio após esforço da diretoria, Leão cava sua cova no Morumbi. O Tricolor tem um bom time, mas a falta de comando atrapalha. O Botafogo apresentou muitas falhas, mas aposta muito na velocidade a frente.

Corinthians 0x1 Fluminense - Ambos entraram com reservas. O Timão com reservas mais experientes como Douglas e Willian. O Flu com três experientes e outros reservas dos reservas, pois com muitas contusões, alguns reservas serão titulares no meio da semana. O jogo foi morno, com poucas chances de lado a lado. O grito de gol saiu no segundo tempo com Leandro Euzebio na bola aérea, jogada bem evitada caso fosse a zaga titular corinthiana.

Internacional 2x0 Coritiba - O INter passou sem dificuldades pelo Coxa. Leandro Damião e Dagoberto fizeram as redes balançarem e definiram, ainda na primeira etapa, a vitória colorada.

Ponte Preta 0x1 Atlético MG - O jogo foi duro e equilibrado. A Ponte animada pela torcida tentou ditar o ritmo, mas falta qualidade ao escrete campineiro, principalmente sem Cajá. O Galo segurou o ímpeto e chegou ao gol numa falha grotesca da zaga rival, gol de Escudeiro.

Vasco 2x1 Grêmio - Nem vascaínos, nem gremistas pouparam muito e o resultado foi um bom jogo. Felipe Bastos fez de falta, Fernando empatou e Alecsandro decretou a vitória. Fernando Prass ainda defendeu um penal que garantiu 3 pontos.

Cruzeiro 0x0 Atlético go - Partida fraca na estréia de Celso Roth a frente da Raposa. Um time nervoso encontrou no Dragão um adversário difícil, tudo acabou como começou 0x0.

Santos 0x0 bBahia - A equipe reserva do Peixe, com cinco novas contratações e debaixo de chuva, segurou a força baiana e garantiu o empate.


domingo, 20 de maio de 2012

Chelsea na raça e com sorte

O Chelsea venceu por 4x3 nas penalidades, após um empate de 1x1 no tempo normal, o Bayern de Munique no estádio Allianz Arena na Alemanha e sagrou-se campeão da Liga dos Campeões da Europa, título perseguido desde quando o russo Roman Abramovich comprou o clube em 2003 e transformou o clube que era apenas tradicional por ter mais de cem anos, mas não era uma potência, nem mesmo na Inglaterra.

Após muitos anos de alto investimento, o Chelsea teve o menor investimento para esse ano e olha que a temporada prometia ser péssima. Os maus resultados levaram a demissão do português André Villas Boas e a assunção do cargo pelo auxiliar Di Mateo, ex jogador do clube. Com Di Mateo o time acordou, fez duas partidas defensivas incríveis diante do Barcelona e abocanhou o título da Copa da Liga Inglesa ao bater o Liverpool por 2x1.

E nessa final ante o Bayern, os ingleses mostraram a mesma bola que os levou para a final, um estilo extremamente defensivo, pouco ousado e com menos erros. Seguindo estritamente a cartilha que faz uma equipe se reerguer, apostar na defesa e atacar com inteligencia. Assim, o Bayern foi superior em todo o jogo, a equipe alemã teve mais chances, obrigou mais defesas do goleiro Cech e intervenções da zaga, sempre seguras mesmo composta pelos reservas David Luiz e Cahill. Os alemães se desesperavam a cada ofensiva não concluída em gol. O Chelsea praticamente não obrigou nenhuma defesa de Neuer. Na segunda etapa, o Bayern chegou ao gol com Thomas Muller, a partida parecia decidida, mas a sorte bafejou os Blues, dois minutos depois, Drogba empatou após escanteio e um momento de bobeira da defesa alemã.

Na prorrogação, assim como diante do Barcelona, Drogba cometeu penalidade. Porém, assim como contra os catalães quando Messi perdeu a cobrança, Robben bateu mal para defesa de Cech, a sorte definitivamente vestia azul. Na cobranças de penalidades, o Bayern vinha bem, acertou a primeira com Lahm e viu Mata perder. Daí pra frente só acertos.  Até Olic perder a cobrança, Cole empatou, Schweinsteiger mandou na trave e chorou, ainda mais quando Drogba definiu a classificação.

O Chelsea não é o melhor time da Europa, mas ganhou a competição merecidamente pela raça e disposição demonstradas. O futebol arte deve ser seguido, mas muitas vezes o pragmatismo gera bons frutos. Os ingleses tem muito o que comemorar, após perseguir a Champions League finalmente ela chegou. O destino parece ter sido o décimo segundo jogador do Chelsea.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Velez Sarsfield 1x0 Santos

O Santos foi derrotado por 1x0 pelo Velez da Argentina. O Peixe não foi sombra  do time que reina no Brasil, foi sem criatividade, recuado e medroso até. Neymar e Ganso não foram efetivos e o Santos não fez um jogo normal. Lembrou, em alguns momentos, o time acuado pelo Barcelona no Japão. O meio campo argentino anulou as principais peças santistas, mesmo com uso constante de faltas.
O gol marcado por Obulo ainda no primeiro tempo decretou a vantagem argentina, numa jogada aérea. Porém, a apatia santista espantou. Fazia tempo que Neymar não desaparecia em campo, obviamente o craque santista ainda precisa evoluir, principalmente quando enfrenta defesas  melhores postadas que as nacionais.
Na Vila Belmiro, o Santos terá que vencer e mostrar ao seu torcedor a sua verdadeira face, na Argentina o Santos não apareceu.

Boca Juniors 1x0 Fluminense

O Boca Juniors de hoje só tem a camisa, pois tecnicamente não possui uma grande equipe, a não ser pelo armador Riquelme.
O Fluminense mandou nos primeiros 15 minutos, chegando a quase abrir o marcador com Jean. Porém, aos poucos o Boca passou a gostar do jogo, principalmente quando o lateral Roncaglia descia as costas de Carlinhos que se perdia no seu nervosismo. O lateral era a principal avenida para os avanços argentinos. Incapaz de evitar as chegadas, Carlinhos deu carrinho desnecessário que lhe rendeu o primeiro amarelo. O goleiro Diego Cavaglieri fazia boas defesas e garantia o empate.  Porém, Carlinhos levou a mão ao encontro da bola, segundo amarelo e expulsão justa. Com um a menos, o time argentino dominou as ações.
Na segunda etapa, o Boca permaneceu na pressão e o Flu recuou ao tirar Sobis e colocar Carleto. Mouche abriu o marcador, após belo passe de Cvitanich. O jogo ficou truncado no meio campo. O juiz foi conivente com a pancadaria desenvolvida pelos argentinos e o Tricolor ficou sem condições de reverter. Os brasileiros reclamam uma penalidade que para mim não aconteceu foi um caso de bola na mão, não mão na bola.
A equipe brasileira tem condições de vencer no Engenhão, mas terá que superar os desfalques de Deco e Fred, além de torcer para que o Boca não siga a sina de aterrorizar os brasileiros. Contudo, aposto no Fluminense. 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Palmeiras 2x2 Atlético PR; Vitória 0x0 Coritiba

Vi apenas flashes de Atlético PR e Palmeiras, mas com base no resultado, o Verdão se deu melhor por fazer dois gols fora de casa. O Atlético com um time jovem, foi pra cima empolgado, chegando ao gol com Bruno Mineiro. O Palmeiras não demorou para que Barcos empatasse. Ainda na primeira etapa, Guerron recebeu, em impedimento e cruzou para Edigar Junior fazer o segundo paranaense. O Palmeiras ainda ameaçou com duas faltas cobradas por Marcos Assunção. Na segunda etapa, a entrada de Maykon Leite e de Luan favoreceu o Palmeiras e Maykon, com um golaço empatou. O Palmeiras ainda foi prejudicado, houve, ao menos, um pênalti a favor do Verdão que não foi marcado, além, é claro do impedimento não assinalado.

Não vi Vitória e Coritiba, mas pelo que entendi, o jogo foi parelho, porém melhor para o Coritiba que decide em casa. Porém, sempre é bom frisar que empate com gols classifica os baianos.

São Paulo 2x0 Goiás

No Morumbi o Tricolor fez valer sua força e venceu o Goiás, mas não sem sofrer e muito dos antigos problemas na armação do time e no jogo coletivo.
Porém, no início tudo indicava um domínio são-paulino, com menos de 15 segudos Lucas achou Luis Fabiano na cara do goleiro Harlei, mas chutou mal. Depois do lance, o Goiás preencheu melhor o meio de campo e dificultou as passagens ao ataque do São Paulo, além de ameaçar com perigo o gol de Denis. Jadson, Lucas e Cicero, responsáveis pela armação ficavam se criatividade e o Tricolor quase não ameaçava com real perigo. O Goiás mantinha a bola no contra-ataque, embora não tivesse qualidade para chegar ao gol. Somente aos 30 minutos alguma jogada mais interessante saiu para o São Paulo, o bom zagueiro Rafael Toloi errou uma saída de bola e Lucas roubou a pelota, em seguida acertou uma enfiada para Luis Fabiano que, com maestria, fez 1x0.
Após o gol, o São Paulo pressionou e quase fez com Lucas e Cicero. Na segunda etapa, o Tricolor teve mais domínio da bola, favorecido pela escolha do técnico goiano Enderson Moreira que retirou o volante Amaral e pôs o zagueiro Ernando, a proposta era adiantar os laterais, em especial o esquerdo Egidio. Porém, com um volante a menos, Jadson passou a jogar mais. Ainda assim, o segundo gol saiu de outro erro goiano, Toloi tocou mal, após bola esticada de Lucas, Cicero pegou rebote e levou a bola para a linha de fundo, de lá rolou para o lateral Douglas encher o pé e ampliar. Daí, se fosse um time maduro, o São Paulo deveria segurar a bola e fazer o tempo passar, mas não atingiu essa maturidade e sofreu uma pressão. Toloi não empatou de cabeça simplesmente pois a bola foi ao encontro do rosto do goleiro Denis. Thiago Humberto acertou o travessão e quase diminuiu. O São Paulo é um time de uma nota só, apenas ataca em velocidade, sendo incapaz de trocar mais passes ou de ditar outro ritmo. Ainda assim, criou para chegar ao terceiro gol que não veio. Ganhou o jogo por ser mais técnico que o adversário e ter contado com os erros da defesa rival. O São Paulo não joga um grande futebol, mas na Copa do Brasil nenhuma das equipes está jogando em grande nível, o que permite ao São Paulo sonhar.
No Serra Dourada pode até perder por 1x0 que passa de fase, mas meu palpite é uma vitória paulista em terras goianas.

Vasco 0x0 Corinthians

A tensão, a chuva, a lama e a distribuição tática das duas equipes, fizeram do esperado jogo entre Vasco e Corinthians uma partida pragmática, com poucas chances e muita briga no meio de campo.
Por um lado o Timão atravancava as situações de ataque cariocas pelo bom posicionamento defensivo, trancando a passagem pelas laterais, pelo meio com os volantes e com os atacantes segurando a bola, evitando a pressão. O fato de ter jogadores com boa capacidade de proteger a bola como Emerson, Danilo, Alex e Jorge Henrique fazia com que o Vasco demorasse demais para reconquistar a posse de bola e a defesa corinthiana tinha tempo de ficar organizada.
O Vasco, por sua vez, conseguiu dificultar as ações ofensivas do Corinthians como avanço dos laterais e as descidas surpresas de Paulinho, principal válvula de escape dos paulistas em situações de dificuldades.
A boa armação defensiva de ambos impediu um jogo rico em oportunidades, as disputas se davam no meio, extremamente povoado. Sobravam apenas cruzamentos e chutes de média e longa distância. A dificuldade de realizar essas jogadas é maior. Assim, o empate era o caminho.
O Vasco evitou tomar um gol dentro de casa e saiu bem nisso. O Corinthians evitou bem os gols dependendo de uma vitória simples no Pacaembu para ir a semi-final. De qualquer forma, a compactação corinthiana suplantou a experiência dos jogadores vascaínos. Porém, o Vasco conseguiu fazer um gol com Alecsandro, mas a arbitragem assinalou impedimento, até aqui não consegui distinguir se estava ou não em impedimento, já que as duas emissoras que transmitiram deram impressões diferentes ao lance. O lance foi milimétrico e tanto marcar ou não marcar era um erro ou acerto perdoável. Mas caso tenha sido invalidado incorretamente seria interessante ver Tite e a diretoria corinthiana que tanto reclamam em erros contra seu time e prezam tanto pela honestidade do esporte, admitissem um erro a favor não é?
O Corinthians fez um resultado na ponta do chá, o 0X0 se repetido leva as penalidades, as duas equipes passam se vencerem, porém o Vasco tem uma vantagem, se empatar com gols, leva a classificação, mais do que nunca a eficiência defensiva corinthiana será testada.
Meu palpite é que haverá outro 0x0 e as penalidades decidirão.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O tri, o time, o craque e o técnico


O último jogo do Paulistão acabou 4x2 para o Santos. O resultado não era tão importante, já que o Peixe venceu por 3x0 o Guarani na primeira partida e era impossível imaginar que o time campineiro reverteria a vantagem do time santista. Há de se ressaltar que o Guarani foi melhor na primeira etapa e, não fosse a penalidade equivocada a favor do Santos e dois erros de finalização, poderia até ter feito 4x1. Porém, o Santos tem mais time e conseguiu fazer o normal, venceu e festejou.
O tricampeonato paulista só atesta a superioridade santista nesse começo de década. O time é melhor do que os demais grandes do Estado. Além disso, a presença de jogadores excepcionais como Neymar e Ganso credencia o Santos como o melhor do Brasil e quiçá o melhor time da América do Sul.
O time, obviamente, é bom. Claro que sem Ganso e Neymar seria uma equipe menos espetacular, mas não menos competitiva. A presença de experientes, jogadores de qualidade e alguns jovens mostram que existem opções no elenco e que dão base aos melhores talentos. Rafael, Fucile, Arouca, Juan, Elano, Borges, Bernardo entre outros, estão à disposição e qualquer técnico gostaria de contar com eles.
Agora, o craque é Neymar. Ainda que Ganso tenha sido mais efetivo nas finais, o camisa 11 faz, no mínimo, dois gols quando vai mal, imagina quando vai bem. O jogador causa discussão, as vezes parece meio provocador demais, mas sua qualidade e capacidade são indiscutíveis. Hoje, já está entre os melhores do mundo.
Por fim, destaco Muricy Ramalho, o técnico que prova e comprova sua capacidade. Não há o que se discutir, ganha, ao menos, um título por ano. Arrumou a defesa santista e equilibrou a equipe. Verdade que a maioria das vitórias é garantida por Neymar e Ganso, mas de nada valeria o talento deles se não houvesse estratégia de jogo.
Parabéns ao Santos, uma grande equipe, coroada com um grande título. Para delírio dos santistas, essa equipe não vai parar por aí. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Campeões, campeões, campeões..

O Brasil viveu um domingo em que o grito de campeão ecoou pelos Estados da federação com a decisão das competições estaduais. Uns com mais representatividade que outros, mas sempre é bom gritar "É Campeão!".

No Rio de Janeiro, Botafogo pressionou, mas apesar de bons momentos não venceu Diego Cavaglieri. O Fluminense deu o bote na segunda etapa e abriu o marcador com Rafael Moura, com poucos minutos para fazer quatro gols, o Botafogo nada mais podia fazer e viu o título Tricolor no Engenhão.

Em Minas, o Atlético superou a perda da vaga na Copa do Brasil e coroou a campanha invicta do mineiro ao bater o América por 3x0, destaque para o meia Bernard, autor de dois gols na final e peça importante na campanha do Galo.

No Gaúcho a festa foi colorada. O Internacional, de virada, fez 2x1 no Caxias, apesar de ter saído atrás e ver Nei perder um pênalti, a equipe do Beira-Rio não se rendeu e empatou com Sandro Silva e virou com Leandro Damião, salvando o primeiro semestre após a eliminação na Libertadores.

Na Bahia, jogo tenso e incrível. O Bahia  jogava pelo empate, mas viu Neto Baiano abrir o marcador para o Vitória. Fahel empatou e o goleiro Douglas saiu mal cedendo a virada Tricolor. Na segunda etapa outra virada rápida, Neto e Dinei fizeram 3 x2 pro Vitória. Porém, Douglas falhou de novo e Diones empatou, fez o Bahia campeão e Paulo Roberto Falcão feliz da vida.

No Catarinense o regulamento obrigou que o Figueirense, mesmo vencendo os dois turnos tivesse que fazer uma final com o Avaí e aí o time de azul e branco levou a melhor. Depois d e fazer 3x0 no primeiro jogo, venceu o Figueira por 2x1 fora de casa e levou o caneco.

No Ceará, o Ceará venceu o rival Fortaleza por 1x0, gol de Felipe Menezes e levou a taça.

Em Goiás, o Goiás iniciou perdendo pro Atlético, um gol de Bida, mas o Esmeraldino empatou num golaço de Ramon e ficou com a taça.

No Paranaense, o empate em 0x0 persistiu entre Coritiba e Atlético. Assim, decisão nas penalidades. Todos acertaram até Vanderlei defender cobrança do atleticano Guerron, aí Everton Ribeiro acertou e deu a taça ao Coxa.

Em Pernambuco, foi a vez do Santa Cruz levar a taça dando um presente amargo ao aniversariante Sport.  Branquinho abriu o marcador para o Santa, logo em seguida Moacir empatou. Ainda na primeira etapa, Denis Marques desempatou. Na segunda etapa Luciano Henrique fez o terceiro. Edcarlos ainda diminuiu mas deu Santa.

Em Alagoas festa do CRB, na Paraíba deu Campinense, no Pará deu Cametá e no Rio Grande do Norte deu América-RN.

Teve o Santos em São Paulo, mas este é assunto pro próximo post...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

São Paulo 3x1 Ponte Preta

O São Paulo foi bem diferente do apático time que perdeu por 1x0 em Campinas. No Morumbi, foi valente, guerreiro, ofensivo. Voltou a apresentar os usuais problemas na zaga, principalmente pelos avanços sem cobertura dos laterais. Mesmo assim me pareceu mais organizado do que em jogos anteriores, Leão falha na montagem, mas os jogadores mais experientes precisam ser a voz do técnico nas quatro linhas.
Leão voltou a cometer o erro de deixar Jadson na reserva. O meia não é um craque, mas ajuda, dá ritmo diferente de jogo, distribui, dribla, chuta e passa bem. Sem ele, o meio-campo fica fragilizado e o Tricolor só corre. Muita velocidade e quase nenhum pensamento. O time devolve demais a bola e diante do meio preenchido da Macaca sequer passava aos atacantes. Ainda deu o azar de ver Somália fazer um gol maravilhoso e obrigar a equipe da casa a fazer três.
O Tricolor era obrigado a se lançar ao ataque, mas não tinha criatividade para fazê-lo, parava na parede campineira. Porém, chegou pelo alto ao empate, não sem antes ver Renato Cajá obrigar bela defesa de Denis. Lucas bateu falta, Cicero desviou e Casemiro empatou. Mesmo nervoso, o Tricolor ganhou um presente na indecisão de William Magrão e Bruno Fuso, Lucas ganhou a bola e, sem goleiro, virou. O São Paulo ia pro intervalo com a vantagem e empolgado atrás do terceiro.
O time se lançou todo ao ataque. O técnico Gilson Kleina tirou o lateral Guilherme e colocou o atacante Pimpão. Jadson voltou e o Tricolor ganhou o meio. Foi pressão na frente e raça na defesa a tônica do São Paulo, com a saída de Guilherme, Cicinho que incomodava no ataque ficou na lateral. Assim, com liberdade, Cortez avançou, recebeu de Jadson e deu para Luis Fabiano virar e marcar 3x1.
O São Paulo brigou por mais um gol, correu riscos desnecessários. Porém, se classificou e cheio de problemas ainda pode ser campeão da Copa do Brasil 2012.

Fluminense 2x1 Internacional

O Fluminense precisou ser mais guerreiro do que tático no Engenhão. O Internacional, com o reforço de Oscar, ao meu ver de forma irregular diante do impasse jurídico que vive, mas ressentido da ausência de D´alessandro. Porém, com um time mais pesado e firme na marcação, o Inter foi ligeiramente melhor, criando as melhores oportunidades, chegou ao gol com Leandro Damião. Na base da garra, o Fluzão buscou. Primeiro no gol de Leandro Euzébio, irregular, mas validado, poucos minutos após sofrer o primeiro gol. No fim da primeira etapa, Fred virou de cabeça. desta vez legal.
O Inter seguiu na pressão e melhor na segunda etapa, mas precisava de um gol. O Fluminense, se postou atrás e guerreiro dividiu cada bola. No apito final, a classificação e outra pedreira, o Boca Juniors, pela frente.
A qualidade do elenco Tricolor o credencia ao título. Junto a Corinthians e Santos são candidatos mais sérios a taça.  Tecnicamente, é mais time que o Corinthians. O Fluminense tem muita experiência e isso contará muito daqui pra frente.

Santos 8x0 Bolivar

Me recuso a fazer qualquer análise tática do time boliviano do Bolivar, afinal eles nem foram a campo e qualquer orientação do treinador foi implodida no golaço de Elano, aos 5 minutos de jogo. O Bolivar que jogava pelo empate, após vencer por 2x1 com ajuda da altitude e protagonizar cenas vexatórias como atirar laranjas em Neymar, não viu a bola na Vila Belmiro. O Santos foi impiedoso, os acontecimentos na Bolívia foram descontados na bola, cada chute, passe, cruzamento, drible era descontos da raiva sentida pela equipe santista em La Paz.
Foram cinco gols só na primeira etapa. Elano o primeiro, o goleiro boliviano fez uma penalidade ridícula em Edu Dracena, Neymar não perdoou na cobrança, ele nunca erra nesse lance. Ganso, genial, de letra fez o terceiro, a pressão não parava, Alan Kardec bateu pra fazer o quarto e Neymar, com colaboração do zagueiro fez o quinto.
Na segunda etapa, o passeio continuou. Elano deu um drible que tirou dois marcadores e fez mais um. Ganso, de falta, também fez mais um. Por fim, Borges deixou o dele e um belo 8x0 no placar da Vila. O massacre só não foi maior, pela misericórdia pedida pelos bolivianos, por vontade santista e pela apelação do time rival que, desta vez, verdadeiramente desceu a porrada.
O Santos melhorou muito taticamente desde o ano passado. É um time mais voluntarioso, tem laterais melhores na marcação, mesmo Henrique não sendo do ramo. Porém, o time tem consciência tática, ofensivamente e defensivamente e um entrosamento de dar gosto. A dúvida de que a filosofia defensiva de Muricy fosse atrapalhar a equipe se dissipou, a equipe agora é ainda mais forte, mas a defesa ainda exige atenção. O Corinthians, por exemplo, é mais equilibrado como time, mas o Peixe tem jogadores desequilibrantes a mais e por isso é o melhor do Brasil atualmente.
Com todo respeito aos demais, na Libertadores o Peixe é favorito.

Lanús ARG 2X1 Vasco

O Vasco foi para argentina lamentando o gol sofrido no primeiro jogo no Rio quando vencia por 2x0 e o jogo ficou em 2x1.
Na Argentina, os cariocas fizeram uma grande partida na primeira etapa e mereceria até um placar por dois gols de diferença. Porém, saíram com apenas um na frente e foi um golaço do volante Nilton. O Vasco mandava no jogo, o Lanús se perdia no nervosismo. Mesmo cheio de jogadores rodados como Valeri, Pavone e Camoranesi que já atuaram na Europa, o time argentino não conseguia reagir.
Sinal de partida tranquila na segunda etapa certo? Ledo engano. O Lanús pressionou, lutava e empurrava o Vasco para trás. Chegou ao primeiro com Pavone e exatos 17 minutos depois comemorava a virada com Gutierrez. O Vasco atordoou após o primeiro gol e sofreu um "apagão" que permitiu a virada. Após, as pancadas voltou a ser valente e segurou o jogo até as penalidades. Todos os cinco batedores do Vasco acertaram, Camoranesi desperdiçou e no 5x4 o time carioca passou de fase.
O Vasco tem problemas na defesa, Rodolfo e Renato Silva não são uma dupla confiante, é imprescindível que Dedé volte para a equipe ser mais segura. O lateral Fagner está em baixa e é um ponto fraco da equipe. No mais a equipe é experiente. Juninho, Diego Souza, Alecsandro, Carlos Alberto, Eder Luis não nasceram ontem para o futebol, embora existam pontos fracos em demasia, esse elenco pode sonhar com as semi-finais, com certeza o encontro entre Vasco e Corinthians vai tirar faísca.

Corinthians 3x0 Emelec EQU

O Emelec do Equador permitiu que o Corinthians jogasse com tranquilidade no Pacaembu ao ser incompetente para furar o, bem armado, sistema defensivo alvi-negro. É bom lembrar que o Emelec chegou até essa fase, principalmente devido ao fato de que Flamengo e Olímpia, melhores tecnicamente, deram enormes vacilos. Principalmente, o Olímpia que empatava até um minuto para o fim e tomou um gol bobo numa jogada manjada. Porém, o time equatoriano nada tinha a ver com a má fase flamenguista.
O Emelec é bem desorganizado, a defesa é fraca e confusa, o meio-campo não possui quase nenhuma pegada, a grande aposta fica por conta da velocidade e das jogadas pelo alto. Embalado pela torcida no Pacaembu o Timão pressionou muito nos primeiros minutos, rapidamente, Fabio Santos na base da raça ganhou a bola até ficar na cara do goleiro Dreher, apesar do nome sugestivo a única coisa que desceu macia foi a bola nas redes, Corinthians 1x0 e delírio. Porém, o Timão não apertou mais o adversário, recuou em demasia. O adversário só levava perigo quando o veloz Valencia aproveitava os espaços deixados por Fabio Santos e abria a defesa para as jogadas aéreas com o atacante Figueroa. A jogada manjada não surtia efeito pelas boas interferências de Cássio e a boa fase da defesa. Destaque para a boa partida que Alex realizou. Não entendo a preferência de Tite com o Jorge Henrique se Alex tem mais recursos.
Na segunda etapa o Emelec buscava as bolas altas, mas sofria com os contra-ataques. Paulinho começou a aparecer e desde a primeira etapa já merecia deixar o dele. Os equatorianos buscavam enervar o jogo, sabiam que um gol não era impossível. Porém, provaram do veneno, a bola alta, na falta bem cobrada, Paulinho tocou para o gol, ali o resultado já estava definido.
O time equatoriano que abusou das jogadas faltosas desde a primeira girada do relógio, perdeu ainda mais a cabeça. Sem dó e no embalo da Fiel, Alex, dono do jogo, decretou o 3x0.  Cassio, Castan, Fábio Santos, Paulinho, Alex, Danilo e Emerson foram destaques.
O Corinthians era mesmo favorito no Pacaembu, é o time brasileiro mais equilibrado. Não tem talentos individuais espetaculares, mas é um time maduro e que sabe o que quer, é o time mais talhado para fazer história em todos os tempos. Porém, a Libertadores segue e, ainda que seja um pouco superior ao Vasco, o time carioca representa um perigo real.

domingo, 6 de maio de 2012

Mais definido ainda

No Rio a final foi uma bela partida entre Botafogo e Fluminense, mas o placar final de 4x1 para o Tricolor dificulta imaginar uma recuperação da estrela solitária. Olha que o Bota começou mais aceso, levando perigo ao gol de Diego Cavaglieri, Renato acertou belo chute e abriu o marcador. O Fogão recuou demais e aceitou a pressão do Fluminense. A melhor técnica Tricolor prevaleceu, após cruzamento Thiago Neves ajeitou e Fred, de bicicleta, empatou. O Flu pressionou mas ficou no 1x1.
Na segundo tempo, o Botafogo voltou com a mesma atitude do início da primeira etapa, mas o impeto inicial acabou com a expulsão do lateral Lucas, o segundo amarelo foi merecido e tardio. O Botafogo esmoreceu e o Flu passou a aproveitar. Poucos minutos após a expulsão Rafael Sobis fez o segundo. Sem respirar Sobis, sem ângulo, fez o terceiro ao driblar o goleiro Jefferson. O Botafogo ficou sem forças e viu o garoto Marcos Junior fazer o quarto. Rafael Sobis quase fez o quinto, errou por muito pouco.
A verdade é que o Fluminense tem um grupo muito forte, assim como o Santos, em São Paulo, sobra diante dos rivais, partidaça de Deco, Thiago Neves, Fred e Sobis. Apenas uma tragédia ainda fará do Botafogo campeão. O Flu deve erguer a taça.

Definido

O Santos só precisou do primeiro jogo diante do Guarani pra ser campeão paulista. O 3X0 dessa tarde de domingo confirmou o favoritismo do Peixe e, a não ser que haja uma catástrofe, definiu o Tri-campeonato santista. O time de Campinas foi valente, aguerrido e empolgado, mas não tinha condições de bater o time santista. Culpa do Guarani estar na final? Não, culpa de São Paulo, Corinthians e Palmeiras pela incopetência.
A primeira etapa não indicava a vitória maiúscula, o Guarani pela empolgação se lançou ao ataque e incomodou a defesa santista, principalmente, pelo lado esquerdo da defesa do Peixe. A marcação do time de Campinas conseguiu dar conta de Neymar e Ganso. O meio-campo santista não jogava bem e isso permitiu que o Guarani se aproveitasse e fosse pouco incomodado. A juventude do Bugre impediu a definição e talvez um gol e com o Santos não definir é uma sentença de morte. Na primeira vez que o meio santista teve a chance, o placar abriu. Arouca conseguiu proteger a bola e Ganso acertou belo chute. Mesmo sem merecer, o Peixe foi ao intervalo vencendo.
Na segunda etapa o Guarani voltou com um dilema atacar ou defender pra ter chance no segundo jogo? A resposta foi a bola na trave de Aranha após defesa do arqueiro santista. De outro lado a bronca de Muricy surtiu efeito e o meio-campo santista voltou mais vivo, fazendo jogadas e movimentando. Assim, Ganso passou a jogar mais, na frente ganhou a jogada da defesa e só não fez o gol pelo goleiro Emerson que deu um tapa na hora correta, mas a bola procurou Neymar e fez 2x0. O valente Guarani ainda tentou incomodar embora psicologicamente seja mais frágil. Neymar começou o velho show ao dar uma carretilha na lateral, novamente indico que é um recurso dele, mas acharia mais natural se fizesse isso quando está 0x0 ou numa eventual derrota.
Daí pra frente, os espaços eram cada vez maiores e o Santos podia aproveitar sua arma mais letal, aproveitar os erros do adversário. Os laterais Juan e Henrique, improvisado mas muito superior a Maranhão , passaram a acertar a marcação e Neymar recebeu na lateral, driblou e fuzilou pra marcar o terceiro do Santos.
O Santos já é campeão paulista e deve seguir na mesma toada na Libertadores. O valente time de Vadão deve brigar muito pra não sair pela porta dos fundos e, ao menos, vencer o último jogo. É bom que se diga que o Guarani fez uma partida digna, sem violência, mas o Santos anda impossível.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Onde o rugido vira miado

O São Paulo perdeu por 1x0 para a Ponte Preta no Moisés Lucarelli pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. A derrota faz com que a equipe campineira jogue por um empate no Morumbi na próxima quinta. Ao Tricolor resta vencer por mais de dois gols ou por 1x0 para ir aos penaltis. Porém, se repetir a péssima atuação desta quarta vai amargar mais um vexame.
A derrota por 3x1 para o Santos no domingo gerou uma série de mudanças na equipe. Jadson e Piris perderam vaga no time, Rodrigo Caio e Osvaldo nem para o banco foram. Leão contava com Paulo Miranda como titular, mesmo o zagueiro sendo responsável direto por dois gols santista, mas a diretoria interviu e afastou o defensor, em outros tempo Leão não aceitaria essa ingerência no seu trabalho, mas não rugiu e aceitou a intervenção. As mudanças aconteceram na equipe, Douglas estreiou, Edson Silva entrou na zaga e Fernandinho entrou no ataque.
O que não mudou foi o desequilibrio do jogo da equipe. O time que entrou era composto por uma maioria de condutores de bola, toda jogada tricolor era em alta velocidade, o time correu como se não houvesse amanhã. Porém, era apenas isso, a marcação do time é extramente fraca, não foi raro ver Denilson e Casemiro, volantes, e Cortez e Douglas, laterais, no ataque deixando espaços enormes para o ataque rival. Faltaram tabelas, chutes, marcação correta, alternância entre a aceleração e a cadência. Na primeira etapa houve equilíbrio, mas na segunda só deu Ponte Preta. No lance do gol de Roger, Rhodolfo ficou sozinho e sem a menor cobertura, os laterais e volantes permitiram a movimentação livre. O afastamento de Paulo Miranda repercutiu mal na equipe e o time pareceu tão apático quanto o de 2011. Nem o penalti que o juiz deixou de dar a favor do São Paulo salvaria a péssima noite. A Ponte tem uma boa equipe que sabe a hora de defender e atacar, Caio e Ferron jogaram muito bem e, não fosse a bela atuação de Denis, poderiam ter feito mais gols.
O Tricolor parece sem forças, é muito dificil acreditar que uma semana será suficiente para uma recuperação. Diretoria, time e comissão técnica não falam mais a mesma lingua e essa situação não prometem um fim positivo.