segunda-feira, 30 de abril de 2012

Falando sobre Neymar..

Neymar é uma daquela jóias que só aparecem de tempos em tempos. Inteligência, velocidade, precisão, mágica tudo nos pés de um garoto de 20 anos. É certo que hoje deve estar entre os cinco melhores do mundo fazendo companhia a Messi, Ibrahimovic, Cristiano Ronaldo, Rooney. Acabou com o jogo, driblou, correu, deu sorte, fez três gols e merece muitos elogios. O Brasil está diante de um novo Pelé, finalmente surgiu alguém que pode levar essa comenda.
Porém sempre há um porém. Primeiro vejo, no Brasil, um movimento que tenta fazer de Neymar alguém além das regras. Sempre se pede uma expulsão em qualquer jogada onde ele sofra um choque mais forte ou uma infração mais contundente, em jogadas em que ele mesmo provoca por seu estilo de jogo. Não se pode criar uma diferenciação, a regra do jogo é a mesma para o craque e para o perna-de-pau. Claro que jogadas de dureza grande são necessárias punições, mas não só no camisa 11 do Peixe. Um problema é achar que os zagueiros são maus e o santista é bom. Neymar provoca bastante com suas jogadas, as vezes de forma desnecessária, apenas para enervar ou arrumar um cartão. Os seus marcadores também precisam ser mais inteligentes, evitar faltas no momento dos lances. Sem essa de santo ou demônio, Neymar é craque, mas diferente dos outros grandes jogadores usa de seu potencial para humilhar alguns marcadores e nem sempre faz isso em direção ao gol, talvez essa seja uma das poucas lições que o futebol ainda dará a jóia santista.

domingo, 29 de abril de 2012

Neymar leva o Santos a terceira decisão do Paulistão

Hoje existe uma grande diferença entre os times do São Paulo e do Santos. O time santista achou uma formula de jogar que está dando certo desde 2010. O Tricolor ainda tenta remontar uma equipe, sofre bastante com os problemas que ano passado fizeram o ano não valer a pena.
Na tarde deste domingo, mesmo no Morumbi, o Santos era o favorito, simplesmente devido ao fato de que o time é mais entrosado e possui jogadores com mais recursos. Em campo, impôs o ritmo desde o início e ao São Paulo restou tentar imprimir uma marcação em cima, mas a tática não durou muito. As falhas defensivas do Tricolor em especial nas laterais e na falta de qualidade de Paulo Miranda comprometeram a performance do São Paulo. Aos três minutos tudo mudou, Alan Kardec saiu em disparada e Paulo Miranda usou um carrinho, para minha análise não houve penalidade, o zagueiro acertou a bola, depois houve um choque, absolutamente normal, se os lances assim virarem faltas o futebol vai ter que mudar de nome, pois será outro esporte. Neymar abriu o marcador.
 O São Paulo é extremamente ofensivo, mas desequilibrado, falta um esquema de jogo mais definido, falta uma concatenação das jogadas, não foi raro ver Jadson, Cicero, Willian José e Lucas não conseguirem um parceiro para realizar jogadas, além disso o São Paulo não soube aproveitar as bolas aéreas e a liberdade de Cortez. Sem sorte nas finalizações, o Tricolor viu Paulo Miranda errar de novo, perder na corrida para Neymar e ver, de camarote, o segundo gol santista. O camisa 13 do São Paulo é muito limitado, mas a falta de uma defesa mais equilibrada também compromete seu jogo.
Apesar da desvantagem, o São Paulo voltou com mais raça e disposição, Fernandinho entrou e o time pressionou a defesa santista. No contra-ataque Neymar acertou a trave, Alan Kardec fez mas o juiz viu bem a falta de Edu Dracena. O Tricolor passou a ter mais presença na área, acertou a trave de novo e viu, Willian José em impedimento diminuir.   Na pressão, a equipe buscou o empate, mas viu o Santos matar o jogo, num chute que Neymar fez e contou com a enorme colaboração do goleiro Denis, aí estava liquidada a fatura, 3x1 e o São Paulo fica pelo caminho.
O Santos tem tudo para vencer o Guarani e ficar com o tri da competição Estadual. O São Paulo tem muito o que melhorar como equipe, deve se empenhar para ganhar a Copa do Brasil, título possível pela qualidade do elenco Tricolor, mas fica clara a necessidade de melhorar o elenco, principalmente na questão defensiva. O São Paulo perde novamente um mata-mata para Muricy Ramalho, parece que a verdade vem a tona e a culpa das eliminações do São Paulo não era só dele.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A arte perdeu pra guerra

O Barcelona empatou em 2x2 com o Chelsea, no Camp Nou, e deu adeus a Liga dos Campeões da Europa 2012. A eliminação se deu por conta da derrota por 1x0 na Inglaterra na semana passada.
Como era esperado, o Barça dominou as ações ofensivas se mantendo no campo de ataque e buscando as aproximações. O Chelsea se postou atrás, apostando na experiência e na catimba para enervar o adversário. A defesa bateu cabeça e Busquets abriu o marcador para os catalães. Um pouco irritados, os ingleses foram cometendo faltas, numa dessas Terry agrediu Sanchez e foi expulso. Na sequência Iniesta fez 2x0. Parecia o fim do Chelsea e o caminho para a final sedimentado para o Barcelona, só parecia. O time inglês teve que fazer uma salada na defesa, Ramires foi para a lateral, Bosingwa virou zagueiro, Lampard virou volante e Drogba fazia a primeira linha de marcação. Porém, por buscar sempre o gol, o time da casa deu espaço e aí, o iluminado, Ramires fez um golaço. O brasileiro já tinha sido uma figura importante ao dar o passe para o gol no primeiro jogo. O 2x1 fez o Barça ir ao intervalo precisando de um gol.
Na volta, logo aos cinco Messi sofreu pênalti, o mesmo bateu mas acertou a trave de Cech. A perda abalou um pouco o argentino e o resto da equipe, a defesa inglesa encaixotou o Barça, obrigou os cruzamentos e o time Catalão não costuma usar a bola pelo alto. Na raça e na disposição o exercito azul se segurou como podia. Anulava as principais armas rivais e se postava a frente de forma dura e malandra se botando quase intransponível no front.  Trincheira protegida era só usar a arma final e foi Fernando Torres o nome dela, saiu no contra-golpe e empatou o jogo, não havia mais como o Barcelona buscar.
O Barcelona tem a arte, as últimas derrotas não abalam o melhor time o mundo atualmente. O resultado foi atípico, pois mesmo dominando os dois jogos saiu da competição. O time é tão técnico que não soube guerrear, perdeu por confiar demais nos talentos achou que poderia liquidar o Chelsea, não por soberba, mas por conhecer suas potencialidades. AInda assim será estranho não ter o clube como um finalista.
O Chelsea foi valente, duro e mostrou que a experiência ajuda demais. Teve sorte, matou o jogo na hora que pode. Porém, a armada inglesa não saiu ilesa, na final não poderá contar com Terry, Ramires e Raul Meireles. Vai quebrar a cabeça para ser remontado, mas o time que parecia sem alma há alguns meses agora sai com a fama de ter barrado a arte.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

São Paulo e Santos fizeram sua parte. Corinthians e Palmeiras travaram e estão fora.

As quartas de final do Paulistão 2012 foram breves, mas causaram apreensão e muita surpresa. Os quatro clubes da capital eram favoritos, mas o favoritismo exigia sua confirmação no campo de jogo.
No sábado, o São Paulo deu início aos trabalhos ao fazer 4x1 no Bragantino. Diferentemente dos 3x3 na fase de classificação, o time interiorano sentiu a pressão diante da importância da partida, sendo dominado na maior parte do jogo. Em alguns momentos assustou mais pela oscilação do Tricolor do que por seus méritos.
No primeiro tempo, o placar foi magro, Jadson, cada vez mais adaptado ao São Paulo achou bem Fernandinho que, com rara calma, fez 1x0. O São Paulo voltou displicente e sofreu um sufoco, principalmente pelos laterais terem muitos problemas na marcação. A partida só melhorou quando Luis Fabiano fez o segundo de falta. Daí pra frente, o Tricolor buscou os contra golpes, viu o Bragantino diminuir, mas Luis Fabiano e Osvaldo marcaram para a goleada. O São Paulo apresenta muito desequilíbrio, mas está no caminho certo, se tiver esse ajuste pode incomodar muita gente.
O Santos não teve o menor problema para eliminar o Mogi Mirim, fez 2x0 sem forçar e viu um golaço de Neymar. O time é forte demais e quando seu camisa 11 resolve jogar dificulta para qualquer um. Agora o time santista vai ao Morumbi enfrentar o São Paulo, trata-se de um clássico, mas o melhor time do Brasil enfrenta um time que anda em formação e sem a presença de Luis Fabiano, suspenso. O Peixe leva uma ligeira vantagem.
O Corinthians foi raçudo como sempre, manteve um padrão tático de sempre, mas tropeçou nos seu erros. A Ponte Preta foi aplicada e soube marcar muito bem as principais jogadas corinthianas. O time campineiro explorou os erros da defesa alvi-negra, primeiro de Julio Cesar que aceitou chute de Willian Magrão e segundo da defesa que deixou Roger livre para ampliar. Na segunda etapa, Tite tirou Danilo e Jorge Henrique apagados para a entrada de Douglas e Alex que empurraram o Timão para a frente, mas só quando Willian substituiu o zagueiro Marquinhos que o primeiro gol saiu dos pés do camisa 7. O Corinthians empolgou e a Macaca se defendeu. AÍ Julio Cesar errou o tiro de meta, a bola atingiu Castan e sobrou para a Ponte. Rodrigo Pimpão tocou na saída do arqueiro corinthiano e fez 3x1. Alex ainda diminuiu, mas sem tempo para o empate. Assim, a zebra passeou no Pacaembu e o Timão se volta exclusivamente a Libertadores.
Porém, pior que a derrota corinthiana foi a palmeirense. Primeiro, teve que decidir fora de casa por ter ficado atrás do Guarani na classificação e viu o time campineiro vencer até com certa facilidade, mesmo o placar sendo 3x2 o volume de jogo do time da casa foi maior. Aos poucos o Palmeiras vai se acostumando a ficar longe das grandes disputas. Se a derrota do Corinthians foi um acidente, a do Palmeiras está virando costume.
Quem nada tem haver com isso, são Guarani e Ponte que farão uma perna das semi-finais.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ufa, finalmente a primeira fase do Paulistão acabou

No último final de semana, o Campeonato Paulista teve a última rodada da primeira fase. Um torneio que foi longo demais, 19 partidas por equipe e 20 clubes causam irritação, impaciência, tornam o campeonato chato, enfadonho, ruim e nada interessante. Alguém pode argumentar que o Campeonato Brasileiro também possui 20 equipes, mas no torneio nacional o nível e tradição das equipes é maior. No Paulistão, as equipes interioranas estão cada vez mais fracas, não se preparam corretamente e o reflexo se deu nos resultados escassos de vitória sobre os grandes.
Os grandes que deveriam ser protegidos são expostos pela Federação Paulista que os obrigam a jogar contra jogadores mais limitados, com menos recursos e que, por vezes, só podem recorrer a faltas para conseguirem jogar. Fora isso, os campos com bastante falhas, a falta de preparação adequada e o acúmulo de jogos causam um assustador número de contusões. Não só o Paulistão, todos os campeonatos estaduais estão desfalcando os grandes times do Brasil. Não sou contra os estaduais, apenas acho que os clubes grandes são diferenciados e, portanto, devem ser protegidos tendo uma participação menor, entrando numa segunda fase, mais aguda. Nesse formato atual, apenas os clássicos chamam a atenção.
O fato é que o Corinthians terminou na liderança, vencendo a disputa, ponto a ponto, com o São Paulo. O time de Tite enfrentará a Ponte Preta. A oitava colocação do time campineiro foi frustrante, ainda mais pela equipe fazer parte da divisão de elite nacional. O São Paulo ficou em segundo, o que não é nenhum demérito visto que o time ainda está em formação e sofreu com as contusões. O Tricolor terá pela frente o Bragantino, confronto complicado mas que o time do Morumbi tem obrigação de vencer. O Santos, motivado pelo centenário, enfrentará o Mogi Mirim. O time de Mogi é jovem e é o melhor time do interior, o artilheiro Hernane pode surpreender, mas o normal é uma vitória do Peixe e com facilidade. O Guarani, com uma equipe jovem e o bom comando de Vadão ficou em quarto, de forma surpreendente. Agora terá a vantagem de jogar em Campinas contra um Palmeiras, ainda favorito, mas em má fase e é o jogo mais complicado para um grande.
Porém, apesar dos jogos desinteressantes, o torneio começa a ficar mais forte agora e todo o jogo colocará a tradição e força do Estado de São Paulo e de seus clubes frente-a-frente. Vai fever.
Só um adendo. A Portuguesa fez um papelão, o rebaixamento para a Série A2 é uma vergonha para a equipe que tinha sido tão exemplar ao vencer a segunda divisão nacional ano passado. Com que cara irá jogar a Serie A nacional no restante do ano?

sábado, 14 de abril de 2012

Meninos não ficam velhos

O Santos completa 100 anos de sua existência no dia de hoje. O Peixe que ousa ser grande entre os demais grandes do futebol nacional mesmo distante da capital do seu Estado. O time saiu de Santos ganhou o Estado, o País, o Continente, a Africa, a Europa, a Ásia e assombrou o mundo com um futebol envolvente e de garotos de grande talento.
O clube se destacou no cenário mundial contando com jogadores sensacionais. Araken Patuska e Feitiço foram os primeiros. Porém, nos anos 50 quando um jovem negro e franzino chegou de Bauru foi que o Peixe passou a dominar o futebol nacional, Pelé começou a ser peça fundamental de um clube que já contava com jogadores capacitados como Zito, Pepe, Dorval, Pagão e Jair da Rosa Pinto. A equipe começou quietinha levando títulos paulistas, mas de repente emendou um esquadrão que passou a conquistar títulos nacionais. A linha atacante mais famosa do Brasil, Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe garantiu conquistas e mais conquistas, Paulistas, Taça Brasil e Torneios Rio-SP eram vencidos com assombrosa demonstração de força. Tanta qualidade ultrapassou os limites brasileiros e ganhou a Libertadores da América em 1962 e 1963, foi o Santos que abriu os caminhos brasileiros na competição, numa época em que não havia televisão e a pressão perpassava o campo de jogo. Porém, não parou aí aquela equipe ganhou o mundo e teve o respeito dos Europeus ao parar o Benfica e o Milan na disputa do mundial de clubes. O que rendeu fama internacional, convites para amistosos ao redor do mundo e até a suspensão temporária de uma guerra na África para ver um jogo do Santos.
No final dos anos 60 aquele esquadrão deu lugar a outros promissores, casos de Clodoaldo, Lima, Edu, Ramos Delgado, Toninho Guerreiro. Que mantiveram o Santos no pique das conquistas. Em 1973 chegou ao fim a era Pelé e uma nova era se iniciava foi a vez de Pita, Juary, Rodolfo Rodriguez, Nelsinho, Paulo Isidoro, Serginho Chulapa e Zé Sergio apresentarem a primeira versão dos meninos da Vila. Porém, após o Paulista de 1984 a equipe desandou e amargou anos longe das grandes conquistas. Em 1997 conquistou a primeira taça em 13 anos, ao vencer o, já desvalorizado, torneio Rio-SP e em 1998 levou a Taça Comenbol, mas mesmo para a torcida o Peixe merecia voos mais altos. Quando o time se afundou de vez foi que as grandes conquistas retornaram, o Santos ressurgiu das cinzas quando deixou de apostar em medalhões como Edmundo, Marcelinho Carioca, Rincon, Cleber e Odvan e precisou da base, e lá estavam Diego, Robinho, Elano que junto a outros jogadores até então desconhecidos como Léo, Alberto, Maurinho, Renato fizeram um time que espantou e foi campeão brasileiro de 2002. Daí pra frente a equipe deslanchou, vice da Libertadores 2003, campeão nacional em 2004, bi-campeão paulista de 2006/2007. Teve pequenos períodos de dificuldade, mas em 2010 o sonho voltou agora Ganso, Neymar são a nova geração de meninos que já levaram um paulista, uma Copa do Brasil e uma Libertadores para a Vila e tem capacidade para muito mais.
O Santos não é uma fábrica de craques, muitos jogadores de nível ruim já atuaram lá, mas a capacidade de ressurgimento, aparição de talentos inexplicáveis e destinação para ser gigante tornam o Peixe forte. Apesar dos 100 anos, a ousadia do futebol e do cabelo de Neymar mostra que o clube é jovem e que meninos, mesmo aos 100 anos, jamais envelhecem. Parabéns Santos Futebol Clube, como diz o hino um orgulho que nem todos podem ter.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Juiz e a goleada

O São Paulo bateu, por 5x2, o Bahia de Feira de Santana e eliminou o adversário na Copa do Brasil. A vitória veio permeada de dúvidas. A arbitragem influenciou diretamente no resultado, reforçada a tese pela partida bem razoável feita pelo São Paulo. O Tricolor teve muitos problemas, venceu mas não convenceu ninguém. O jogo começou com o Bahia de Feira ameaçando, chegando rápido e com jogadas ríspidas. O São Paulo foi se impondo aos poucos, numa jogada já caraterística Jadson achou Rhodolfo na área, o zagueiro fez o gol, estava em impedimento, mas foi por muito pouco e o erro não deve ser aumentado. O técnico baiano já alterou na primeira etapa , Jhonathan entrou e bagunçou a defesa tricolor. Paulo Miranda começou a lembrar as falhas do início do ano, o São Paulo recuou demais e o time baiano chegou ao empate com Carlinhos. Nesse momento a arbitragem acabou com o jogo, Cicero fez passe na medida e Luis Fabiano dominou, quando se aproximou do goleiro forçou o toque e se atirou, o juiz deu a penalidade, na minha visão equivocada. Além disso, teve que expulsar o goleiro Dionattan, por considerar a jogada faltosa. Luis Fabiano converteu. O jogo ficou ruim após isso, o estado do gramado dificultava as jogadas dos sãopaulinos que costumam carregar a bola, o Bahia de Feira perdeu força ofensiva.
Na segunda etapa, Lucas foi derrubado e desta vez foi pênalti claro. Luis Fabiano marcou de novo, 3x1. O Tricolor melhorou e Maicon fez o quarto. Na sequencia o arbitro errou de novo ao marcar penalidade de Paulo Miranda em Zé Roberto, ao meu ver, não houve nada. João Neto diminuiu. No fim Osvaldo bateu, a bola desviou e ganhou as redes, decretando o 5x2. O Tricolor não jogou bem e ainda não teve a força testada pelo adversário. De bom mesmo, ficaram a classificação, os gols de Osvaldo e Maicon e a décima primeira partida sem derrotas. Para o Bahia de Feira só restou a reclamação e o lamento.

Libertadores: Corinthians fácil. Boca Juniors o mesmo.

O Corinthians garantiu a vaga para as oitavas-de-final da taça Libertadores ao bater o modesto Nacional do Paraguai por 3x1 fora de casa. Correção, em casa, afinal os paraguaios jogaram longe de sua sede, num local mais próximo da divisa brasileira e permitiu uma invasão de torcedores corinthianos, além do Nacional ser um time considerado pequeno e de pouca torcida.
Em campo, o Timão impôs sua técnica e seu equilíbrio tático, como costumo dizer, fazer gol no Corinthians de Tite é uma missão dolorosa.
A equipe de estilo de jogo duro e competitivo atropelou o adversário e confirmou aquilo que se esperava, a classificação antecipada e a primeira colocação no grupo assegurada. De fato seus rivais de grupo não demonstraram a menor condição de fazer frente ao Corinthians. Na Libertadores, os grupos costumam confirmar a classificação obvia dos mais fortes. As dificuldades se iniciam nos mata-matas onde geralmente os problemas aumentam de proporção. O estilo pragmático corinthiano será testado, pode ser que funcione, porém a Libertadores costuma exigir um pouco mais de improviso.
Por falar em times fortes na Libertadores, o Boca Juniors da Argentina provou que a fase pode não ser das melhores, mas a mística continua. Venceu o Fluminense por 2x0 ao seu modo, enervou o rival, neutralizou as jogadas adversárias, saiu nos contra-ataques e aproveitou os erros, parece que o maior vencedor da Libertadores não perdeu o jeito.