Pra começar beleza, o que é essa tal de caixirola hein? Pois é, distribuíram essa espécie de chocalho lá no jogo entre Bahia e Vitória na nova Fonte Nova numa tentativa de impor ao brasileiro algo como as barulhentas vuvuzelas na Africa do Sul, ou seja, tinha tudo pra dar errado e deu mesmo. Como o Bahia tomou mais uma paulada do rival, sua torcida mandou as caixirolas para o espaço, quer dizer para o campo. Agora a ideia deve ser deixada de lado, liberem as bandeiras, as faixas e os instrumentos que já está de bom tamanho e é de identidade cultural não imposição. Agora a torcida do Bahia devia ser punida, nada justifica atirar objetos no gramado.
E a camisa vermelha do São Paulo hein, que coisinha estranha. A ideia foi boa, o marketing trabalhou legal, mas a execução ficou horrenda. A numeração, o patrocinador e o símbolo sumiram na imensidão vermelha. Sou totalmente a favor de mudanças na camisa, cores diferentes, isso atrai público, gera renda e comentários. Porém, a execução tem que ser cuidadosa, tem que evitar a chacota, se isso não acontecer é melhor nem fazer. Entretanto, a camisa deve ser sucesso de vendas.
Agora a briga está nos direitos pelo nome do novo estádio do Palmeiras. A Allianz, empresa de seguros, que dá nome ao campo do Bayern de Munique firmou parceria e, com isso, tem direito a dar nome a arena. Inventaram aí uma votação pela internet, mas já dizem que Arena Allianz Parque deve vencer a disputa. De qualquer forma essa é a nova realidade do futebol, é business, é cascalho, bufunfa, din din. Respeito as pessoas que se agarram ao passado, mas não dá pra viver de passado. O Palmeiras precisa cuidar do seu estádio, da sua vida futura. Esse caminho é natural, chega de estádios sucateados, velhos. Se fossemos pensar assim o Corinthians jogaria até hoje na Fazendinha e o São Paulo na Floresta. Desde que não seja uma imposição de fora sou a favor de mudanças de nome, não importa o lugar, importa o time.
Falando em estádio, o novo Maracanã foi aberto extra-oficialmente, quem esteve por lá diz que não lembra o velho estádio. Isso é ótimo, o Maracanã era dos anos 50, foram 63 anos até essa reforma, o mundo mudou, as pessoas mudaram, os estádios precisam mudar. O saudosismo atravanca processos, impede mudanças, precisamos deixar o passado ir e só levar ensinamentos dele, não ficar suspirando por retorno ao passado.
A FIFA tá mostrando as garras, já proibiu o uso do nome Mané Garrincha no estádio de Brasília e tirou as baianas do acarajé do estádio em Salvador. Tá parecendo a nau portuguesa que chegou aqui e mudou todos os costumes. Ainda somos colonias?
Paul Breitner, ex meia da Seleção Alemã esteve no Brasil recentemente e deu suas impressões sobre nosso futebol. O alemão disse o obvio de que nossa base está cheia de problemas, que os jogos aqui são emocionantes, mas ruins tecnicamente, que jogamos um futebol do passado e que nossa gestão é amadora. Tudo isso verdade, mas nós brasileiros somos muito teimosos em relação a futebol. A liga alemã é forte, a seleção alemã é forte, a base alemã é forte, custa mesmo cuidar melhor do nosso futebol aqui? Aí estourou um caso de corrupção lá e já foi motivo pra desvalorizar todo o processo alemão, esqueçamos os pontos negativos, fiquemos só com os bons.
Neymar parece cada vez mais perto da Europa. Acredito que o jogador melhoraria muito lá. Aqui ele já conhece, precisa estar onde estão as estrelas do futebol mundial. Quando o Brasil tiver uma liga profissional de verdade, que atraia grandes jogadores, aí sim os craques ficam por aqui. Fora isso, a constante perseguição ao atleta em jogos do Brasil está, de fato, incomodando e eu nem sou fã do cara.
Pra terminar, o boicote ao São Paulo na base é ridículo. TODOS os clubes fazem o tal do aliciamento de uma forma ou de outra. O que me espanta é que ninguém boicota times de empresários, times que não pagam, times que dão condições sub-humanas aos seus atletas. Ou seja, os clubes só estão preocupados com dinheiro, a formação, a base e o futuro que se danem.
Pra terminar, o boicote ao São Paulo na base é ridículo. TODOS os clubes fazem o tal do aliciamento de uma forma ou de outra. O que me espanta é que ninguém boicota times de empresários, times que não pagam, times que dão condições sub-humanas aos seus atletas. Ou seja, os clubes só estão preocupados com dinheiro, a formação, a base e o futuro que se danem.