No contra-ataque, deu São Paulo

Após a apática atuação diante da Portuguesa e a demissão de Leão, ficou um clima de expectativa pairando o Morumbi. O time se preparou para a sua quarta partida fora de casa, diante do então líder Cruzeiro, com Milton Cruz de interino e a efetiva participação do goleiro Rogério Ceni, lembrando que o Tricolor havia perdido os demais três jogos fora de casa.

O São Paulo teve mudanças. Milton optou por três zagueiros, assim João Felipe, renegado por Leão, retornou e formou trio com Edson Silva e Rhodolfo, a tentativa era melhorar a compactação e equilíbrio da marcação. No meio, sacou Casemiro e Cícero, jogou com Douglas e Cortez como alas e colocou Maicon que deu mais qualidade no passe na saída de bola. Ao contrário de Leão, a ideia foi esperar os contra-golpes.

O Cruzeiro joga usando os contra-golpes, em casa se viu obrigado a sair para o jogo. O time celeste foi projetado para uma linha de 4 defensores, na frente deles, três volantes, assim as jogadas ofensivas dependem de Montillo, Wellington Paulista e Fabinho.

O Cruzeiro começou aproveitando o desconforto do São Paulo com o novo jeito de jogar, forçou o jogo pelo lado esquerdo. Quando o São Paulo se adaptou teve bela chance com Jadson que driblou Tinga mas chutou mal. Em novo contra-ataque, Rafael Donato falhou em cortar o cruzamento e Luis Fabiano abriu o marcador. Um minuto de alegria tricolor, após cruzamento, Donato se livrou de Edson Silva e empatou. Não demorou para que Luis Fabiano ganhasse a bola e tocasse para Lucas driblar o zagueiro e bater no canto, 2x1. Aí o jogo se tornou morno, o São Paulo segurando a bola, tocando e trabalhando ela, o time estava bem mais compactado hoje. O Cruzeiro tentava, mas Montillo estava pouco inspirado.

Na segunda etapa, logo aos três minutos, Maicon fez lançamento que achou Cortez na cara de Fábio que defendeu, mas no rebote Jadson fez belo gol. Souza havia entrado no lugar de Fabinho. Aos oito minutos, Donato novamente não foi parado por Edson Silva e empatou. A defesa do São Paulo falhou muito, mais ainda quando Rhodolfo, melhor zagueiro do time, saiu machucado e deu lugar a Paulo Miranda. Daí pra frente, o São Paulo abdicou do ataque, buscando contra-golpes. Wallyson entrou no Cruzeiro e deu mais movimentação ataque. Quando o São Paulo encontrou um contra-golpe, Lucas foi derrubado, penalidade marcada, Luis Fabiano chutou mal e Fábio pegou. O Cruzeiro foi pra cima, mas pouco inspirado apostou nas bolas aéreas e a zaga do Tricolor não errou mais, final 3x2.

O São Paulo foi mais compacto, acertou mais passes e jogou com mais vontade do que com Leão. Além da adoção de uma nova proposta, ficou claro que o ambiente ficou melhor com a saída de Leão. Porém, o precedente é perigoso, os jogadores, deram a entender que derrubaram o antigo treinador. É vida que segue, agora jogando em casa onde terá que ser ofensivo, veremos o que o Tricolor pode fazer. O Cruzeiro é uma equipe bem montada, mas só tem Montillo com grande qualidade, os demais se dividem entre bons e médios. Em casa, precisa achar um jeito mais ofensivo de jogar.

A fúria espanhola diante da Azurra de Balotelli

Estarão, frente a frente, na final da Euro 2012, a Espanha e a Itália.
Os espanhóis não estão jogando muito bem, mas são competitivos, mesmo aos trancos e barrancos avançaram. Portugal foi um duro adversário, pressionou e criou oportunidades, mas ainda não tem a confiança então não conseguiu a vitória no tempo normal. Na prorrogação, a Espanha foi dona das ações e passou a ficar perto da classificação. A partida se decidiu nas penalidades Bruno Alves errou para Portugal, Cassillas, goleiro espanhol, cresce nesses momentos. Fabregas anotou o gol da classificação.

A Itália surpreendeu a todos ao derrotar a favorita Alemanha. O estilo italiano agrada menos que o alemão. A proposta de marcação e contra-ataque é menos empolgante que o envolvente time alemão que privilegia o ataque, são estilos. Na quinta-feira a Itália fez por merecer, dois gols de Balotelli, o segundo foi um golaço. Na segunda etapa, a Alemanha tentava pressionar, mas as melhores chances foram da Azurra. Ozil ainda diminuiu de pênalti, mas não havia tempo, 2x1. 

Prefiro o estilo espanhol de futebol. Porém, é impossível não torcer por Mário Balotelli. O jogador é filho de ganeses, mas foi abandonado em um hospital de Palermo na Itália. Ficou algum tempo morando lá, sem um nome oficial. Até ser adotado pela família Balotelli. Nessa Euro ele sofreu ataques racistas, sendo mal tratado, mas superou e levou a Itália até a final. Na foto ele aparece abraçado a mãe e ao irmão, mostrando que discriminação não pode ter espaço no futebol. Ele é marrento, polêmico, é bom ter uma figura dessas num tempo de jogadores mimados e raramente verdadeiros.

Empate no pé de Romarinho

O empate de 1x1 entre Boca Juniors e Corinthians em La Bombonera foi resultado de um jogo disputado, mas tecnicamente pouco brilhante.

Nos primeiros 15 minutos, o Corinthians tentou, mas não conseguiu marcar a saída de bola portenha. O meio-campo, principalmente, Paulinho, mostrava personalidade, mas os defensores estavam sentindo a pressão, a bola queimava nos pés. Paulinho teve a primeira chance efetiva ao chutar forte para defesa de Orion. Porém, os corinthianos, por falta de ousadia, não ofereciam riscos, não aproveitavam os espaços entre os zagueiros e laterais argentinos, principalmente devido ao fato de Somoza não proteger bem a defesa.
Do outro lado, o Boca não conseguia pressionar a defesa corinthiana, tentava abrir os espaços, mas Mouche fazia má partida, embora Riquelme jogasse livre e fugisse muito bem da marcação de Ralf. O camisa 10 deu um chute ao gol e iniciou a jogada que Silva deu voleio, só não fez o gol, pois Alessandro estava embaixo da trave de Cassio. Assim, se foi o primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Corinthians recuou mais, buscava uma bola. O Boca se movimentava mais e o Timão não saía jogando com tranquilidade. Mouche teve bela chance de frente com Cassio, mas bateu mal. Numa segunda jogada Mouche bateu escanteio, Silva arrumou uma confusão e Roncaglia estufou as redes. O Boca ficou em cima, Tite colocou Romarinho em campo, o jovem que veio do Bragantino, entrou e fez trio de ataque com Emerson e Liedson, que entrara na primeira etapa. Isso, criou uma situação difícil para os argentinos e permitiu uma reação corinthiana. Assim, Paulinho ganhou, Emerson brigou e Romarinho no espaço entre o lateral e o zagueiro surgiu e, com frieza descomunal, empatou. Logo depois, a sorte sorriu, a bola foi no travessão e Cvitanich perdeu um gol feito.

A impressão que ficou, foi a de que, não tivesse respeitado muito o adversário, o Corinthians poderia ter vencido. Tecnicamente o Timão é melhor que o Boca. No Pacaembu, o empate leva a prorrogação e aos pênaltis. O Corinthians aposta na força da torcida, mas os argentinos dificilmente se abalam com torcida contra. O jogo será duro, catimbado. Se não cair nas armadilhas e marcar Riquelme como se deve, o Corinthians está bem perto das conquistas.

A arbitragem foi bem, mostrando que o futebol de verdade é esse, tem contato normal, nem tudo é falta. Agora, palmas para a bela partida que realizaram Emerson, Riquelme, Paulinho e mesmo o mediano Leandro Castan.

Horas para a glória

Em pouco mais de duas horas Corinthians e Boca Juniors estarão em campo na busca da Taça Libertadores da América. Os argentinos tem a história, dez finais, seis conquistas, veterano de Libertadores. O Corinthians diante da primeira final da história e próximo de uma conquista que faria ruir as piadas dos adversários, mas bem mais importante que isso para coroar o momento incrível que passa o clube.

Do outro lado vem a história do Boca. O time mais popular da Argentina. Seu peso histórico, a lendária La Bombonera, onde apenas quatro brasileiros bateram o time da casa em Libertadores. A equipe atual não é tão boa quanto as antigas, mas camisa e tradição tem de sobra por lá.

O Corinthians terá a seu favor as suas façanhas, sua sina de quebrar jejuns. Foi assim em 1977 ao quebrar 23 anos sem conquistas no gol de Basilio. Foi assim em 1990 ao bater o São Paulo de Raí e, por fim, a espera de 19 anos pelo primeiro nacional. O Timão está aí, pronto para encerrar mais essa escrita.

Porém, apesar de todo o passado, a bola vai rolar e uma nova página será escrita.

Abateram o Leão

A primeira vítima da crise são-paulina foi o técnico Emerson Leão. Concordei com a demissão dele, creio não ser a solução do problema, mas é um início. Leão, em oito meses de clube, não demonstrou pulso, não se via uma evolução tática na equipe de jogo em jogo, sempre os mesmos erros,  parecia um time que não treinava. Fora isso, o clima ruim com a diretoria estourou no caso Paulo Miranda, os jogadores se uniram ao treinador, mas, após reclamações públicas do técnico com os jogadores, a relação azedou de vez e a apatia diante da Portuguesa confirmou tudo.

Porém, o sonho de dias melhores pode virar pesadelo diante das declarações do presidente Juvenal Juvêncio que praticamente jogou o fracasso nas costas de Leão poupando as atuações sofríveis de Jadson, Fernandinho, Maicon, Casemiro entre outros. Ele afirmou que o elenco é competitivo, e realmente o é, mas ainda assim precisa de 3 ou 4 reforços, principalmente, pelo número de atletas machucados. Porém, a marca da soberba do mandatário tricolor veio ao dizer que o nível de treinadores no Brasil é ruim e que até ele poderia ser treinador. Eu fico imaginando que técnico terá coragem de trabalhar num clube onde todos pensam saber mais que ele.

A diretoria trabalha com nomes, mas os mais conceituados estão bem em suas equipes. Felipão, na fina da Copa do Brasil, só sai do Palmeiras no fim do ano, Abel Braga e Muricy Ramalho seguem prestigiados em Fluminense e Santos. Dorival Junior vive na corda bamba no Inter e não fez bons trabalhos desde que saiu do Santos. Um estrangeiro poderia ser uma boa, o time procurou o português André Villas-Boas, mas ele recusou, pois demoraria a conhecer o futebol brasileiro e, talvez, quando aprendesse, seria demitido. Os sul-americanos Sampaoli e Fossati foram ventilados, mas descartados. Levir Culpi e Paulo Autuori poderiam ser, mas trabalham em outros países, seria atirar no escuro. A melhor solução seria olhar para treinadores modestos, mas com bons trabalhos recentes, Vadão levou o Guarani até as finais do paulista, Gilson Kleina fez dois anos bons na Ponte Preta, meu favorito é Marcelo Oliveira que faz trabalho estupendo no Coritiba. Porém, se a diretoria não for mais humilde pode por um medalhão que terá o mesmo fim de Leão.

Ecos da Copa do Brasil, tem algo errado no Morumbi

Três dias após o fracasso diante do Coritiba, o São Paulo voltou a campo diante da Portuguesa pelo Brasileirão, o resultado foi um time apático, assustado, de cabeça baixa, principalmente ao ver sua própria torcida, se é que se pode chamar disso, vaiar e empurrar o próprio time para o buraco. Buraco que é fundo, tá tudo errado no Morumbi. Diretoria, comissão técnica, elenco, departamento médico, torcida e, pasmem, até as categorias de base andam mal. Ah o resultado foi 1x0 para a Lusa, que mesmo com um time beeeem mais barato dominou as ações e merecia até uma goleada a seu favor.

Me perdoem a palavra que irei usar, mas a situação me faz um episódio do rebaixamento palmeirense no Brasileirão de 2002. Na ocasião o zagueiro Alexandre, raçudo, mas pouco técnico, foi perguntado, após mais uma derrota, no que iria dar as atuações da equipe, ao que ele respondeu "Sei lá onde vai dar essa merda",bom deu na segundona. Agora o São Paulo precisa saber onde dará a sua.

O fato é que a soberba reinou lá no Morumbi em 2009, o tri-campeão brasileiro, Muricy Ramalho foi demitido após mais um insucesso na Libertadores. A pressão de diretores e torcedores era de que com toda aquela estrutura era impossível ser derrotado por "times inferiores", caíram no conto do vigário, a estrutura decantada foi igualada pelos rivais que tiveram melhora significativa de suas gestões, enquanto a do São Paulo se engessava. Ricardo Gomes, Baresi, Adilson Batista, Carpegiane e Leão passaram no comando da equipe desde então, os quatro primeiros foram derrubados pela pressão, o último está com os dias contados. Ano passado houveram mudanças profundas no elenco, um time inteiro foi embora, um time inteiro chegou, mas as coisas não mudaram. Não se atacou a causa da doença tricolor, sua diretoria. A diretoria que desprezou material humano e que se recusa a compartilhar decisões se afundando.

Falta planejamento, é preciso de decidir agora antes que o ano vá por água a baixo. Falta visão, se pensa em nomes de impacto para o elenco e não em nomes que resolverão as carências do time. Além disso, a escolha de Leão foi equivocada, o treinador está ultrapassado, é preciso de uma novidade, alguém com bons trabalhos recentes, com menos nome, mas mais vontade. Vadão, Gilson Kleina e Marcelo Oliveira são bons nomes. É preciso mais humildade nas escolhas.

A torcida aproveitou para prestar um desserviço, vaiando o time e poupando a diretoria incompetente. Como sempre, na hora que precisa as torcidas ajudam mais a jogar terra.

As semifinais dda Uefa Euro 2012

Foram definidos os semifinalistas da Eurocopa 2012.

Portugal fez jogo duro diante da Republica Tcheca. Os tchecos até criaram oportunidades, mas Cristiano Ronaldo estava com vontade e decidiu a parada numa cabeçada que definiu o 1x0.
O adversário português será a Espanha, a Fúria fez 2x0 na França. A Espanha é uma das favoritas, mas ainda não demonstrou o futebol que encantou a todos, porém mesmo assim será favorita no confronto, sonha com a taça. A França vive uma geração polêmica, pouco colaborativa e longe de fazer os franceses sonharem com conquistas desde  a Copa de 1998.

Do outro lado da chave, a Alemanha voltou a mostrar seu belo futebol, goleou por 4x2 a Grécia. Uma equipe jovem e agradável com a bola nos pés. Para mim não só favorita para a Euro, mas chegará forte na Copa de 2014.
Os alemães terão que suar a camisa, pois enfrentarão a Itália, o time italiano é inconstante, mas fez bom jogo diante da Inglaterra, merecia classificar no tempo normal, mas foi nas penalidades que passou. A Inglaterra vê uma geração promissora ir embora sem dar os frutos que se esperava.

Boca Juniors, o pior adversário

O 0x0 no Chile diante da Universidade do Chile, garantiu o Boca Juniors na final da Libertadores diante do Corinthians. O Boca não possui uma grande equipe, o Timão tem jogadores melhores tecnicamente, mas o time argentino tem estrela e conhecimento da competição sul-americana, o que pode ser um diferencial.
Basta lembrar que o São Paulo na sua primeira conquista enfrentou o Newells Old Boys da Argentina que não tinha tradição seria a primeira conquista e ambos. A primeira conquista palmeirense foi em cima do Deportivo Cali outro com menos tradição que o Boca. Claro, que essas equipes foram competentes quando chegaram na final, mas não tinham peso histórico. O Santos na sua primeira vez teve o Peñarol que já era supercampeão. O Internacional foi diante de um São Paulo que havia sido campeão pela terceira vez no ano anterior. Nesses dois exemplos que o Corinthians deve se espelhar.
Porém, o Corinthians terá seu pior adversário na final, isso torna o jogo sensacional e perigoso.
Por um lado, se o Timão perder será siante de um campeão, mas se vencer entrará pra história em grande estilo.

A chance do Palmeiras

Desde 2000 quando venceu a extinta Copa dos Campeões, o Palmeiras não se via tão próximo de uma conquista nacional. Agora em 2012 consegue chegar a uma final de Copa do Brasil. A vitória por 2x0 em Porto Alegre, deu aos palmeirenses uma boa vantagem sobre os gremistas. No segundo jogo, o Palmeiras cozinhou o galo, poucas chances para ambos os lados, somente na segunda etapa quando Fernando abriu o marcador para os gaúchos que o alvi-verde reagiu e chegou ao empate com Valdivia. O 1X1 levou o Palmeiras de volta as finais.

O Palmeiras ainda é refém de uma diretoria dividida, pouco confiável e de pouco dinheiro, mas a equipe compensa pois fez uma aliança positiva com o seu treinador. Felipão mostra que seu manejo não enferrujou, conseguiu resgatar a moral de um elenco e olha que não é prodigioso em talentos, mas se  desdobra, solidário com cada jogador e está com um objetivo bem claro, a conquista.

O Adversário será o Coritiba que mostrou um futebol convincente diante do São Paulo e será um adversário de grande dificuldade nas busca do título.

O equilibrado Coritiba fez jus ao melhor jogo e despachou o São Paulo

Quilômetros longe do Pacaembu, em Curitiba, no Couto Pereira, o Coritiba eliminou o São Paulo da Copa do Brasil ao vencer por 2x0, gols de Everton Ribeiro e Emerson.

O resultado do primeiro jogo havia sido injusto, o Tricolor venceu, mas não convenceu, o Coxa foi um time bem mais organizado e merecia até uma melhor sorte. No Couto tudo se repetiu, o São Paulo até fez uma partida mais equilibrada, porém pífia em relação ao adversário. Na primeira etapa, o equilíbrio foi a tônica, apesar de equilibrado o Coritiba mostrava receio de sofrer um gol, se Lucas tivesse sido menos individualista o São Paulo teria aberto o placar. Porém, Rafinha foi entrando no jogo e o Coritiba passou a ser mais constante no ataque, até o camisa 7 cruzar para Emerson atropelar os dois zagueiros são-paulinos e abrir o marcador. Daí em diante uma chance para cada lado, mas um domínio dos paranaenses em termos gerais.

O segundo tempo voltou com o São Paulo tentando, mas apenas nas velhas individualidades, o coletivo são-paulino é fraco, medíocre até, mais abaixo exponho o que acho disso tudo. O Coritiba viu que não tinha muito o que temer e foi pra cima. Cortez não conseguiu evitar cruzamento de Roberto que encontrou o baixinho Everton Ribeiro entre os dois zagueiros tricolores e sem a menor cobertura do desinteressado Casemiro, ele tocou de cabeça e fez a festa. O resultado eliminava o Tricolor, mas ainda era cedo e o time só precisava fazer um gol, se fosse um time equilibrado com padrão tático definido seria uma tarefa relativamente simples, mas não é assim, o time se desesperou, o Coritiba inteligentemente recuou e passou a incomodar nos contra golpes. Um desses ataques evidenciou o desequilíbrio do Tricolor, em determinado momento cinco jogadores paranaenses ficaram mano a mano com um único defensor adversário, acredito que o gol só não saiu pelo fato dos jogadores terem achado que era facilidade demais. No fim, o São Paulo teve chances, algumas, mas parecia distante, derrotado e não evitou a eliminação.

O Coritiba faz um trabalho seguro, tem uma proposta clara, um técnico que participa da montagem do elenco, um time sem grandes estrelas mas com objetivo, muito bem montado por Marcelo Oliveira, que só deslizou no complexo de coitadinho no fim do jogo, mas isso se deveu a emoção do momento. Porém, o trabalho do Coxa vem de ao menos quatro anos de planejamento e dá frutos.

Na contra-mão vem o São Paulo, um time sem rumo, sem planejamento, está largado as traças por sua diretoria retrograda. No começo a culpa era dos treinadores, uma sequências de demissões e nada, no fim se culparam os jogadores, houve a reformulação, mas nada mudou, e agora a culpa é de quem? O elenco tem jogado com disposição, ontem, menos Casemiro, todos os demais entraram com vontade, mas falta concatenação, jogo coletivo e isso vai na conta de Leão, a equipe não evolui e em nove meses de trabalho nada mudou, o trabalho de Emerson Leão é ruim. Porém,tudo isso é alimentado por uma diretoria omissa, fraca e covarde, que não ajuda a equipe, ao contrário isola, a individualidade do time é apenas reflexo da direção, se não mudar rápido o Tricolor terá mais um ano jogado fora.

Corinthians na final inédita

O empate em 1x1 no Pacaembu foi o resultado que garantiu a inédita final da Libertadores para o Corinthians. O Santos precisava vencer para, ao menos, levar o jogo para as penalidades. Porém, o Santos precisava de atitude para virar o jogo, pois a vantagem adversária era grande.

O Peixe entrou com uma postura mais ofensiva, ao menos a escalação de três avantes sugeria essa mudança de postura. Porém, na prática, isso não aconteceu. O meio-campo que teve uma semana para se recuperar de cansaço pouco fez. Arouca, Ganso e Elano nada lembram os jogadores que foram em dias não tão distantes, com isso o meio-campo corinthiano, menos talentoso, mas mais participativo, envolveu o adversário, forçou os erros de passe. As jogadas não fluíam e o Timão teve boas oportunidades em contra ataques rápidos. O Santos teve apenas uma oportunidade quando Ralf saiu para se tratar, surgiu o espaço e Neymar criou a jogada passando para Kardec, ele cruzou, Borges desviou e Neymar conferiu. O Santos não fazia bom jogo, mas saia na frente.

As penalidades até eram uma boa para o Santos, mas a casa caiu logo a dois minutos da segunda etapa. Alex cobrou falta, a zaga santista falhou e Danilo, na Libertadores ele destrói, finalizou de pé esquerdo, sem a menor chance para Rafael. O empate foi um banho de água fria nos santistas, primeiro pelo golpe, segundo que a má partida santista desqualificava a esperança de fazer dois gols diante da concentração do rival. O jogo truncado irritou os santistas, teve empurrão em gandula, que não sei se mereceu ou não, mas em geral os gandulas retardam a devolução e também provocam o rival, claro que o jogador não pode fazer o que Adriano fez, é preciso ser profissional, além da graça que fez o bandeira Altemir Haussman ao usar o spray bem no fim do jogo, os atletas santistas já irritados ficaram ainda mais nervosos em campo.

O Timão comemorou a inédita passagem para a final. O técnico Tite faz um trabalho estupendo, junto com um grupo que não é pungente em talentos, mas é esforçado, disciplinado e de uma humildade grande para com seu rival e seguindo assim, tem condições de dar esse passo na história do clube. O Santos precisa rever conceitos, rever o elenco, saber o motivo da queda de rendimento de alguns jogadores, tentar ver se a filosofia de Muricy Ramalho ainda encaixa com a do clube, porém o Peixe ainda tem mais craques que os outros e isso pode ser o diferencial no Brasileirão.

Definições da EURO 2012

A Eurocopa chegou ao fim da primeira fase. Para a tristeza de poloneses e ucranianos que foram os anfitriões do torneio, suas seleções estão fora da segunda fase. Russia e Holanda decepcionaram. Alemanha e Espanha, as grandes favoritas, seguem no páreo.

No grupo A, a República Tcheca venceu a Polônia, por 1x0. Os Tchecos que pareciam enfraquecidos na primeira rodada, acabaram com a liderança. A Grécia com seu futebol burocrático de sempre, surpreendeu ao vencer os russos por 1x0, se classificar e, de quebra, eliminar um dos principais candidatos ao título.

No grupo B, a Alemanha venceu seus três jogos, um grande time. A Dinamarca sai satisfeita da competição. Kron Dehli marcou mais um, mas Podolski e Bender garantiram a vitória alemã. Cristiano Ronaldo apareceu e deu o segundo lugar a Portugal. A Holanda, grande fiasco, saiu na frente com Van de Vaart, mas o camisa 7 português fez dois garantindo a virada.

No grupo C, valeu o belo futebol da Fúria espanhola. A Espanha venceu a Croácia por 1x0, gol de Jesus Navas. A Itália, com Cassano e Balotelli, que mandou os racistas calarem a boca, venceu a Irlanda e segue firme.

No grupo D, a França conseguiu perder da eliminada Suécia por 2x0, gols de Ibrahimovic e Willhelmsson. Porém, os franceses seguem, pois a Inglaterra com um gol de Rooney venceu a Ucrânia, eliminando o time da casa.

Agora, nas quartas de final, a República Tcheca enfrenta Portugal, que passar pega França ou Espanha. Alemanha e Grécia duelam pra ve r quem enfrentará o vencedor de Inglaterra e Itália.

LAOR, Andrés, Neymar e as meias verdades

O presidente do Santos Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, vulgo LAOR, reclamou que as convocações de Neymar pela Seleção esgotaram o atleta e insinuou um complô onde os jogadores do Corinthians não eram convocados estando em vantagem física.
LAOR se precipitou, esse comentário parecia mais uma irritação de torcedor, um receio até pelo que pode acontecer amanhã a noite no duelo contra o Corinthians. O presidente santista sabe que além das convocações, os compromissos comerciais do camisa 11 também estão exigindo do atleta. Além disso, o Santos conta com jogadores individualmente melhores que os do Corinthians e, portanto, com melhor aproveitamento na Seleção. Além de que a última convocação foi olhando para as Olimpíadas, buscando jogadores sub 23. A reclamação só tem efeito quando pensamos que nas convocações anteriores a essa, Ralf e Paulinho poderiam ter sido aproveitados por Mano Menezes.
O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, atual diretor da CBF, respondeu que era só pedir a desconvocação, outra meia verdade, LAOR até pediu a desconvocação, mas Sanchez deu a entender que a escolha do Morumbi para as finais do Paulistão seria uma desculpa pra não aceitar o pedido.
Neymar está cansado e irritado. Joga muito, mas com insucessos seguidos, está fugindo das características suas, a badalação está prejudicando o foco.
N o futebol estamos sempre em frente a meias verdades, tudo que é dito é pensado em favorecer o lado de quem fala e até bons dirigentes usam deste artifício.

Segunda rodada EURO 2012

Pela primeira vez a Eurocopa chegou ao fim da sua segunda rodada sem nenhuma Seleção classificada a segunda fase do torneio.

No grupo A, a República Tcheca com Pilar e Jiracek saiu na frente da Grécia, Gekas ainda diminuiu num erro improvável de Cech. No jogo mais esperado, a Russia saiu na frente com Dzagoev, mas embalada pela torcida, a Polonia empatou com Kuba.

No grupo B, a Dinamarca dificultou, mas Portugal, mesmo com a má partida de Cristiano Ronaldo, fez 3x2. Pepe e Postiga fizeram 2x0. Bendtner, duas vezes, empatou e Varela fez o gol salvador. A Holanda não foi capaz de segurar a Alemanha, o time alemão praticou um belo futebol. Mario Gomez fez dois, Van Persie diminuiu.

No grupo C, a Itália ficou apenas no empate com a Croácia. Pirlo fez o primeiro e Mandzukic empatou. Os Croatas estão na frente dos italianos. A Espanha passeou sobre a Irlanda, 4x0. Torres, duas vezes, Silva e Fabregas os marcadores. Os irlandeses estão eliminados, mas o apoio da torcida, mesmo com a goleada foi espetacular.

No grupo D, a Ucrânia foi derrotada pela França por 2x0, gols dos coadjuvantes Menez e Cabeye. Mais tarde a Inglaterra fez 3x2 na Suécia e tirou qualquer chance de classificação para o time de Ibrahimovic. Carrol fez o primeiro, Mellberg empatou E virou, Walcott e Welbeck viraram novamente.

Desorganizado, mas com talento

O São Paulo venceu o Coritiba no primeiro duelo na busca da final da Copa do Brasil. O time do Morumbi demonstrou os mesmos defeitos e apenas venceu graças o talento de Lucas que fez jogada individual e marcou um golaço. O time são-paulino irritou a sua torcida e, embora tenha vencido, não consegue dar confiança a seu torcedor.

 O Tricolor é muito desorganizado em campo, por vezes a equipe parece um bando, todos atacam demais, mas de forma desordenada, ninguém guarda posição, não existe aproximação, defesa, meio e ataque jogam distantes demais. O Coxa, bem montado pelo treinador Marcelo Oliveira, foi muito melhor organizado, o preenchimento dos espaços era perfeito, o controle de bola e a alternância entre marcar e atacar existia. Assim, o Coritiba manteve o jogo no seu ritmo. O São Paulo só ameaçava em bolas paradas. Jogadores como Casemiro e Jadson estavam aéreos, pareciam que não estavam em campo. Do outro lado, todo o time paranaense estava ligado, com uma concentração maior.

Ainda assim, o Coritiba não conseguiu levar perigo de perto, apenas em chutes de média e longa distância. O Tricolor saiu vaiado da primeira etapa, o 0x0 era o de menos, o problema era o jogo ruim. O Tricolor não consegue fazer três coisas básicas, não guarda posição, ficando exposto aos contra-ataques, não concatena as jogadas, sempre usa como recurso os chutões e as jogadas individuais, inexiste como equipe e não marca o adversário em seu campo, não pressiona o rival.

Na segunda etapa, o jogo foi o mesmo até a expulsão do zagueiro Paulo Miranda, o jogador fazia uma boa jornada, mas é estabanado demais e foi expulso em um lance bastante evitável. Porém, quando tudo parecia ficar pior, melhorou, o Coritiba diminuiu o ritmo satisfeito com o 0x0. O talento individual do São Paulo passou a prevalecer, Luis Fabiano perdeu duas belas chances e Lucas conseguiu passar por três adversários e chutar no canto do goleiro Vanderlei. O gol fez a torcida vibrar e amenizou a fraca atuação.

Em Coritiba o jogo vai ser duro, mas o Coxa precisará sair pro jogo e isso deixará mais espaços para Lucas. O resultado foi melhor do que a encomenda para o São Paulo que dificilmente será mais organizado que isso. Se Lucas e Luis Fabiano estiverem inspirados o Tricolor pode chegar a final.

Tudo verde no Olímpico

Essa eu não esperava, mas o Palmeiras superou a má fase e venceu por 2x0 o Grêmio jogando em Porto Alegre. Eu considerava um jogo duro, com ligeira vantagem do time gaúcho por jogar em seus domínios.
O Tricolor tem um time bem armado, de muita força na marcação, mas que tem dificuldades quando precisa de mais talento. Felipão viu bem isso e armou um sistema defensivo, com Henrique improvisado como primeiro volante, assim segurou o ataque gremista que teve dificuldades, principalmente, por Kleber estar sem ritmo.
Na segunda etapa a entrada de jogadores velozes resultou na vitória verde, Mazinho abriu o marcador, os gaúchos desmoronaram e Barcos ampliou. Vantagem enorme do Palmeiras que pode até perder por 1x0 que continua na Copa do Brasil.

No front da Vila, deu Corinthians

Foi na Vila Belmiro que Santos e Corinthians iniciaram a corrida rumo a final da Libertadores. A vitória corinthiana foi construída na primeira etapa com um belo gol de Emerson, o camisa 11 do Timão acertou, com rara felicidade, o ângulo do gol de Rafael. Agora o Corinthians terá a vantagem do empate, joga no Pacaembu a seu favor,onde não perdeu e sequer sofreu um gol no torneio e se perder por 1x0 ainda terá os pênaltis. O Santos ainda está vivo, mas precisa de uma atitude diferente na próxima partida.
As equipes entraram de formas parecidas. O Peixe fez uma linha defensiva, porém Adriano se posicionava como zagueiro e Durval como lateral esquerdo. No meio, Arouca era o volante, Juan e Elano formavam a segunda linha, Ganso livre para armar, Kardec e Neymar na frente.
O Timão teve uma primeira linha definida, Alessandro e Fabio Santos foram laterais defensivos, Ralf e Paulinho formaram a segunda linha, junto a Jorge Henrique e Emerson que voltavam para marcar os lados do campo. Alex e Danilo eram falsos atacantes, davam suporte na frente embora se preocupassem mais com o preenchimento dos espaços.

O jogo foi ganho no meio campo, o Corinthians tem jogadores mais capazes de apoiar o meio, preencher espaços, movimentar e receber passes, atacando e defendendo em bloco, uma equipe disciplinada taticamente. O Santos tem menos jogadores assim e os que tem jogaram mal, Arouca e Ganso sentiram a falta de ritmo após o período de contusão, talvez não deveriam ter jogado, mas quem abriria mão desses dois atletas? O Timão encaixotou o Santos, travou as armas do adversário e surpreendeu na aplicação, nas movimentações e chegou ao gol. O Peixe entrou no nervosismo da torcida, foi pouco criativo e se perdeu na marcação bem feita do adversário, só quebrava isso quando Juan e Adriano surpreendiam.
Na segunda etapa, Elano deu lugar a Borges, assim o Peixe teve mais presença na area e passou a exigir defesas de Cássio, principalmente, após a expulsão de Emerson. Ainda assim, mesmo com apagão e tudo, o Santos não foi o time que estamos acostumados a ver, o Corinthians mostrou todo o futebol que tem. O Timão me pareceu com mais gana e disposição, agora me parece favorito a final.

Sobre a arbitragem, Marcelo de Lima Henrique surpreendeu. Nunca gostei de uma arbitragem dele, marca muitas faltas. Porém, ontem foi diferente, fez uma arbitragem tranquila, sem grandes problemas.    Agiu corretamente, na minha visão ao não ceder nos lances em que Paulinho, Emerson, Alan Kardec tentaram cavar penalidades, alem de identificar bem que a mão de Castan foi um acidente. Agiu bem ao não marcar a falta em Emerson, não houve infração. Porém, teve dois erros, deveria ter expulso Durval ao pisar, até por merecimento, Jorge Henrique e poderia ter sido mais enérgico e expulsado Neymar numa falta dura. Porém, foi corretíssimo na expulsão de Emerson que perdeu a cabeça.

Largada da EURO 2012

Os jogo inaugurais dos quatro grupos da competição de Seleções Europeias aconteceram na Polônia e na Ucrânia.

Os poloneses estrearam com um empate em 1x1 com a Grécia, o resultado foi ruim para a equipe polaca, que demonstrou bom futebol, mas acabou sofrendo o empate da, não mais que esforçada, equipe grega.

Quem disparou foi a Rússia, que goleou por 4x1 a República Tcheca com atuações muito boas de Arshavin e Dzagoev, os russos mostraram a melhor atuação do torneio até aqui. Os checos mostraram que a grande geração de Nedved e Poborsky não existe mais.

No grupo B, a Holanda foi surpreendida pela Dinamarca e perdeu por 1x0, a Laranja foi melhor, mas exagerou no preciosismo. Por um gol a Alemanha, bateu Portugal. Mario Gomez fez a festa alemã, do outro lado, Cristiano Ronaldo viu como é duro ser estrela única.

Espanha e Itália ficaram empatadas em 1x1. A Croácia abusou das bolas alçadas e fez 3x1 na Irlanda.

França e Inglaterra não fizeram um grande jogo e o empate em 1x1 ficou bem. A Ucrânia, viu Shevchenko mostrar o velho faro de gol e venceu a Suécia por 2x1.