segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Rodada 26

A rodada não marcou grandes mudanças, mas o São Paulo se aproximou mais do G4 e o Coritiba se aproximou perigosamente da zona de rebaixamento.

O Fluminense assumiu a liderança real ao vencer o Náutico. Fred marcou mais um gol na briga pela artilharia. No fim os pernambucanos reclamam uma penalidade, que para mim não houve.

Em Florianópolis, o Palmeiras mostrou mais vontade sob o comando de Gilson Kleina, Marcos Assunção bateu as faltas e ainda fez um gol e ajudou na vitória contra um rival direto na briga para fugir do rebaixamento.

Já o Santos, sem Neymar, foi engolido pela Portuguesa. A Lusa fez 3x1 e só não ganhou de goleada por causa de um gol mal anulado. O Peixe é dependente de Neymar, mas ele só é atacante, o problema do Santos passa pelo meio e pela zaga. O trabalho de Muricy Ramalho merece críticas.

No Rio, o Botafogo teve em Seedorf a sua grande figura, o meia de 37 anos anotou dois gols. O time estaria melhor na briga pelo G4 não fosse o pênalti absurdo em favor do Corinthians, não foi falta, além disso Martinez estava impedido. No fim, deu empate.

No Morumbi, apresentação de Ganso, 40 mil pessoas e um jogo bem fraco. Osvaldo deu a vitória para o São Paulo e o time bate a porta do G4. No Cruzeiro, Celso Roth balança no cargo.

Em Campinas prevaleceu o 0x0. A Ponte Preta mostrou que vai atrapalhar muita gente. O Vasco vai perdendo o pique.

O Flamengo saiu atrás no marcador, mas um gol do estreante Cléber Santana ajudou na vitória. O Atlético GO se agarrou na lanterna e o Mengão saiu de perto da zona de perigo.

No Sul, o Inter reagiu e acabou com a invencibilidade de Jorginho a frente do Bahia.

Em Recife o Sport reagiu ao vencer o Coritiba. O time de Pernambuco está a um ponto de sair da zona de rebaixamento. Já o Coxa está se aproximando perigosamente da zona de descenso.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Ganso voou

Fim de uma das novelas mais chatas do futebol brasileiro, PH Ganso trocou o Santos pelo São Paulo. As negociações se arrastaram ao longo das últimas semanas, mas o final parece ter sido o melhor para todos os envolvidos.
Há um mês atrás escrevi que todos perdiam no caso. O Santos não defendia o atleta, não tentava contemporizar e, com razão, não oferecia melhores condições financeiras. O jogador perdia o respeito dos torcedores do Peixe, demonstrava pouco interesse em campo e via sua figura desvalorizada. O São Paulo perdia tempo na negociação, desgastava a relação com o Santos e ainda investia num atleta que, para todos os efeitos, não demonstra mais usar todo o seu potencial.
O fato é que de quinta para sexta a coisa foi resolvida. O São Paulo desembolsou 24 milhões, Santos e DIS se acertaram e Ganso conseguiu o que queria. O Tricolor ganha um atleta de talento, um meia que a torcida tanto cobrava, se conseguir recuperar o jogador tecnicamente e psicologicamente terá um acréscimo de talento. O Santos se livra de um problema, um jogador que ficava mais em recuperação do que jogando, além de tudo não demonstrava mais vontade de atuar com a camisa santista. A diretoria santista trabalhou bem, tirando o máximo que podia, claro que naturalmente agiu em prol do clube, embora devesse ter se esmerado mais em observar o lado humano. Ganso conseguiu o queria, saiu, mas ao mesmo tempo perdeu cobertura, no Morumbi terá que provar seu valor.
Ainda é cedo para fazer um prognóstico, para o Tricolor aparecem vários exemplos de jogadores que vieram de rivais, uns com sucesso, outros foram fracassos, resta saber se Ganso será um novo Pita ou um novo Ricardinho. O Santos precisa investir, o futebol da equipe está longe de ser tão bom quanto o de 2010.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Gilson Kleina, uma boa ideia

O Palmeiras deu um passo para tentar salvar a temporada e se preparar para a próxima. A contratação de Gilson Kleina, que treinava a Ponte Preta, dá um indicador de que a diretoria luta para continuar na primeira divisão, mas já mira a possibilidade das coisas não darem certo.
Kleina fez bons trabalhos em times menores, dois anos muito bons na Ponte Preta, já estava na hora de uma grande oportunidade. Com uma visão diferente, o novo treinador vai poder remontar a equipe e tentar resgatar o Palmeiras.
É uma boa ideia, basta saber se haverá paciência para que o trabalho possa dar frutos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Todos contra Neymar

Sempre tomo cuidado ao falar de Neymar. Muitos já o descrevem como gênio, espetacular, novo Pelé, eu ainda me refiro a ele como bom jogador, craque muitas vezes, mas ainda deve, deve uma boa sequência de jogos pela Seleção por exemplo, deveu diante do Barcelona, deveu nas Olimpíadas e deveu na Libertadores diante do Corinthians. Não quero dizer que ele jogou sozinho, não merece carregar culpa, afinal já ganhou inúmeros jogos sozinho também, mas ainda não se pode perder de vista de que ainda é um jogador em formação.

Outro ponto sobre ele é que já foi desiludida a idéia de torná-lo ídolo nacional como Luis Álvaro pretendia. Antigamente era comum ir ao estádio para ver um grande jogador que jogava em outra equipe, principalmente pela existência menor de televisores e inexistência da internet, assistir a um grande jogador era um acontecimento. Ainda assim o próprio Pelé foi provocado muitas vezes, sempre respondendo com gols. A geração da qual me incluo perdeu um pouco dessa cordialidade, talvez tenhamos nos acostumado com a distância que a polícia tem que fazer entre duas massas para evitar confrontos ridículos, talvez seja o sinal dos tempos, mas fazer um ídolo nacional aqui é mais difícil. Ronaldo foi essa figura enquanto jogava no exterior, quando jogou no Corinthians, ganhou a antipatia de boa parte dos torcedores rivais, isso era natural, era impossível fazer gols nos adversários sem incomodá-los. Ontem em Curitiba, Neymar sentiu isso na pele.

A torcida do Coritiba pode nem admitir isso, mas boa parte dela foi ver Neymar em ação, principalmente para ver se o time pararia o atacante santista, o que não deixa de ser uma admiração as avessas. A torcida da casa pegou no pé de Neymar, normal, o bom jogador incomoda mesmo e deve fazer isso, tem que pensar em ser aplaudido por sua torcida. Neymar calou as vaias com talento, fez dois gols, o primeiro uma pintura. Depois fez o certo, fez uma provocaçãozinha e recebeu um amarelo injusto.

O problema foi o discurso de vítima do treinador Muricy Ramalho. Como sempre o velho papo de que batem demais nele, acho sim que ele sofre faltas mais que os outros, mas sofre por ser um jogador de alto talento e até agora não vi um jogo em que houvesse uma carnificina a ele. Outro ponto é sobre as vaias para mim absolutamente normais doas adversários e descabidas na Seleção como houve no Morumbi.   Neymar também não é santo, sabe provocar, sabe em quem aplicar um drible, não é um menino. Ele escolheu ser jogador de futebol, existirão os que irão adorá-lo e os que irão odiá-lo, cabe a ele lidar com isso.

Sou contra essa visão de todos contra ele, no final de semana apenas o árbitro foi o errado ao dar um amarelo estúpido.

O risco Palmeiras

A derrota por 2x0 para o maior rival foi o menor dos males para o Palmeiras. O time demonstrou muita vontade, vontade que só foi menor que o descontrole emocional da equipe e nessas horas até a sorte parece abandonar o time palestrino.

Sem Felipão, coube a Narciso, ex-volante, dirigir a nau palmeirense na tarde quente no Pacaembu. Verdade seja dita que nenhum jogador da equipe se escondeu. Henrique, Correa, Marcos Assunção, que entrou sem condições totais de jogo, Valdivia, Luan e Barcos estavam em campo, assim como um bom número de torcedores que enfrentaram a má fase.

O Verdão equilibrou o jogo, o Corinthians fazia seu velho jogo de pressão na saída de bola e aproveitamento de erros do adversário. O Palmeiras tentava revidar, mas o descontrole emocional era grande demais, cada erro de passe, cada chute mal dado era seguido de uma sofreguidão nítida. Não demorou para que Luan, o mais exaltado do Palmeiras, tomasse um cartão amarelo. Assim como não demorou o primeiro erro fatal da retaguarda verde, Juninho bobeou, Romarinho tomou a bola e abriu o marcador. O avante corinthiano comemorou diante da torcida rival o que gerou a ira dos jogadores palmeirenses, principalmente de Luan que quase pediu para ser expulso, no fim o advertido foi o corinthiano. Foi provocação? Talvez, mas se foi faz parte do jogo, o Palmeiras tinha que responder na bola. Aí entrou em ação o árbitro Marcelo Aparecido que expulsou Luan ainda na primeira etapa sem motivo algum para isso. Com um a menos o Palmeiras foi valente e por pouco não empatou, mas a sorte estava contra, Henrique parou na trave.

Na segunda etapa o Palmeiras tentou ainda mais, mas João Vitor errou passe na bola que achou Paulinho para ampliar. O desespero tomou conta, o jogo já estava perdido. O bom meia Tiago Real quase conseguiu ajudar a diminuir o placar, mas Valdivia perdeu gol claro. O chileno ainda marcou um gol, mas foi anulado pois o bandeira marcou falta inexistente de Obina, mas é uma daquelas coisas que acontecem na fase ruim.

A arbitragem do senhor Marcelo Aparecido foi confusa, uso sem critério dos cartões amarelos, atrapalhou as duas equipes, um pouco mais o Palmeiras. Distribuiu nada menos do que 12 cartões amarelos, pelo menos cinco deles sem motivo real. No segundo tempo já tinha abusado tanto do amarelo que não quis mais usar com medo de expulsar mais alguém.

Ao fim do jogo, revolta nas arquibancadas e desolação em campo. Houve quebra-quebra nas cadeiras do estádio, invasão das tribunas e até quebra-quebra no restaurante de um dos diretores do Palmeiras, todas essas ações condenáveis e tristes.  Temo até pela integridade física dos envolvidos em caso de queda. O torcedor de verdade precisa apoiar a equipe, não se pode encarar uma possível queda como foi a de 10 anos atrás, naquele tempo cair significava o limbo, hoje a Série B é bem mais valorizada. Cair nunca é agradável, mas o fato é que apesar dos pesares, o Palmeiras continuará existindo e já voltou uma vez, pode voltar de novo caso caia.

domingo, 16 de setembro de 2012

Rodada 25

Os quatro primeiros não mudaram apesar que nenhum deles saiu com vitória nessa rodada. Melhor para o São Paulo que segue em quinto, mas bem perto da Libertadores. Pior para o Palmeiras que só não está em último pela péssima campanha do Atlético Goianiense.

Em Volta Redonda a surpresa veio com a vitória do lanterna Atlético Goianiense sobre o líder Fluminense. Sem Fred, os tricolores cariocas ficaram sem forças e tiveram uma derrota justa.

No Morumbi com ataque mais contundente, o São Paulo tornou o jogo fácil contra a Portuguesa ao pressionar a defesa rival. Osvaldo, Luis Fabiano e Lucas infernizaram a marcação e facilitaram a vitória por 3x1 para a equipe que volta a quinta colocação.

No Pacaembu o Corinthians com Romarinho e Paulinho afundou o rival Palmeiras na crise. O Palmeiras se esforçou no jogo, correu, marcou, tentou, mas esbarrou num adversário bem melhor. Além disso, emocionalmente o time palestrino está destruído, o time marcou com muita agressividade e mostrou destempero, o que levou até a expulsão do atacante Luan, justa no contexto, injusta no lance. O Palmeiras tá com cara de rebaixado, nessa horas até a sorte abandona a equipe.

Em Minas, Cruzeiro e Vasco empataram e seguem longe de seus objetivos, o time carioca se segura em quarto, mas parece cada vez menos firme por lá.

Em Curitiba, o Coritiba abriu o marcador, mas Neymar com fome de gols e irritado com as vaias adversárias garantiu a virada.

Em Recife o Galo deu uma escorregada e Souza deu a vitória ao Náutico sobre o Atlético Mineiro.

Na Bahia, o Tricolor baiano segue invicto sobre o comando de Jorginho e venceu o Figueirense no finalzinho do jogo com, acreditem se quiser, Claudio Pittbull.

No Rio, o Flamengo foi mais seguro e empatou com o Grêmio.

No Beira-Rio o Sport fez dois gols, mas não segurou a força do Colorado que empatou a partida.

Em Campinas, o Botafogo perdeu a chance de encostar na Libertadores e não saiu do empate com a Ponte Preta.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cristovão, Marcelo, Felipão e a dança das cadeiras

Perto do fim do campeonato os cargos de treinador começam a ser mexidos. Basta uma sequência de maus resultados ou se assustar com o rebaixamento para o treinador ser demitido, muitas vezes sem o menor respeito pelo trabalho realizado.

A primeira vítima foi Marcelo Oliveira que apesar de levar o Coritiba a duas finais de Copa do Brasil seguidas, grande feito em um time mediano e com menos recursos. Marcelo era a continuidade de um trabalho extremamente bem feito que começou com Renê Simões, passou por Ney Franco e continuava com Oliveira. A demissão vai ter que fazer o planejamento todo se reiniciar com Marquinhos Santos, basta ver se ele conseguirá repetir o sucesso dos antecessores.

Marcelo logo encontrou emprego. Cristovão Borges caiu no Vasco, mesmo entre os quatro melhores do torneio, algumas derrotas, após uma queda de qualidade no elenco vascaíno com a saída de atletas importantes, o treinador não resistiu aos 4x0 sofridos para o Bahia. O trabalho que iniciou após o AVC de Ricardo Gomes, acaba abreviado de forma prematura, a sorte é que Marcelo Oliveira é um ótimo profissional.

A única demissão que concordei foi a de Felipão. Ele conseguiu tirar tudo que podia do limitado time palmeirense na Copa do Brasil e foi campeão. Lamentavelmente, enquanto brigava pela taça, deixou de lado o Brasileirão e esses pontos desprezados fazem falta agora. A derrota contra o Vasco jogou o Palmeiras para a vice-lanterna, há sete pontos do primeiro fora do rebaixamento. O resultado disso tirou Felipão do cargo.

Felipão perdeu o controle sobre o grupo e o fato de nunca ter sido um técnico capaz de diferenciar táticas e abandonar o estilo mais duro de jogo eram barreiras numa recuperação. Talvez um treinador de estilo mais brando dê nova perspectiva.  A situação palmeirense é desesperadora. Para piorar lá vem o Corinthians no domingo.

Rodada 24

A rodada de número 24 do Brasileirão acontecida nesta quarta e quinta não alterou o posicionamento dos líderes e nem dos candidatos ao rebaixamento. A rodada foi marcada por poucas mudanças e resultados lógicos.

No Pacaembu, o desinteressado Corinthians jogou mal e a Ponte Preta teve as melhores chances. O time campineiro abriu o marcador, mas no fim permitiu o gol de Emerson que decretou o empate e deixou o Timão com a cara de Robin Hood, que atrapalha os grandes, mas se complica com os pequenos.

A Portuguesa quase conseguiu aproveitar a noite pouco inspirada do líder Fluminense. Porém, em dois minutos Jean e Wellington Nem mostraram que o time carioca tem muita força e está com vontade de retomar o título nacional.

Em Santa Catarina o Figueirense deu mais uma mostra da sua recuperação buscando sair do rebaixamento. O time venceu o Cruzeiro com gols de João Paulo e Aloísio. Os mineiros ainda sonham com a Libertadores, mas entraram em queda pelos últimos resultados.

Sport e Bahia ficaram no empate em duelo direito para sair de baixo da tabela. Hugo abriu o marcador e Helder empatou. O resultado foi pior para os pernambucanos que ainda lutam para escapar da zona de perigo.

Em Goiás, o ritmo de recuperação do lanterna Atlético Goianiense  vai diminuindo. O time empatou o marcador, mas o estreante Deivid fez o segundo do Coritiba e fez o time reagir depois da demissão de Marcelo Oliveira. Os paranaenses podem respirar mais aliviados até a próxima rodada.

O Vasco que demitiu Cristovão Borges, venceu o Palmeiras por 3x1 e se segurou na quarta posição. O novo treinador, Marcelo Oliveira, observou a vitória das tribunas. Pior para o Palmeiras que agora é vice-lanterna, demitiu Felipão e parece sem forças para reagir, tá lembrando demais o time rebaixado em 2002. Um segundo rebaixamento será a coroação da incompetência da diretoria alviverde.

Na Vila, o Santos afundou o Flamengo na crise. Os gols de Vitor Andrade e de Neymar deram a vitória ao time de Muricy que pode se animar no torneio. O Flamengo está na linha do rebaixamento se bobear vai cair para a Série B.

Em Minas o Atlético Mineiro venceu o São Paulo por 1x0. Apesar do enorme prejuízo que o São Paulo teve com a absurda arbitragem que Sandro Ricci realizou, principalmente ao expulsar indevidamente o lateral Douglas, o Galo mereceu vencer, até já dominava a partida antes da expulsão. O time do Morumbi é muito oscilante e por isso parece longe de querer algo na competição.

Botafogo e Inter tiveram a possibilidade de chegar mais perto da Libertadores, mas o empate em 1x1 foi péssimo para ambos.

Por fim o Grêmio continua sendo a terceira força. Marco Antônio e Kléber fizeram a alegria para os gaúchos. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Glória escondida


Com uma cobertura quase fantasma os Jogos Paraolímpicos de Londres chegaram ao fim com a sétima posição geral para o Brasil, um recorde. Foram 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze. Só Daniel Dias levou seis medalhas de ouro na natação. O atletismo que entre os não deficientes passou em branco, entre os paraolímpicos foi a maior fonte de medalhas, 18 no total. Porém, o público quase não viu pela cobertura pálida da mídia em geral. A rede aberta que transmitiu as Olimpíadas pouco mostrou, as fechadas só passaram flashes e a que transmitiu relegou ao seu terceiro canal a cobertura, deixando clara, mesmo que inconscientemente, a importância que foi dada ao evento. 
Longe de mim recorrer ao “coitadismo” que durante anos ajudou a construir barreiras invisíveis que ainda são mais intransponíveis do que as visíveis, mas que vão caindo a medida que o mundo muda. É preciso ter em mente que o esporte adaptado possui
 exigência sim, em menor escala que o não adaptado, mas que em nada diminui a dificuldade de se ganhar uma medalha. Por isso nada de comparar os feitos dos dois tipos de Olimpíadas, fazer esse tipo de comparação causa deturpações e chega a ser cruel para deficientes e não deficientes. O bom desempenho deve ser comemorado, mas ainda mais que isso deve servir de termômetro de que estamos caminhando para uma sociedade em que o esporte para pessoas com deficiência seja um grande incentivador na diminuição do preconceito e da discriminação. Além disso, deve ser usado de modelo para os não deficientes, aí sim a comparação é válida para promover mais esporte nas terras brasileiras.
Infelizmente a glória desses atletas foi ofuscada pela falta de interesse midiático que impede a transformação da pena em orgulho. Atletas como Daniel Dias, André Brasil, Terezinha Guilhermina, Alan Fonteles entre outros não precisam ser comparados a Cesar Cielo, Maurren Maggi, Usain Bolt, eles tem brilho próprio e esse brilho passou por Londres e virá ao Rio de Janeiro.

Por Rodolpho Moreno