domingo, 16 de dezembro de 2012

Primeiro a América, agora o mundo

Ao bater o Chelsea por 1x0, gol de Guerrero, o Corinthians sagrou-se bi-campeão mundial, igualando o feito do Santos e se aproximando da marca do São Paulo.

O jogo mostrou-se equilibrado na primeira etapa. Os dois times buscavam espaços na defesa do outro sem, no entanto, levarem grande perigo ao gol. Tite olhou mais para sua defesa e percebeu que precisava conter os avanços do lateral Ashley Cole pelo lado direito da defesa corinthiana, para isso usou Jorge Henrique. O camisa 23 ajudou Alessandro e conteve os avanços de Cole e Juan Mata. Era uma partida equilibrada, o tabuleiro japonês não apresentava grandes opções, até pela dependência de Ivanovic que não tinha a mesma força no apoio que Cole. O Corinthians se concentrava apenas na defesa, o jogo ficou na mão de coadjuvantes. Foi assim, no final da primeira etapa que Moses passou a ter mais chances e vencer a marcação de Fabio Santos.

O Corinthians tentava aproveitar os espaços atrás da defesa inglesa, mas os passes eram defeituosos. O Chelsea, por ter jogadores de maior qualidade técnica, fazia o mesmo  mas com mais eficácia. Torres passou a ter oportunidades, mas Cássio estava com a sorte ao lado e executou boas defesas, no momento em que os ingleses tiveram o controle da partida. O belga Hazard dava trabalho e David Luiz era um gigante na defesa. Porém, como era de se esperar, o Corinthians estava mais afim, mais confiante e o peruano Guerrero era a alma disso, era o melhor jogador em campo.

 Na segunda etapa, o Corinthians voltou menos ansioso e posicionado de uma forma melhor, Ralf ficou na marcação solitária a frente da defesa, Paulinho ganhou mais liberdade, Danilo foi para a esquerda e Emerson se aproximou mais do ataque. Assim, o Timão sufocou o Chelsea, o time inglês era incapaz de trocar passes livres de marcação. O Corinthians dominou e foi mais perigoso e em uma troca de passes, Danilo pegou a sobra, driblou dois marcadores e chutou, a bola desviou e subiu, Guerrero pulou e marcou o tento corinthiano com três marcadores a observar paralisados. O gol deu confiança ao Corinthians que se sentiu em casa dada a significativa presença da torcida no Japão.

O Chelsea sentiu o baque e não corrigiu a forma de jogar, estava derrotada antes mesmo do apito final. O mundo agora está em preto e branco e dessa vez sem ressalvas. O time foi campeão indiscutível da Libertadores. O Corinthians renasceu das cinzas de um rebaixamento, hoje possui uma situação interna apaziguada, um comando técnico competente, um time de jogadores identificados com o clube e com a torcida, ainda que muitos deles não sejam brilhantes. O mundo nos próximos 365 dias pertence ao bando, ao bando de loucos. 


sábado, 15 de dezembro de 2012

Chelsea x Corinthians: uma final de prognóstico difícil


Amanhã o Corinthians possui a oportunidade de ser bi-campeão mundial. O título de 2000 foi polêmico, embora as torcidas rivais tenham total desprezo por aquela conquista, de fato o Corinthians é campeão do mundo em 2000.

Desta vez o Timão chega a final com a conquista da Libertadores, em 2000 foi convidado como campeão nacional do país sede o que é usado pelos rivais para desmerecer aquela conquista. O confronto será diante do Chelsea da Inglaterra, curiosamente ambos venceram suas competições continentais pela primeira vez em 2012.

O Corinthians venceu o Al Ahly do Egito, teve mais dificuldades do que o esperado, principalmente ao mostrar um defeito incomum ao time de Tite, o time não esteve compactado, as linhas de defesa e ataque estiveram distantes e a equipe sofreu até perigo diante da frágil equipe africana, esse defeito foi mostrado também na derrota diante do São Paulo antes do embarque para o Japão. Na final é preciso mais concentração.

O Chelsea mesclou boa parte do time e venceu o Monterrey com certa facilidade, o time tenta se afirmar com o comando de Rafa Benitez, após a saída de Di Matteo. O time inglês mudou bastante desde a conquista da Europa. Hoje possui uma equipe mais talentosa individualmente e instável na defesa.

O Chelsea é favorito, mas a diferença não é grande. Os momentos físicos são diferentes, o Corinthians está no fim da temporada, portanto mal condicionado em relação ao Chelsea que está no meio da sua temporada. As duas equipes estão em um momento de fragilidade coletiva, o Corinthians não mostra a mesma compactação da Libertadores e o Chelsea ainda busca a formação ideal.

O Chelsea pode tirar proveito desse momento do Corinthians e fazer uma movimentação capaz de confundir a defesa rival. O Timão pode aproveitar a má marcação dos ingleses pelas laterais do campo e por ali conseguir uma vitória. Outro ponto a favor é que brasileiros e outros sul-americanos são mais interessados em vencer o Mundial do que os europeus e isso torna os times daqui mais raçudos e guerreiros em jogos deste tipo, mas ninguém se engane os ingleses lutaram muito pela taça, afinal os brasileiros que ali jogam costumam incendiar seus companheiros da importância da conquista.

Seria importante para a América do Sul a conquista corinthiana, pois os europeus nadam de braçadas desde 2007 e a disparidade entre os continentes parecem só aumentar. Na realidade o Mundial só deveria ser disputado entre o europeu e o sul-americano que é onde existe futebol de verdade, os demais continentes só fazem figuração e não vai ser um jogo por ano que vai mudar esta realidade.

O maltratado futebol sul-americano

A confusão nos vestiários do Morumbi que culminou no término do jogo sem segundo tempo entre São Paulo e Tigre e a cortina de fumaça após o ocorrido expõem a fragilidade e a falta de comando da Confederação Sul-americana de Futebol, a Comenbol.

A América do Sul abriga o segundo futebol mais poderoso do mundo, ficando atrás apenas da Europa que, por sua condição financeira maior, detém os melhores jogadores do planeta. Ainda que seus principais jogadores saíam aos montes, o futebol sul-americano se reinventa, mostra novos valores e até se aproveitou da crise mundial para manter ou repatriar alguns dos seus maiores valores. 

O problema é que a falta de estrutura impede que as competições sul-americanas sejam tratadas com respeito, nossa Taça Libertadores da América, por exemplo, não tem metade da visibilidade da sua equivalente européia a Liga dos Campeões da Europa. Obviamente a presença dos melhores jogadores do mundo vai dar mais destaque aos europeus, mas essa competição não se tornaria assim sem profissionalismo e organização. Na Europa já houve brigas e mortes nos estádios, mas aos poucos sanções foram aplicadas, assim como a conscientização dos torcedores que permitiu a retirada dos alambrados e a aproximação ao campo de jogo como é observado na Inglaterra. Enquanto isso o futebol daqui parece preso no tempo.

Acostumamos com estádios velhos, pouco confortáveis, com grades, com intimidação, com coisas atiradas contra jogadores, com provocação, com não saber perder e tratar o jogo como guerra. Essa  imagem nos agride mundo a fora. O futebol é um grande representante da América Latina e quando as imagens da selvageria percorrem o mundo, eles criam o conceito da "terra de ninguém". Com isso não atingimos respeito e muito menos a visibilidade que o continente merece.

O Brasil tem papel importante, pois hoje possui o futebol mais tranquilo economicamente do que seus vizinhos de continente, portanto tem o dever de ser o maior interessado na organização do futebol sul-americano para se tornar vendável ao mundo. É preciso cobrar a Comenbol para tornar as competições mais profissionais, é preciso cobrar uma postura mais forte no intuito de mostrar ao torcedor que o esporte não é guerra.

Ressalto a importância do Brasil ao ver que, nos últimos dez anos, teve representantes na final da Libertadores por nove vezes e em duas oportunidades teve dois finalistas brasileiros, conquistando cinco títulos nessas nove finais, sendo que os últimos três anos foram vencidos por times brasileiros. O Brasil é o principal interessado numa gestão profissional. O futebol praticado aqui representa um bom produto, se a América do Sul parar de maltratar seu esporte, tudo tende a melhorar. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Meio tempo, campeão inteiro


Quatro anos sem títulos e a despedida de Lucas incendiaram a torcida do São Paulo que lotou o Morumbi, mesmo para uma competição secundária como é a Copa Sul-Americana, o que não diminui em nada a importância de vencer uma taça, ainda mais internacional.  

A noite estava agradável, a torcida fazia uma linda festa mas o clima entre os jogadores estava difícil. Na chegada do ônibus dos argentinos houve agressividade da torcida que atirou latas em direção ao veículo, o que deve ser evitado com veemência para o bem do futebol. Outro problema foi o fato do São Paulo não ter permitido nem o reconhecimento no gramado e nem o aquecimento do time adversário no campo de jogo. O reconhecimento do gramado foi um exagero da diretoria são-paulina  mas o aquecimento é regra interna do Morumbi que seja realizado nos vestiários, inclusive o próprio São Paulo não realiza seu aquecimento no gramado. Ainda assim os jogadores do Tigre peitaram os seguranças e forçaram seu aquecimento no gramado, o que atrasou o começo do jogo.

Com a bola rolando o São Paulo esteve dono das ações e foi enormemente superior. O Tigre usou do artificio anterior e novamente abusou das faltas e jogadas desleais no intuito de desestabilizar o adversário. Porém, desta vez os jogadores da equipe paulista não caíram na armadilha, após bela troca de passes a bola achou Lucas que dominou e bateu para abrir o marcador. Lucas tabelou com Osvaldo que saiu na cara do goleiro para ampliar. A esta altura ficou evidente a diferença técnica entre as equipes e Lucas aproveitou para humilhar na bola, o resultado foi uma série de cartões amarelos, que ainda foram poucos diante da atuação fraca do árbitro Enrique Osses.

No fim da primeira etapa, Lucas foi em direção do argentino Orban que atingiu o rosto do jogador brasileiro e mostrou o algodão ensanguentado. Isso deu início a uma confusão em campo, onde os jogadores do São Paulo foram bem provocadores e os argentinos saíram do sério, aliás o senhor Osses já poderia ter expulsado três argentinos se não fosse tão passivo. O clima continuava tenso, mas parecia contida no gramado. Parecia.

Dos vestiário veio a informação de que o Tigre se recusou a entrar no campo na segunda etapa. Segundo a imprensa houve luta corporal entre os argentinos e seguranças do São Paulo. A partir daí existem várias versões, a argentina de que houve uma emboscada esperando no vestiário, não acredito nessa versão, o São Paulo vencia o jogo e era o maior interessado no fim do jogo inteiro. A outra versão era de que os argentinos tentaram invadir o vestiário do São Paulo e brigar com os atletas, os seguranças não permitiram isso e foram agredidos, quando os reforços vieram a coisa mudou de figura e os argentinos recuaram, mas reagiram com mais agressividade ao arrancar as divisórias do vestiário. Outra versão foi a de que os seguranças estariam armados, o que também não é verdade, pois os seguranças não trabalham armados como já adiantaram jornalistas que cobrem o São Paulo. O que deve ter ocorrido é que a policia foi apartar a briga, como ela não cessava, uma arma deve ter sido sacada no intuito de intimidar a briga.

De qualquer forma não há santos e nem demônios nessa relação, todos erraram. Infelizmente é comum a times de menor expressão do Uruguai e da Argentina fazer esse tipo de coisa, buscar a agressão, principalmente quando perdem. Os jogadores do Tigre demonstraram desrespeito e falta de educação em campo e fora dele, ignoraram a imprensa brasileira em campo e quando não poderiam estragar a festa na bola, optaram por estraga-la de outra maneira. De outro lado o São Paulo deveria ser um pouco mais cortês com seus adversários, alem disso orientar melhor seus seguranças que acabaram por reagir a uma provocação, mas deveriam ser capazes de evitar isso.

Alheios a isso jogadores e torcedores aguardavam o fim do jogo ou a decisão final. Após alguns minutos Enrique Osses apitou o fim do jogo e a Comenbol declarou o São Paulo como campeão. Independente deste fato na final, o São Paulo mereceu a conquista da taça, foi melhor que os demais postulantes ao título e fez uma bela campanha. A conquista salva um ano que parecia perdido até metade do tempo. A chegada de Ney Franco foi fundamental para a conquista da vaga para Libertadores e do título que vieram mesmo com o mal trabalho da diretoria no ano. A conquista salva Juvenal Juvêncio e seus comandados de mais pressão.

No fim Rogério deu a Lucas o privilégio de levantar a taça. Lucas seguirá para o PSG da França e deixará saudades no Morumbi. Porém, segue a vida e os desafios do São Paulo serão maiores em 2013.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Piramide derrubada

O Corinthians entrou em campo no rigoroso inverno japonês para seu primeiro desafio no Mundial. O adversário foi o campeão africano o Al Ahly do Egito que participa pela quarta vez do torneio sem ter passado perto da classificação para a final em nenhuma oportunidade. A verdade é que os sul-americanos não deveriam tornar os jogos de estreia difíceis  afinal tecnicamente não há comparação com as equipes de outros continentes, apenas a Europa leva vantagem sobre a América do Sul.

O fato é que os jogos sempre foram complicados, principalmente entre os times brasileiros que valorizam mais do que deveriam a competição. São Paulo, Inter e Santos sofreram nessa fase e ficou pior quando, em sua segunda ida ao Japão, o Inter foi surpreendido e perdeu para o Mazembe.

O Corinthians parecia imune a isso na primeira etapa, pressionou a saída de bola e não permitiu nenhum chute perigoso ao gol de Cássio. Aos poucos os laterais corinthianos foram se soltando e compensavam a má atuação de Emerson e Paulinho dois dos seus melhores jogadores. Danilo e Douglas demonstravam vontade, mas faltava imaginação. Do outro lado os egípcios mostraram sua deficiência técnica no alto número de passes errados. A partida prometia ficar fácil quando Douglas achou bem Guerrero que abriu o marcador de cabeça. O Corinthians terminou a primeira etapa com a impressão de vencer bem e sem dar chances ao rival.

Porém, na segunda etapa o Al Ahly passou a acreditar, muito por culpa do time brasileiro que recuou e, pior, perdeu a sua unidade, as linhas de defesa e ataque ficaram distantes e os egípcios tomaram conta dos rebotes, chutaram de longe e assustaram Cássio, Tite efetuou alterações visando apenas o sistema defensivo, era preciso mais que isso.

Fosse o Al Ahly um pouco mais qualificado as possibilidades de empate seriam reais. O Corinthians terminou ansioso e acuado, sofrendo mais que o necessário,  mas importa mais ainda a classificação e ela foi conseguida independente da forma. Porém, para derrubar Chelsea ou Monterrey vai ser preciso mais força do que a usada para derrubar a piramide do Al Ahly.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Reservas do São Paulo vencem Corinthians



Únicos times que ainda não terminaram a temporada, São Paulo e Corinthians se enfrentaram no Pacaembu com mando do Tricolor.

O São Paulo entrou em campo com uma equipe totalmente reserva visando descansar sua força principal para a final da Copa Sul-Americana e dar oportunidade para que alguns jogadores pudessem mostrar seu valor diante do período de reformulação comum no fim da temporada. O Corinthians foi com sua força máxima visando se preparar para o Mundial.

As escalações sugeriam uma vitória corinthiana e de fato o jogo parecia desenhado para isso. O Timão pressionou a saída de bola do adversário que sofria com o desentrosamento natural. Assim João Filipe perdeu uma bola para Douglas e Guerrero entortou Edson Silva e bateu firme para abrir o placar. Porém, o São Paulo reagiu rápido quando Ganso acertou lançamento para Douglas disparar e empatar a partida. Depois Ganso tabelou com Maicon que acertou belo chute para virar a partida. Daí em diante o Tricolor se postou na defesa esperando a oportunidade de sair no contra-golpe e o Corinthians pressionou parando apenas em Denis e na anulação incorreta do gol de Jorge Henrique.

Na segunda etapa o São Paulo permaneceu endurecendo o jogo, não dando espaço e com firmeza nas divididas. O time corinthiano foi ficando nervoso, em virtude de não conseguir uma boa atuação e pelo desinteresse para com essa partida. Ainda assim Jorge Henrique foi expulso corretamente ao chutar Casemiro no chão. Num erro bisonho de Wallace, Maicon recebeu e bateu cruzado para fazer o terceiro e matar o jogo. Willian José ainda foi expulso, mas não havia mais tempo de reverter a vantagem do São Paulo que venceu o jogo.

O São Paulo só venceu o jogo por ser de fato um time. Ney Franco conseguiu dar ao time do Morumbi uma formação, buscando um esquema de jogo definido, fora isso houve o comprometimento, os jogadores mostraram raça e disposição e por isso mereceram a vitória.

O Corinthians segue para o Mundial mostrando alguma força do time campeão da América, mas parece menos compactado do que antes e demonstrado algum desinteresse. Isso pode ser perigoso, o marasmo não pode tomar conta ainda mais perto de uma competição tão importante quanto o Mundial.

Última rodada do Brasileirão 2012

A rodada, marcada pelo grande número de clássicos, serviu para fechar o campeonato e salvar Portuguesa e Bahia para a Série B, pior para o Sport que volta para a divisão de acesso. 

Cheios de garotos, Botafogo e Flamengo empataram. Destaque para o flamenguista Nixxon e para o botafoguense Sassá que fizeram gols na partida.

Na Vila, o Palmeiras mostrou novamente as falhas que o levaram a cair. Até abriu o marcador com Maykon Leite, após lançamento de Barcos. Porém, Neymar mostrou seu poder, primeiro driblou e fez acontecer uma colisão entre o goleiro Alemão e o fraco Mauricio Ramos antes de rolar a bola para Victor Andrade empatar. Depois sofreu e converteu a penalidade infantil cometida por Román. Por fim, humilhou Mauricio Ramos ao bater entre as pernas do adversário e marcar o terceiro.

Em um jogo chato o Vasco venceu o Fluminense por 2x1, dois belos gols de Éder Luis, mas o final vascaíno foi bem melancólico.

Com dois a menos, o Internacional segurou o 0x0 no último Gre-Nal no Olímpico. O jogo foi tenso e teve um monte de confusões. Os Colorados saíram superiores ao jogar água no chopp dos rivais.

Em Minas, Atlético e Cruzeiro fizeram o clássico mais movimentado da rodada. O Galo saiu na frente, levou a virada, mas conseguiu reverter o placar no fim. Com a vitória, os atleticanos acabaram com o vice do torneio.

No Canindé, Lusa e Ponte não saíram do zero, mas se mantiveram na primeira divisão em 2013.

O Coritiba goleou o Figueirense e mandou o time catarinense de volta a série B sem dó.

Nos Aflitos Araújo deu a vitória ao Naútico e rebaixou de forma triste o Sport.

Por fim o Bahia se manteve na primeira divisão.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tigre ruge em Bogotá

A expectativa era de que o Millonarios demonstrasse a força que levou o time colombiano a eliminar Palmeiras e Grêmio em Bogotá. Porém, a torcida colombiana viu o pequeno e aguerrido Tigre abrir o placar com um gol de Echeverria, Perlazza ainda empatou no fim do jogo, mas o placar foi suficiente para colocar o time argentino na final da Copa Sul-americana diante do São Paulo, a primeira decisão internacional do Tigre.

Ao contrário de gremistas e palmeirenses, os argentinos pouco se importaram com a altitude, foram organizados e não permitiram que o jogo físico rival superasse as suas linhas defensivas, em nenhum momento da partida os Millonarios exerceram uma pressão constante, pelo contrário, correram riscos durante o jogo todo. Os brasileiros que perderam usaram a altitude como desculpa, mas o Palmeiras perdeu para sua má fase e o Grêmio pelo seu excesso de veteranos em campo e por uma penalidade inexistente. O fato é que os argentinos não se intimidaram e jogaram com personalidade para vencer um grande adversário.

O Tigre é um time modesto, sem jogadores muito técnicos, mas com a velha e boa marcação argentina e jogadas aéreas muito bem definidas. O São Paulo é favorito e mais técnico, mas correrá riscos. Os argentinos querem fazer história, transformar um time modesto de uma pequena torcida em campeão continental e motivação não vai faltar. O Tricolor também tem as suas missões, uma delas é mostrar que este grupo pode por o São Paulo de volta ao protagonismo, vencer um título em mata-mata o que não acontece desde 2005 e decidir no Morumbi.

Não gosto de falar em obrigação de vencer. Todos os times possuem obrigação de vencer, tanto grandes quanto pequenos. Agora, para o Tigre vencer este torneio é importante, mas dificilmente mudará a realidade da equipe em relação ao seu tamanho. O São Paulo, por sua vez, precisa vencer para justificar seu tamanho e investimento, entra mais pressionado e ainda não deu mostras de que lida muito bem com isso nos últimos jogos.

O São Paulo é favorito, mas enfrenta um time com boa marcação e motivado, não será nada fácil. A título de curiosidade, a primeira Libertadores do São Paulo foi em cima de um argentino e no Morumbi.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mano por Felipão


Faltando pouco mais de um ano e meio para a Copa do Mundo, a CBF definiu a demissão de Mano Menezes do comando da Seleção Brasileira. A demissão veio no momento em que Mano começava a definir formas de jogo e até ameaçava uma melhora, mas os maus resultados diante de seleções mais fortes e uma certa rejeição do presidente José Maria Marim levaram a demissão.
Para o seu lugar, a CBF aposta numa lição do passado, Felipão. O treinador que vem de uma passagem ruim no Palmeiras, apesar do título da Copa do Brasil, a queda da equipe para a Série B foi debitada na conta do técnico. Porém, Felipão é um bom bombeiro, apagou os incêndios em 2002 e acabou campeão do mundo. O treinador teve muitas dificuldades durante a parte final das eliminatórias, mas o Brasil foi reerguido na Copa e, mesmo sem um futebol brilhante, venceu om muitos méritos.
Assim como em 2002 Felipão recebe uma Seleção ainda não montada, mas sem dois nomes importantes e reconhecidos internacionalmente como eram Rivaldo e Ronaldo. A atual Seleção é jovem, a maioria jamais jogou uma Copa do Mundo e ainda podem ser craques de representação internacional, mas ainda não o são. Felipão terá o desafio de manter esses jovens na equipe, mas tentar o retorno de alguns mais experientes para dar mais segurança ao time.
A demissão de Mano foi política, principalmente por não agradar ao atual presidente da CBF, mas também tem suas razões técnicas. Mano demorou demais para dar ritmo e padrão de jogo ao time e mostrou uma equipe vacilante, fora convocações que muitas vezes foram estranhas.
Eu esperava algo diferente, Felipão é mesmice, mas já deu certo uma vez e pode funcionar de novo. De fato a tendência é que o selecionado tenha um acréscimo de competitividade e isso é muito positivo.  

Na final


55 mil são-paulinos presenciaram o 0x0 que garantiu a passagem do time do Morumbi para a final da Copa Sul-americana. O resultado não foi o mais empolgante é verdade, mas o São Paulo tem mostrado uma evolução importante neste final de temporada, o que pode representar muito para 2013.
O São Paulo começou disposto a amassar a Universidad Católica, Lucas pela direita incomodou o sistema defensivo chileno, restando ao adversário apelar para as ações faltosas e o camisa sete sofreu com a violência rival com conivência da arbitragem venezuelana. O Tricolor comandou as ações durante toda a partida, esbarrou apenas na falta de pontaria e nas boas defesas do goleiro Toselli. Apesar disso o time mostrou tranquilidade ao segurar a bola no ataque, ao pressionar a saída de bola e manter o gol de Rogério Ceni longe de perigo.
A evolução do São Paulo como time é nítida. O time que parecia mais um catadão nas mãos de Leão, agora é mais organizado tanto ofensivamente quanto defensivamente. Além disso, a postura da equipe é outra, ontem se viu muita aplicação de todos os jogadores em campo. O time só foi à final por ter se desdobrado nesta partida. Apesar disso, o nervosismo de alguns jogadores e os erros de finalização mostram uma equipe ainda pouco amadurecida somada ao prejuízo da má preparação física do início da temporada.
Ainda assim a classificação foi comemorada. Afinal, o São Paulo não jogava uma final de campeonato desde 2006. A Copa Sul-americana não é uma grande competição tecnicamente, mas para o futuro do time do Morumbi, voltar para a Libertadores e ainda voltar a ser campeão em um ano onde pouco se preparou para isso representa a possibilidade de um 2013 promissor.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cai Mano, atraso permanece

Dunga tinha bons resultados, mas o Brasil era um time que vivia no samba de uma nota só, a equipe era talhada para o contra ataque e apenas isso. Em termos de resultado a passagem de Dunga foi positiva, mas a postura do selecionado incomodava  além disso a aposta em jogadores envelhecidos e a relação ruim com torcedores e imprensa derrubaram o ex-volante do cargo.
Mano Menezes foi a segunda opção da CBF para a vaga de técnico da Seleção e sua escolha foi boa, afinal ele teve trabalhos positivos no Grêmio com mão de obra barata e ajudou na reestruturação do Corinthians pós rebaixamento. Além disso, o seu relativo sucesso em mata-matas o credenciava a assumir o cargo.
Porém, atuações ruins ou pouco convincentes, convocações estranhas e om pouca continuidade e repetidas falhas em jogos importantes e nas Olimpíadas minaram o trabalho. A queda era questão de tempo e assim ela veio. Porém, a demissão por si só não resolve nada, em pouco tempo a Copa do Mundo de 2014 chegará e há um atraso técnico e tático que deverá ser transpassado pelo novo treinador. Mano chegou a fazer alguns progressos, muitas vezes tímidos e não foram consistentes.
Os nomes cotados são da mesma filosofia de Mano, Felipão, Muricy e Abel seguem o estilo de um padrão tático estabelecido e um futebol eficiente, mas nem um pouco belo. Talvez fosse o momento de algum estrangeiro, alguém que olhe para o futebol de modo mais moderno e ofensivo, talvez Guardiola.  

Menos do que o merecido


O São Paulo voltou ao Chile nesta Copa Sul-americana. Na primeira visita venceu a Universidad do Chile que acabou eliminando no Pacaembu. Desta vez a Universidad Católica dificultou um pouco mais e o jogo terminou em 1x1.
O jogo começou com o São Paulo postado bem na defesa diminuindo as ações dos adversários que só usavam o chute de longa distância como arma. Aos poucos o
 time do Morumbi foi dominando as ações e passou a criar mais oportunidades com o bom jogo de Jadson. Numa dessas jogadas a bola foi de um lado para outro e Rhodolfo achou Tolói livre para abrir o marcador. Depois o São Paulo foi mais maduro, tocou bem a bola e não fosse a jornada infeliz de Osvaldo e a mania de brigão de Luis Fabiano poderia ter saído com uns 3x0 da primeira etapa.
Na segunda etapa o São Paulo voltou melhor, continuou em cima e viu Osvaldo desperdiçar muitos chutes e dar passes errados. A Universidad passou a ter mais jogadores ofensivos, jogar pelos lados do campo. No São Paulo Jadson caia de produção, Lucas tentava ser a melhor opção, mas os zagueiros o tornaram alvo preferencial, acabou pedindo para sair, mas antes o São Paulo tomou um gol de empate após um passe errado. O bom atacante Castillo empatou a partida. O Tricolor deu uma desligada após o gol. Ney Franco colocou Ganso que melhorou a cadência do time mesmo ainda fora de ritmo. Porém, nada mais de grande foi feito no jogo. O time do Morumbi mostrou na segunda etapa que ainda não está pronto.
O resultado foi menos do que o time brasileiro mereceu. Entretanto não foi ruim ou desastroso. No Morumbi, onde o São Paulo pouco perde, o time de Ney Franco deve confirmar a classificação, o time é mais forte que seu adversário.

Tragédia anunciada


 A queda para a Segunda Divisão era quase certa para o Palmeiras, principalmente pelos vacilos em casa. A derrota contra o Coritiba foi o primeiro sinal do apocalipse verde, até pela facilidade com que o Palmeiras foi dominado e aceitou a derrota.
O segundo sinal veio diante do Botafogo, de novo em Araraquara. Desta vez o Palmeiras honrou a camisa e jogou bem, os seus atletas foram ao limite e o Verdão poderia até ter goleado, mas a maré não estava mansa, os cariocas estiveram a frente por duas vezes, os palmeirenses foram buscar, mas ficou apenas o empate em 2x2 no final. O Palmeiras era vitima das falhas.
A superstição imperou e o Palmeiras levou o jogo contra o Fluminense para Presidente Prudente onde nunca havia perdido. Precisava muito mais que essa tradição para vencer, os cariocas abriram 2x0, uma das bolas desviou no zagueiro Maurício Ramos para morrer na rede de Bruno. O Verdão foi valente, empatou, poderia ter virado, mas viu Fred fazer o terceiro e decretar a vitória do Fluminense, o título carioca e o inferno palmeirense.
No desespero, o Palmeiras seguiu para o Rio de Janeiro. O garoto Vinícius deu esperança, mas Vagner Love, cria palmeirense, chutou, a bola desviou no zagueiro, marca registrada do azar alviverde, e matou Bruno e o empate prevaleceu. A esperança morreu logo depois quando Portuguesa e Grêmio empataram e decretaram o segundo rebaixamento do Palmeiras em dez anos.
Jogar a Série B hoje não significa ficar esquecido, ainda mais pelo Palmeiras estar na Libertadores novamente. Porém um time da grandeza que tem o Palmeiras não pode cair duas vezes. A incompetência que impera no Parque Antártica está diminuindo o clube, envergonhando o seu torcedor, o de verdade, o que sofre calado, não os vândalos. A instituição não merece o apequenamento.

*coluna desta sexta do Jornal Acontece

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Superclássico com nada de super

Argentina e Brasil finalmente terminaram a série de dois jogos que precisaram de um esforço enorme para adquirirem alguma relevância real. Por mais que a transmissão se esforçasse a presença de Durval na zaga mostrava que o jogo não passava de um compromisso dispensável.

A Argentina com um time sem nenhum titular da sua melhor equipe fez alguns testes e os resultados foram bons. O fato é que as duas partidas foram bem abaixo do que o Serra Dourada e a Bombonera mereciam abrigar. Em Goiás o jogo foi desinteressante, Neymar salvou e deu a vitória por 2x1 em uma penalidade. Depois do apagão em Resistência, coube a La Bombonera abrigar a partida que acabou 2x1 para a Argentina e acabou com vitória brasileira nos pênaltis.  

Ontem o jogo demorou pra engrenar. O Brasil foi a campo com três volantes de uma forma inexplicável, era uma partida para testes não para defender um título inútil. Enfim a postura covarde que o selecionado nacional apresenta sob o comando de Mano Menezes novamente foi visto em campo, o que levou ambas as equipes a criarem praticamente nada até boa parte do segundo tempo. A partida melhorou com a entrada de Scocco artilheiro do Campeonato Argentino, logo depois Jean fez falta, fora da área, em Martinez, o árbitro marcou equivocadamente a penalidade no jogador do Corinthians e Scocco não deu chances para Cavalieiri.  Logo Neymar chutou e a bola encontrou Fred para empatar. Parecia que tudo estava resolvido até o Brasil tomar um contra ataque aos 44 minutos do segundo tempo, Montillo brigou com a defesa e rolou para Scocco definir. Nas penalidades, Cavalieri pegou a de Martinez e viu Montillo isolar, enquanto Thiago Neves e Jean marcavam. Sebá diminuiu e Carlinhos bateu fraco para a defesa de Orión. Scoco marcou, Fred também, Orion ainda deu chances para a argentina, mas Neymar definiu o título e a comemoração tímida. 

Para o Brasil ficou bem claro que Thiago Neves e Ralf caem muito de produção na Seleção e que Cavalieri e Fred merecem mais oportunidade. O fato é que o Brasil termina 2012 sem nenhuma partida que convencesse. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Durval e a banalização da Seleção Brasileira

Confesso que tenho pouca empatia com a Seleção Brasileira. São poucas as oportunidades em que o nacionalismo fala alto em mim em relação ao futebol, admito certa empolgação apenas em Copa do Mundo, no mais o selecionado parece mais um estorvo do que algo que deva ser motivo de orgulho.

Esse sentimento não é apenas meu, mas de boa parte do povo brasileiro, relação que foi estremecida depois da Copa de 1998 e nem mesmo a conquista de 2002 foi capaz de abrandar essa relação. Dez anos depois da última Copa do Mundo vencida, o brasileiro continua distante da Seleção. A questão toda são os motivos e são legítimos. 

O maior deles é a influência negativa sobre os clubes, principalmente pelo desrespeito as datas FIFA e um calendário que tira dos clubes seus principais atletas em momentos decisivos e isso é fatal para qualquer torcedor. Fora isso, amistosos longe do Brasil, convocações estranhas, técnicos pouco populares e banalização da camisa do selecionado são fatores que contribuem.

Esse amistoso fajuto diante da Argentina erroneamente chamado de superclássico é um exemplo de banalização da camisa. A partida não tem importância alguma, nem mesmo é um teste. A ausência dos grandes nomes que atuam na Europa esvazia a partida que costuma ser chata. Eis que vem a convocação e me deparo com Durval na lista, nada contra o zagueiro santista, mas quais as chances dele ter alguma sequência?  

Parece aquele tipo de convocação ao acaso, do tipo não tem tu, vai tu mesmo. Essa banalização é complicada, Seleção é a nata, aquilo que há de melhor ou deveria ser assim. Durval é um grande cara, disciplinado e bom profissional, mas tecnicamente está longe de se candidatar a vaga na Seleção. O único atenuante é que o tal superclássico é um supermico. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fluminense campeão; Palmeiras quase morto;


Com três de Fred, o Fluminense venceu o Palmeiras por 3x2 e garantiu o tri-campeonato de fato, o tetra segundo a decisão polêmica da CBF.

O Tricolor carioca abriu vantagem, permitiu o empate, alguma pressão, mas logo Fred anotou o gol da virada. Resultado que coroou a bela campanha do time carioca que foi campeão com todos os méritos. Ainda mais por contar com um grande goleiro e um espetacular centroavante que agregam qualidade a um time brigador, frio e altamente preciso. Todas essas qualidades estiveram presentes ontem e delas é que surge o grande poder desta equipe capitaneada com segurança por Abel Braga e olha que esse time tem muito o que crescer para 2013.

O Palmeiras segue sua sina, o azar acompanha a equipe que teve possibilidades de vencer, mas esbarrou em suas deficiências e se vê cada vez mais enterrado na crise. Fora isso a fraqueza técnica do elenco não permite sonhar com um futuro melhor a curto prazo. Uma derrota no domingo que vem e o Palmeiras estará rebaixado, a sorte é que será longe de sua, já enfurecida, torcida. 

Bahia ainda corre risco; Ponte foge bem; Figueirense cai; Flamengo ganha de forma contestada;

Sem objetivo nenhum  o Cruzeiro venceu o Bahia por 3x1. Os baianos ainda seguem ameaçados pelo rebaixamento e precisam de quatro pontos para se afastar de vez da zona da degola.

A Ponte Preta se afastou de riscos maiores ao vencer o Internacional por 1x0. Pior para o Colorado que tem chances remotas para a Libertadores. 

Em Florianópolis, finalmente a agonia do Figueirense acabou e o time estará na Série B em 2013, algo que já era visível a meses. O Sport ainda permanece vivo, o time pernambucano ainda luta e tem boas chances de se livrar. 

Numa penalidade ridiculamente mal marcada, o Flamengo venceu o Náutico decretando a primeira derrota dos pernambucanos em casa nesse Brasileirão.

Grêmio sobe; Galo desiste;


O Grêmio mostrou força no seu penúltimo jogo no Estádio Olímpico. Num jogo decisivo fez 2x1 sobre o São Paulo. O Tricolor gaúcho foi melhor durante o jogo, explorando a falta de combatividade do meio de campo rival que sofreu com a ausência de Wellington, dessa forma Zé Roberto aproveitou e foi responsável pelo gol de empate de André Lima. O Grêmio chegou bem ao segundo lugar. O São Paulo saiu sem vencer os dois jogos maiores que tinha, mostrando que ainda não está preparado para jogos deste porte. O time possui defeitos que só serão resolvidos na próxima temporada. Os principais são as laterias que seguem sendo o tormento, ontem Douglas errou menos, mas Cortes foi uma lástima total, nos dois gols gremistas o lateral estava mal posicionado  Outro problema é a falta de combatividade, pois Casemiro e Denilson são volantes com pouca pegada, sem Wellington o time enfraquece. Porém, analisando a temporada do time em 2012 a classificação para a Libertadores já representa um lucro enorme, basta vencer Náutico e Ponte Preta para ficar tranquilo. 

Em São Januário, o Atlético Mineiro abriu o caminho do título do Fluminense ao empatar 1x1 com o Vasco. O Galo saiu na frente com Ronaldinho, mas Alecsandro deixou tudo igual. O jogo contou com a péssima arbitragem de Elmo Resende que anulou um gol do Vasco de forma inexplicável  expulsou um zagueiro do Vasco de forma equivocada e deu uma penalidade absurda a favor do Galo. Ou seja, não fosse Fernando Prass os mineiros teriam vencido graças a fraca arbitragem. 

Botafogo sonha; Santos dorme; Corinthians acorda;

O sábado foi marcado pelo início da 35ª rodada.

O Botafogo ainda sonha com a Libertadores, precisa vencer ao menos dois dos seus três compromissos e torcer por tropeços do São Paulo. Diante da Portuguesa, o Fogão fez seu dever e ganhou por 3x0. A impressão que dá é que se Bruno Mendes tivesse chegado um pouco antes o time da estrela solitária estaria em uma condição ainda melhor. 

Mesmo com Neymar o Santos perdeu para o lanterna Atlético Goianiense por 2x1. A partida foi marcada pelo sono santista, um time sem garra e sem motivação. O Peixe abriu o marcador, mas viu o time goiano virar em cinco minutos com uma penalidade corretamente marcada e convertida por Marcio. O final da temporada centenária do Santos será melancólico.

Quem despertou foi o Corinthians que se prepara para o Mundial e voltou a usar sua força máxima.  O resultado foi um atropelamento de 5x1 em cima do Coritiba. Tudo bem que o primeiro gol saiu de uma penalidade inexistente, mas a goleada e a sexta colocação provam que o Timão chega com possibilidades ao Japão. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Show do São Paulo no Pacaembu


No dia três de dezembro de 2003, após uma épica vitória por 2x0, gols de Rico e Diego Tardelli, e as expulsões de Fabiano e Luis Fabiano depois de uma briga generalizada, o Morumbi viu Souza e Lugano perderem suas cobranças e Tuzzio dar a classificação ao River Plate que seria vice-campeão daquela segunda edição da Copa Sul-Americana.

Aquela eliminação, embora triste, foi o vibrião do retorno do Tricolor aos certames continentais. Naquele mesmo ano a terceira colocação no Brasileirão levou o time do Morumbi de volta á Libertadores, após dez anos. Aquela noite representou o reinicio, foram sete anos de disputas seguidas de Libertadores com um título, outra final e duas semifinais.

Justamente em um momento parecido o São Paulo volta para as semifinais da Copa Sul-Americana. São três anos longe da Libertadores e quatro sem soltar o grito de campeão. Porém, o elenco atual é mais forte e experiente que o de 2003 e a julgar pela forma como venceu a Universidad do Chile, pode sonhar com a taça.

Mesmo em domínios pouco usuais, a torcida do São Paulo foi em peso ao Pacaembu, fez a festa e foi recompensada pelo time. A La U adversária do São Paulo joga de forma ofensiva, pouco combativa e até irresponsável, isso, obviamente facilitou a vida do Tricolor. O São Paulo realiza esse jogo veloz, vertical e, com espaço de sobra, esse jeito de jogar dá resultado. Fora isso, a necessidade da La U ter que reverter a vantagem de 2x0 conquistada pelo rival no Chile obrigou a tentativa de sufocar.


Porém, apesar disso o São Paulo teve o mérito de definir rapidamente o placar e a classificação. Logo aos quatro minutos, num contra golpe veloz, Jadson abriu o placar e daí em diante o time do Morumbi mandou e brilhou. Lucas e Luis Fabiano trataram de definir o 3x0 antes dos 28 minutos da primeira etapa. A esta altura a torcida já comemorava a classificação e o futebol mostrado, o time já passou a administrar suas forças e a La U ainda tentava entender o que acontecia em campo.


Na segunda etapa  logo aos dez minutos Lucas e Luis Fabiano foram substituídos, mas a intensidade e gana da equipe não foram menores. Toloi e Jadson deram cabo do resultado ao definir o  5x0. O jogo não serve de muito parâmetro, pois dificilmente outro time dará essa liberdade ao São Paulo, mas serve de muito estímulo para o torneio.

domingo, 4 de novembro de 2012

Bahia foge; Atlético Mineiro se conforma; Inter longe da Libertadores;

O Bahia foge da zona do rebaixamento ao vencer a Portuguesa com o gol de Souza. O problema fica com a Lusa que caiu de produção e se aproxima perigosamente do descenso.

Deivid deu a vitória ao Coxa diante do desanimado Atlético Mineiro que pareceu conformado com o vice.

No Recife o Náutico é imbatível e Souza, duas vezes, e Kieza deixaram o Inter longe da libertadores.

Vasco travado; Palmeiras agoniza; Atlético Goianiense rebaixado;

O Vasco mostra que a magia acabou. O time carioca foi dominado pelo Sport. Felipe Azevedo, Hugo e Henrique balançaram as redes, assim o Vasco deu adeus as chances na Libertadores. O Sport ainda acredita em sair da zona, é o único que mostra reação para isso.

O Palmeiras até tenta, mas perde chances demais, erra quando não pode e se desespera, fora isso leva muito azar. O Botafogo abriu o placar, permitiu o empate, esteve na frente de novo, levou sufoco e permitiu o empate palmeirense. A situação dos paulistas é pavorosa, dificilmente não cai. O Bota não sonha tanto com o G4, mas ainda dá.

Em Brasilia, o Corinthians alternativo despachou o Atlético Goianiense para a Série B com gols de Martinez e Guilherme. 

Grêmio no sufoco; Neymar aplaudido, Hernane faz golaço.

A Ponte Preta foi valente e se tivesse um pouco mais de ousadia poderia ter aproveitado quando um gremista foi expulso, mas o Grêmio conseguiu o resultado no fim com o gol de André Lima e se viu mais seguro na terceira colocação. 

Em Minas, Neymar fez três e ainda deu passe para o gol de Felipe Anderson. A atuação de Neymar foi incrível em contraposição a atuação do Cruzeiro que foi um desastre. O jogador santista foi aplaudido até pela torcida rival, mas que fique claro que isso só aconteceu pela raiva da torcida mineira ao seu time. Era uma forma mais de atingir os seus atletas do que realmente de reverência. A admiração é positiva, após o jogo, mas durante o jogador é rival e acabou.

O Figueirense até atacou o Flamengo, mas Hernane assoprou a sombra do rebaixamento para longe e afundou o time catarinense  praticamente rebaixado   

Embate de gigantes


 São Paulo e Fluminense fizeram um grande jogo. Um jogo em que os times fizeram jus ao bom posicionamento na tabela. O 1x1 exprimiu bem o que foi o jogo no Morumbi que teve quase 60 mil pessoas nas arquibancadas.
O jogo teve início com muito estudo, mas mais atitude dos paulistas. Enquanto a marcação adiantada era a arma mais poderosa do time da casa, a incapacidade de executar uma marcação mais firme por parte do lateral Douglas mostrava aos cariocas por onde era possível vencer. O primeiro tempo se desenhou assim, Luis Fabiano era a cara da insistência são-paulina e Wellington Nem mostrava a sua qualidade, mas o sistema defensivo paulista estava numa boa tarde. O Fluminense é melhor que o São Paulo hoje por ter um jogo coletivo mais forte em virtude de entrosamento e de conjunto. Chama muito a atenção o sistema de marcação carioca, as linhas eram bem definidas, tão definidas que escondem as limitações dos zagueiros Gum e Leandro Euzébio, mas um sistema que lembra muito o do Corinthians da Libertadores desse ano. Assim, o 0x0 prevaleceu.
Na segunda etapa, o São Paulo mostrou toda a fragilidade individual dos zagueiros do Fluminense. Gum se assustou com Luis Fabiano e deixou o camisa nove a vontade para abrir o marcador. O Tricolor carioca deu uma desacordada, mas o paulista não aproveitou. Dessa forma o Fluminense mostrou outra qualidade, a frieza. O time voltou a trocar passes e passou a ameaçar o goleiro Rogério. Porém, pelo lado direito veio o castigo, Rafael Toloi tinha a jogada dominada, mas bobeou e Samuel, que havia substituindo o apagado Sobis, cruzou para Fred empatar. Embora Toloi tenha falhado, Douglas também não fez a cobertura, a falha também não deve apagar a boa atuação que o defensor do São Paulo fez na partida. Fred mostrou qualidade e fez o certo, deu uma provocada, coisa que deixa o futebol menos tedioso.
O empate foi melhor para o Fluminense na briga pela taça, mas testou a força do São Paulo que, apesar do empate, viu a torcida sair satisfeita com o empenho demonstrado, além da equipe estar confortável em relação a Libertadores. A derrota do Vasco e a parcial, até o momento em que escrevo, derrota do Internacional, fazem do time do Morumbi cada vez mais tranquilo. Por fim, boa atuação do árbitro Heber Roberto Lopes.  

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Pitacos da Sul-Americana

O Palmeiras não viu a bola em Bogotá, perdeu por 3x0 para o Millonários com facilidade espantosa. O Verdão mesmo com uma vantagem interessante mostrou o motivo de estar entre os últimos do Brasileirão. Porém, a eliminação na Copa Sul-Americana permitirá foco total na busca de se salvar do rebaixamento, o problema é que pode não conseguir.

Os colombianos terão pela frente outro brasileiro, o Grêmio. Em Porto Alegre, o Barcelona do Equador assustou ao abrir o marcador com Mina. Os gaúchos apertaram, Pelarza fez contra e Zé Roberto bateu falta com perfeição para virar. Segue o escrete gremista nas quartas de final.

Cerro Porteño que passou diante do Colon e Tigre que eliminou o Deportivo Quito fazem o outro duelo da chave.

No Morumbi, São Paulo e LDU de Loja fizeram um 0x0 chato demais. O time equatoriano ficou satisfeito em não perder e o Tricolor voltou ao "criatividade zero" e não mostrou força para abrir o marcador. O jogo foi tão fraco que um ato corriqueiro tomou proporções exageradas. Em um dado momento o goleiro Rogério solicitou ao treinador Ney Franco a entrada de um jogador mais alto na área, Rogério se referia a Cícero, Ney optou por Willian José. Na entrevista coletiva Ney Franco afirmou que quem muda é ele.
Transformaram isso em uma crise ridícula. Rogério deu uma sugestão que o treinador preferiu não acatar, tudo normal. Sugerir não é desrespeitar a hierarquia. O jogador pode ser atuante, ainda mais quem tem mais de vinte anos no clube. Depois reclamam que os jogadores não possuem personalidade. Acho que os treinadores devem ouvir seus atletas e incentivar a participação destes. E, cá pra nós, a alteração sugerida pelo goleiro teria um efeito bem melhor. 
O Tricolor pega a Universidad do Chile agora.

A outra chave terá Universidad Católica que perdeu para o Atlético Goianiense por 3x1, mas se classificou pelo gol fora de casa. O rival será o Independiente da Argentina que passou pelo Liverpool uruguaio.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Arbitragem e Brasileirão

Na época em que os mata-matas dominavam o cenário do futebol nacional, houve um sem número de erros de arbitragem que definiram títulos e classificações. O Palmeiras perdeu o Paulistão de 1971 para o São Paulo e reclama até hoje do gol legal anulado injustamente feito por Leivinha. Dois anos depois Portuguesa e Santos tiveram que dividir um paulista, pois o árbitro errou a conta das penalidades. Em 1995 os erros de arbitragem deram ao Botafogo o título nacional sobre o Santos. Em 1998 a Portuguesa perdeu uma vaga na final do Paulistão em uma penalidade estranha que o argentino Javier Castrilli deu a favor do Corinthians. Pararei nestes quatro exemplos se não não haveria linhas para descrever cada erro.
Entretanto a reclamação, embora existisse, era em um tom bem menor. Os clubes vitimados reclamavam, esperneavam, mas a continuidade dos torneios impedia que essa sensação fosse diluída. Com o advento dos pontos corridos no Brasileirão e as melhorias das tecnologias televisivas, os erros ficaram um pouco mais decisivos e evidentes. Embora os erros antigamente decidiam títulos e classificações, sofrer com o erro terminava com o recomeço da competição um tempo depois, nos pontos corridos, com mais jogos a serem disputados, os erros tomam proporções de vitimização constante. Esse é um dos poucos efeitos colaterais negativos dos pontos corridos.
Em 2003 o Brasileirão passou a ser nesse formato. O Cruzeiro foi o primeiro campeão, talvez pela novidade dos pontos corridos e pela larga vantagem que transformou o clube celeste em campeão com a marca de 100 pontos, pouco se disse sobre arbitragem. 
Em 2004, o Santos foi campeão, mas já se ouviam as primeiras reclamações. O Peixe viu Deivid marcar uns oito gols que foram mal anulados pela arbitragem naquela temporada. Mas, foi em 2005 que a coisa degringolou, a conquista do Corinthians acabou manchada pelo esquema que o árbitro Edilson Pereira tinha para manipular resultados, as partidas remarcadas  ajudaram o Corinthians na época, mas não havia jeito, os jogos tinham que ser refeitos mesmo. Para piorar a situação, o vice-campeão Internacional teve oportunidade para passar o Corinthians na antepenúltima rodada, mas o empate em um a um ajudou o Timão, o detalhe é que perto do fim daquela partida o juiz Marcio Rezende deixou de marcar uma penalidade clara em Tinga e ainda expulsou o volante colorado. Ali começou o estigma de favorecimento aos campeões, o tri-campeão São Paulo, Flamengo, Fluminense e, novamente, Corinthians sofreram com essa supervigilância que em alguns casos tinha razão, mas o favorecimento nunca foi provado.
A gênese do que ocorre em 2012 está em 2005. Os acontecimentos daquele ano incidem sobre os demais. O vírus do favorecimento e da sensação de que tudo está esquematizado previamente se espalhou pelas arquibancadas para torcidas bem mais preocupadas em pressionar a arbitragem do que em apoiar seu time. Os apitadores brasileiros são ruins em sua maioria, são abandonados pela comissão de arbitragem que se omite e quando orienta, orienta errado. Há todo um sistema cruel e perverso que mantem sobre a cabeça dos juízes de futebol uma foice pronta para a degola. Jogadores, técnicos, dirigentes, torcedores, alguns árbitros nada humildes e a CBF são agentes que usam a arbitragem para disfarçar suas próprias falhas e que colaboram com uma visão desumana da função. É preciso lembrar que sem árbitro não há jogo, não há esporte.
Hoje de tudo se reclama e enquanto não houver um acerto nessas visões vamos deixar de admirar os grandes jogos, os bons atletas que desfilam em nossos gramados e diminuir tudo isso a algo previamente tramado e se assim o for, para quê vamos ao estádio e ligamos a TV mesmo?  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Flamengo breca o São Paulo; Galo e Flu fazem jogo épico

O Engenhão viu um jogo morno entre Flamengo e São Paulo, em parte pelo forte calor, em parte pela má apresentação técnica dos atletas, principalmente os do lado tricolor.
Jadson, Lucas, Osvaldo e Luis Fabiano tiveram uma tarde bem abaixo do que renderam nas últimas partidas. O Flamengo foi valente e marcou forte, em alguns momentos foi superior ao seu rival em campo obrigando Rogério a entrar em ação. Aos poucos o São Paulo foi melhorando, explorando as laterais e levando vantagem nas bolas enfiadas quando seus volantes se arriscavam no ataque, numa dessas jogadas Denilson foi derrubado por Wellington Silva, penalidade bem marcada, mas mal cobrada. Luis Fabiano facilitou a defesa de Felipe. Ao perder a penalidade o time do São Paulo se abateu e o do Flamengo se agigantou.
Na segunda etapa, Luis Fabiano saiu machucado, entrou Douglas, a mudança prejudicou o São Paulo que ficou sem ofensividade. Depois Ney tentou arrumar pondo Willian José no lugar de Jadson, errou de novo, tirou o armador e permitiu o domínio do rubro negro. Depois de uma falta o zagueiro Gonzalez cabeceou para tirar a invencibilidade de quatro jogos sem tomar gols do São Paulo e brecar as quatro vitórias seguidas.
No todo o Mengão mereceu mais a vitória e praticamente afasta a sombra do rebaixamento. Já o São Paulo voltou a mostrar as falhas do seu elenco, piorada pela má jornada dos melhores do time. Além disso, a equipe que tentava se aproximar do terceiro lugar, voltou a ficar quatro pontos atrás e corre o risco de ver o Vasco mais perto do retrovisor.

Em Minas houve um embate digno dos dois primeiros colocados. O quadro era pitoresco, um Fluminense nove pontos na frente e um Atlético sabedor de que estava diante da sua última oportunidade de brigar pela taça. A torcida estava inflamada e os narizes vermelhos, em alusão a uma suposta ajuda da arbitragem ao rival, algo que não tem o menor fundamento até aqui.
O Galo foi logo mostrando suas esporas e mandou na primeira etapa, o Fluminense apenas se defendia bravamente e contava com a competência de Cavalieri e também com a sorte, foram pelo menos três bolas na trave na primeira etapa. Quando o goleiro foi vencido, o juiz impediu o gol de Ronaldinho, dando falta na barreira, no meu entendimento não houve a falta, mas isso depende demais da interpretação. Houveram gritos de vergonha das arquibancadas, o exagero natural das torcidas.
Na segunda etapa, de tanto bater o Galo abriu a guarda, Fred viu Nem sozinho, ele não perdoou e abriu o placar, cirurgicamente o Flu é mortal. Porém, do outro lado estava Ronaldinho que em Minas lembra aquele jogador do Barcelona. O R49 meteu linda bola para Jô empatar, depois cruzou para o camisa 32 fazer o segundo dele e virar o placar. Fred mostrou faro de gol e empatou, mas Ronaldinho mostrou que em Minas, canta o Galo, colocou com perfeição na cabeça de Leonardo Silva que deu a vitória e fez o atleticano vibrar. O jogo foi tão disputado que Fred disparou impropérios contra o amigo Cuca e o Atlético comemorou diminuir em seis pontos a caça ao líder. Agora, depois de um jogão desse, ainda precisa falar de arbitragem?

Apanhadão dos jogos que não vi

O Palmeiras segue vivo na briga para sair do zona do rebaixamento, graças a Barcos que foi o matador que todos esperam fazendo dois gols decisivos na vitória sobre o Cruzeiro, resultado que dá moral, mas ainda longe de salvar o Verdão.

O Corinthians até esboçou ajudar o Palmeiras quando Douglas abriu o marcador, mas o mistão do Timão viu Fahel empatar de cabeça. Prejudicando, embora não tenha compromisso nenhum, o seu rival. Deixo claro que não houve nada que mostrasse má vontade, jogo normal.

Em jogo tecnicamente fraco, Grêmio e Coritiba ficaram no 0x0. Diante deste novo tropeço complicou a vida dos gaúchos para o título, mas a derrota do São Paulo deixa o time longe de ser ameaçado, por hora, na busca pela Libertadores. 

Na briga para ver o rebaixamento de longe, Náutico e Portuguesa não saíram do zero, melhor para os paulistas que arrumaram um pontinho onde poucos conseguiram.

A Ponte Preta engoliu o Santos com Neymar e tudo. O time campineiro aproveitou o fator casa e venceu com um gol de Luan e não fosse Rafael o prejuízo seria ainda maior para o time de Muricy. Assim mais um rival regional deixou o Palmeiras na mão.

Outro resultado que deixa o Palmeiras preocupado, foi a vitória do Sport sobre o morto-vivo Atlético Goianiense por 1x0, gol de Hugo.

A rodada se encerra quarta com Vasco x Internacional e Figueirense x Botafogo. 


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

São Paulo mais perto da Libertadores; Vasco perde clássico; Sport respira.

O São Paulo fez o dever de casa ao bater o Atlético Goianiense por 2x0 no Morumbi. A vitória consolidou o Tricolor no G4 se aproximando do terceiro colocado Grêmio e se afastando de Vasco e Internacional.
O jogo não fugiu do controle do São Paulo em nenhum momento. A pressão empurrou os goianos ao seu campo até as brechas deixadas pela retaguarda permitissem que Paulo Miranda e Osvaldo anotassem os tentos. No fim Lucas ainda acertou a trave e Luis Fabiano perdeu uma penalidade. Boas atuações de Paulo Miranda, Wellington, Jadson e Osvaldo. Destaque para a defesa, invicta a quatro jogos.

No Engenhão um belo clássico entre Botafogo e Vasco. Poderia ter sido melhor não fosse a imprecisão nos passes, foram mais de cem errados. Porém, o 3x2 em favor dos botafoguenses representou bem o que foi o jogo.
O Vasco abriu o marcador com Carlos Alberto, porém brilhou a estrela do recém contratado Bruno Mendes que cruzou para Elkesson empatar. Depois Felipe aproveitou a ingenuidade do zagueiro Doria e deixou livre para Carlos Alberto marcar outro e decretar a vantagem do cruzmaltino na primeira etapa.
Na segunda etapa, o Vasco teve boas oportunidades, mas Bruno Mendes decretou a vitória do Botafogo. Primeiro aproveitou cruzamento da direita, depois chutou forte da entrada da área para virar o placar.
Para o Fogão a vitória acalma o ambiente. Para o Vasco a derrota impede uma briga mais firme pela Libertadores.

Em Recife, o Sport sobrevive, com boa atuação de Cicinho, o time fez 3x1 na Ponte Preta. Rithely, Tobi e Gilsinho marcaram pelos pernambucanos e Giancarlo deixou o dele para a Macaca.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Começo elétrico; O chinês de Varginha; Oxo em São Paulo

O Santos começou arrasador e com 19 segundos já abriu a contagem, Felipe Anderson acertou cruzamento e Miralles fez. Com o Atlético surpreso, Neymar fez mais um gol antológico e aumentou a vantagem do Peixe. Aos poucos o Galo equilibrou o jogo, aproveitando as falhas de marcação dos laterais santistas, Bernard diminuiu. Depois em um contra ataque Ronaldinho lançou Bernard que dividiu com Rafael, a bola sobrou para Jô igualar.
Tudo isso em menos de vinte minutos. O começo avassalador só foi brecado pela contusão do zagueiro Rafael Marques que desmaiou em campo. Depois Léo e Bernard também saíram em virtude de contusão e assim a partida teve seu ritmo quebrado e não foi tão boa. Ronaldinho foi disreto, Neymar foi mais ativo e poderia ter marcado mais um não fosse a intervenção do goleiro Victor, no fim o cansaço se abateu sobre o jovem santista e o placar não se alterou.

Em Varginha, o time mais que reserva do Corinthians viu Martinuccio e Anselmo Ramon darem a vitória ao Cruzeiro. Um jogo que não valia muito para as pretensões das duas equipes, por isso até Tite lançou mão do chinês Zizao que foi contratado no inicio do ano. O camisa 200 do Timão foi discreto, mas mostrou habilidade ao tentar pedalar, quem sabe Zizao possa ser uma grata surpresa.

A Portuguesa não saiu do zero diante do Flamengo. Em um jogo chato as duas equipes mostraram que sua posição ruim na tabela não é por acaso. 0 x 0 ou oxo como diriam os antigos. 

Inter tropeça; Coxa vence e contrata

Dagoberto fez um golaço, mas Aloisio empatou logo. Rafael Moura fez seu primeiro gol pelo Colorado, mas Roni manteve a igualdade. No fim, Aloisio decretou a virada do Figueirense e o Internacional de Fernandão se contenta em ser coadjuvante em 2012.

 O Coritiba anunciou o meia Alex e venceu o Náutico na noite de ontem. Deivid fez um gol e contou com a ajuda do zagueiro rival para o segundo. Kieza diminuiu.

Flu e Grêmio fizeram um duelo de titãs; Palmeiras respira por aparelhos.

No Engenhão, Fluminense e Grêmio ficaram no empate em 2x2 num duelo direto pela taça. Na Bahia, Betinho deu a vitória ao Palmeiras, após belo cruzamento de Barcos.

O primeiro tempo no Rio de Janeiro foi movimentado. O Grêmio explorava bem os contragolpes e acertou a trave de Diego Cavalieri, Elano era o gremista mais perigoso. O Flu marcava na frente, executava bem seu jogo de pressão, mas Nem fazia falta, pois Sobis não conseguia ser efetivo pelos lados do campo, essa situação levou pouco perigo ao goleiro Marcelo.

No Pituaçu, o Palmeiras entrou com três atacantes e a medida funcionou logo aos 19 minutos quando Betinho abriu o marcador em jogada de Barcos. O único momento de inspiração do jogo, no mais muita marcação, correria e bolas alçadas. O Bahia, sem Souza, perde profundidade e pouco ameaçou o gol de Bruno, melhor para o Verdão que reage no torneio.

No Rio correria, mas com muito mais qualidade. Elano deu uma de Messi e bateu falta rasteira para abrir o marcador. Digão logo empatou e Sobis bateu forte para virar. Luxemburgo foi para o ataque e colocou Marcelo Moreno no jogo, mas o boliviano só ficou 40 segundos em campo, foi expulso por agredir Sobis. O Tricolor gaúcho não se abateu e empatou com Zé Roberto. O jogo foi bom, o resultado melhor para o Flu que segue em primeiro.  

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mais otimismo após o Japão

O Japão não é um grande adversário, mas certamente é mais forte que Iraque e China. O Brasil foi mais testado uma vez que os japoneses possuem doze atletas no futebol europeu e isso acaba com aquela ingenuidade que costumam atribuir aos jogadores asiáticos, o que não passa de uma opinião simplista.

 O resultado por 4x0 deve ser esquecido, até pelo gol feito em uma penalidade inexistente, era o segundo que facilitou muito a vida do Brasil. O mais importante foi a movimentação ofensiva da equipe, a movimentação do quarteto Oscar, Hulk, Kaká e Neymar foi interessante e dificultou a marcação rival, fora disso Ramires e Paulinho chegaram bem ao ataque. Só faltou a parte dos laterais, Adriano e Leandro Castan se esforçam, mas Daniel Alves e Marcelo são titulares absolutos.

A Seleção precisa montar um time base e a partir daí seguir com essa estrutura até a Copa do Mundo. Existe qualidade para o Brasil. A torcida precisa ser mais paciente, pois mantida essa base e essa estrutura de jogo a tendência é o crescimento natural.

Rodada 30

A rodada que deu fim ao terceiro quarto do Brasileirão 2012 foi marcada por erros de arbitragem, entrada do São Paulo no G4 e aumento do desespero do Palmeiras.

O Flamengo empatou com o Cruzeiro no Rio de Janeiro em 1x1. O lance polêmico foi o gol de Liedson feito após uma ajeitada na mão de Vagner Love, gol ilegal, mas anotado. O Flamengo segue preocupado com o rebaixamento.

O Internacional praticamente deu adeus para a Libertadores, a derrota, de virada, por 3x1 para o moribundo Atlético-GO. O Colorado vive uma fase estranha, a organização pareceu ruir, Fernandão, ainda, não pode ser treinador de uma equipe grande.

Na noite de sábado, Corinthians e Portuguesa fizeram um derbi que terminou em 1x1. Destaque para o golaço de Douglas e para a contusão de Emerson que praticamente só voltará a jogar no Mundial.

Na Vila, Miralles passou a justificar sua contratação pelo Santos ao fazer os dois gols na vitória sobre o Vasco e ainda alenta o sonho de ir para a Libertadores. Já o Vasco parece nocauteado e segue em queda livre ao cair para o quinto lugar.

Ajudado pelo Santos, o São Paulo só precisou de vinte minutos para fazer 2x0 sobre o Figueirense com gols de Luis Fabiano e Douglas. Depois disso, o Figueirense se mostrou inofensivo e a entrada no G4 foi confirmada pelo time de Ney Franco.

O Atlético MG sofreu para virar contra o Sport. Hugo abriu o placar, mas Leonardo fez os dois gols que deram a virada ao Galo. O Sport reclama, com razão, uma penalidade no fim da partida. O juiz Flávio Guerra não marcou e ainda chamou os jogadores para a briga.

O Coritiba venceu o Bahia por 2x1. Os paranaenses afastaram quase de vez a sombra do rebaixamento, os baianos voltam a ter pesadelos com a zona do descenso.

Nos Aflitos o Náutico aumentou a aflição do Palmeiras e venceu por 1x0. O Verdão segue a passos largos para o calvário da Serie B.

A Ponte Preta abriu o marcador no Rio com um belo arremate de Luan. Porém, a arbitragem entrou em ação ao marcar uma penalidade inexistente, Fred bateu e fez seu gol de número quinze dividindo a artilharia com Luis Fabiano, e marcou uma falta invertida que deu a chance de Gum virar o placar, a instituição Fluminense não tem nada com isso  mas a ação do juiz modificou o placar.

Por fim, o Grêmio viu o título ficar distante ao empatar com o Botafogo em 1x1. Léo Gago animou a gauchada, mas Bruno Mendes esfriou a festa no finalzinho.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Rodada 29

Fluminense que abriu nove pontos na liderança, São Paulo que diminuiu a distância para a Libertadores e Coritiba que ficou mais distante da zona de rebaixamento foram os vencedores da rodada.

O Botafogo espremeu o Santos na primeira etapa, Elkeson parou duas vezes na trave, mas o Santos, no estilo Muricy, suportou a pressão e venceu usando a bola aérea e o contra ataque. Na primeira André aproveitou escanteio, o camisa nove por pouco não ampliou, mas foi Miralles que fez o segundo.

Após jogos seguidos sem vitórias, o Cruzeiro com gols de Montillo e Souza, derrotou a Portuguesa e recuperou um pouca da confiança.

Em Campinas, Douglas deu a impressão de que o Náutico teria sua primeira vitória fora de casa, mas Rildo deixou tudo igual, no fim Souza cometeu penalidade e Marcinho afastou a crise da macaca.

No duelo dos desesperados, o Figueirense fez 3x1 no Atlético Goianiense, mas o destino de ambos parece já estar selado na competição, Série B em 2013.

O Fluminense continua fazendo a melhor campanha da história dos pontos corridos. Fred não marcou, coube a Bruno e a Rafael Sobis anotarem os gols que fizeram o Fluminense disparar na liderança e só perde o título em caso de desastre.

O São Paulo entrou numa decisão diante do Vasco e decidiu. O Tricolor fez seguramente sua melhor partida fora de casa na temporada, marcou na frente e atrapalhou o time adversário, Luis Fabiano deixou o dele e o time poderia até ter feito mais gols na primeira etapa. Na segunda etapa, Osvaldo fez um belo gol que coroou sua grande partida, no fim Rogério garantiu o resultado com belas defesas. O Tricolor joga pressão para o Vasco.

O Flamengo até saiu na frente com Renato Santos em impedimento, mas depois Edenilson, Paulo André e Emerson trataram de virar o jogo para a equipe que nada tem a perder no torneio. No fim Liedson diminuiu, não comemorou em respeito a torcida corinthiana e saiu reclamando dos atrasados no Mengão.

O Internacional segue sonhando com a Liberadores, bateu o Atlético Mineiro por 3x0. Os jovens Jackson, Fred e Cassiano foram as redes pelo time de Fernandão. O Atlético que foi prejudicado demais com a intervenção do STJD que excluiu Ronaldinho do jogo sem que o juiz tivesse punido durante a partida caiu para o terceiro lugar.

Em Araraquara um abatido Palmeiras pouco ameaçou o Coritiba. Apesar do zagueiro Lucas Claro merecer a expulsão em uma jogada contra o meia Tiago Real, mas o mais prejudicado foi o Coxa que teve um gol mal anulado. Porém, em mais uma falha gigantesca da defesa palmeirense  Everton Ribeiro sofreu penalidade que Deivid anotou. O Coritiba respira, o Palmeiras agoniza.

O Sport também entrou em desespero e perdeu por 3x1 para o Grêmio. Os gaúchos agora são segundo colocados e os pernambucanos estão mais perto da degola.    

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Rodada 27

Mais uma rodada em que as primeiras e as últimas posições permanecem as mesmas.

O Vasco assustou quando viu Caio abrir o placar para o Figueirense, mas o time carioca comandado por Juninho virou o marcador e de quebra voltou a abrir quatro pontos de vantagem sobre o São Paulo na briga pela Libertadores. O Figueirense vai se entregando rumo a Série B.

Em Minas, o Cruzeiro não saiu do 0x0 contra o Inter, placar ruim para ambos que não empolgam na competição. Os cruzeirenses praticamente dão adeus as chances de ir para a Libertadores, os gaúchos ainda podem sonhar, mas a situação é complicada. Olha que o Cruzeiro poderia ter vencido, numa penalidade que Borges marcou, mas Paulo Cesar de Oliveira mandou voltar de forma acertada, na segunda cobrança Borges errou, Oliveira deveria ter mandado voltar novamente por invasão, não o fez e placar não se moveu.

A Portuguesa segurou o empate diante do Atlético MG. A Lusa precisa se preocupar com a parte de baixo, o time havia reagido, mas voltou a flertar com o rebaixamento. Já o Galo mineiro perdeu o gás, as carências do time apareceram e a equipe já está seis pontos atras do líder.

O Náutico afundou o Atlético GO. Os pernambucanos ainda correm algum risco, já o pessoal do Dragão sabe que é questão de tempo o rebaixamento.

O Palmeiras segue em recuperação. A vitória por 3x0 sobre a Ponte Preta foi determinante para diminuir a distância que já foi de oito pontos para apenas três do primeiro time fora do rebaixamento. Gilson Kleina botou ordem na casa. Já o ex-time de Kleina, está em declínio, a Ponte corre riscos.

No Fla-Flu, Love não fez, Fred fez e garantiu a vitória tricolor e a liderança cada vez mais isolada do Fluminense, rumo ao título.

O Corinthians deu uma paulada de 3x0 no Sport. Os pernambucanos continuam perto de deixar a zona do rebaixamento mas sofrem pressão do Palmeiras. O Timão segue sem grandes missões no torneio. Fato lamentável foi um escocês entrar com a camisa verde e branca do Celtic no estádio e sofrer pressão só por usar a camisa da mesma cor que a de um rival, sem nem ser da equipe. Torcedor precisa aprender a pensar mais.

O São Paulo voltou a apresentar um mau futebol fora de casa. Cansado da viajem a Loja e sem treinar, o time sofreu pressão e viveu apenas dos lampejos de Lucas. Embora a penalidade de Rhodolfo não tenha existido e permitiu o gol do Coxa, o São Paulo não mereceu mais que o empate que veio com Osvaldo em impedimento. O Tricolor se vê distante do Vasco novamente. Nota triste foi a tentativa de agressão a uma menina de 13 anos só por ter ganho a camisa de Lucas. A torcida do Coxa não gostou da atitude, fala sério vai, cada dia mais sinto que o valor humano se perde nos campos de futebol.

O Bahia brecou o Botafogo e venceu por 2x0.

Por fim, o Santos empatou com o Grêmio. Neymar apanhou muito e ainda foi expulso, uma lástima da arbitragem.  

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Rodada 26

A rodada não marcou grandes mudanças, mas o São Paulo se aproximou mais do G4 e o Coritiba se aproximou perigosamente da zona de rebaixamento.

O Fluminense assumiu a liderança real ao vencer o Náutico. Fred marcou mais um gol na briga pela artilharia. No fim os pernambucanos reclamam uma penalidade, que para mim não houve.

Em Florianópolis, o Palmeiras mostrou mais vontade sob o comando de Gilson Kleina, Marcos Assunção bateu as faltas e ainda fez um gol e ajudou na vitória contra um rival direto na briga para fugir do rebaixamento.

Já o Santos, sem Neymar, foi engolido pela Portuguesa. A Lusa fez 3x1 e só não ganhou de goleada por causa de um gol mal anulado. O Peixe é dependente de Neymar, mas ele só é atacante, o problema do Santos passa pelo meio e pela zaga. O trabalho de Muricy Ramalho merece críticas.

No Rio, o Botafogo teve em Seedorf a sua grande figura, o meia de 37 anos anotou dois gols. O time estaria melhor na briga pelo G4 não fosse o pênalti absurdo em favor do Corinthians, não foi falta, além disso Martinez estava impedido. No fim, deu empate.

No Morumbi, apresentação de Ganso, 40 mil pessoas e um jogo bem fraco. Osvaldo deu a vitória para o São Paulo e o time bate a porta do G4. No Cruzeiro, Celso Roth balança no cargo.

Em Campinas prevaleceu o 0x0. A Ponte Preta mostrou que vai atrapalhar muita gente. O Vasco vai perdendo o pique.

O Flamengo saiu atrás no marcador, mas um gol do estreante Cléber Santana ajudou na vitória. O Atlético GO se agarrou na lanterna e o Mengão saiu de perto da zona de perigo.

No Sul, o Inter reagiu e acabou com a invencibilidade de Jorginho a frente do Bahia.

Em Recife o Sport reagiu ao vencer o Coritiba. O time de Pernambuco está a um ponto de sair da zona de rebaixamento. Já o Coxa está se aproximando perigosamente da zona de descenso.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Ganso voou

Fim de uma das novelas mais chatas do futebol brasileiro, PH Ganso trocou o Santos pelo São Paulo. As negociações se arrastaram ao longo das últimas semanas, mas o final parece ter sido o melhor para todos os envolvidos.
Há um mês atrás escrevi que todos perdiam no caso. O Santos não defendia o atleta, não tentava contemporizar e, com razão, não oferecia melhores condições financeiras. O jogador perdia o respeito dos torcedores do Peixe, demonstrava pouco interesse em campo e via sua figura desvalorizada. O São Paulo perdia tempo na negociação, desgastava a relação com o Santos e ainda investia num atleta que, para todos os efeitos, não demonstra mais usar todo o seu potencial.
O fato é que de quinta para sexta a coisa foi resolvida. O São Paulo desembolsou 24 milhões, Santos e DIS se acertaram e Ganso conseguiu o que queria. O Tricolor ganha um atleta de talento, um meia que a torcida tanto cobrava, se conseguir recuperar o jogador tecnicamente e psicologicamente terá um acréscimo de talento. O Santos se livra de um problema, um jogador que ficava mais em recuperação do que jogando, além de tudo não demonstrava mais vontade de atuar com a camisa santista. A diretoria santista trabalhou bem, tirando o máximo que podia, claro que naturalmente agiu em prol do clube, embora devesse ter se esmerado mais em observar o lado humano. Ganso conseguiu o queria, saiu, mas ao mesmo tempo perdeu cobertura, no Morumbi terá que provar seu valor.
Ainda é cedo para fazer um prognóstico, para o Tricolor aparecem vários exemplos de jogadores que vieram de rivais, uns com sucesso, outros foram fracassos, resta saber se Ganso será um novo Pita ou um novo Ricardinho. O Santos precisa investir, o futebol da equipe está longe de ser tão bom quanto o de 2010.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Gilson Kleina, uma boa ideia

O Palmeiras deu um passo para tentar salvar a temporada e se preparar para a próxima. A contratação de Gilson Kleina, que treinava a Ponte Preta, dá um indicador de que a diretoria luta para continuar na primeira divisão, mas já mira a possibilidade das coisas não darem certo.
Kleina fez bons trabalhos em times menores, dois anos muito bons na Ponte Preta, já estava na hora de uma grande oportunidade. Com uma visão diferente, o novo treinador vai poder remontar a equipe e tentar resgatar o Palmeiras.
É uma boa ideia, basta saber se haverá paciência para que o trabalho possa dar frutos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Todos contra Neymar

Sempre tomo cuidado ao falar de Neymar. Muitos já o descrevem como gênio, espetacular, novo Pelé, eu ainda me refiro a ele como bom jogador, craque muitas vezes, mas ainda deve, deve uma boa sequência de jogos pela Seleção por exemplo, deveu diante do Barcelona, deveu nas Olimpíadas e deveu na Libertadores diante do Corinthians. Não quero dizer que ele jogou sozinho, não merece carregar culpa, afinal já ganhou inúmeros jogos sozinho também, mas ainda não se pode perder de vista de que ainda é um jogador em formação.

Outro ponto sobre ele é que já foi desiludida a idéia de torná-lo ídolo nacional como Luis Álvaro pretendia. Antigamente era comum ir ao estádio para ver um grande jogador que jogava em outra equipe, principalmente pela existência menor de televisores e inexistência da internet, assistir a um grande jogador era um acontecimento. Ainda assim o próprio Pelé foi provocado muitas vezes, sempre respondendo com gols. A geração da qual me incluo perdeu um pouco dessa cordialidade, talvez tenhamos nos acostumado com a distância que a polícia tem que fazer entre duas massas para evitar confrontos ridículos, talvez seja o sinal dos tempos, mas fazer um ídolo nacional aqui é mais difícil. Ronaldo foi essa figura enquanto jogava no exterior, quando jogou no Corinthians, ganhou a antipatia de boa parte dos torcedores rivais, isso era natural, era impossível fazer gols nos adversários sem incomodá-los. Ontem em Curitiba, Neymar sentiu isso na pele.

A torcida do Coritiba pode nem admitir isso, mas boa parte dela foi ver Neymar em ação, principalmente para ver se o time pararia o atacante santista, o que não deixa de ser uma admiração as avessas. A torcida da casa pegou no pé de Neymar, normal, o bom jogador incomoda mesmo e deve fazer isso, tem que pensar em ser aplaudido por sua torcida. Neymar calou as vaias com talento, fez dois gols, o primeiro uma pintura. Depois fez o certo, fez uma provocaçãozinha e recebeu um amarelo injusto.

O problema foi o discurso de vítima do treinador Muricy Ramalho. Como sempre o velho papo de que batem demais nele, acho sim que ele sofre faltas mais que os outros, mas sofre por ser um jogador de alto talento e até agora não vi um jogo em que houvesse uma carnificina a ele. Outro ponto é sobre as vaias para mim absolutamente normais doas adversários e descabidas na Seleção como houve no Morumbi.   Neymar também não é santo, sabe provocar, sabe em quem aplicar um drible, não é um menino. Ele escolheu ser jogador de futebol, existirão os que irão adorá-lo e os que irão odiá-lo, cabe a ele lidar com isso.

Sou contra essa visão de todos contra ele, no final de semana apenas o árbitro foi o errado ao dar um amarelo estúpido.

O risco Palmeiras

A derrota por 2x0 para o maior rival foi o menor dos males para o Palmeiras. O time demonstrou muita vontade, vontade que só foi menor que o descontrole emocional da equipe e nessas horas até a sorte parece abandonar o time palestrino.

Sem Felipão, coube a Narciso, ex-volante, dirigir a nau palmeirense na tarde quente no Pacaembu. Verdade seja dita que nenhum jogador da equipe se escondeu. Henrique, Correa, Marcos Assunção, que entrou sem condições totais de jogo, Valdivia, Luan e Barcos estavam em campo, assim como um bom número de torcedores que enfrentaram a má fase.

O Verdão equilibrou o jogo, o Corinthians fazia seu velho jogo de pressão na saída de bola e aproveitamento de erros do adversário. O Palmeiras tentava revidar, mas o descontrole emocional era grande demais, cada erro de passe, cada chute mal dado era seguido de uma sofreguidão nítida. Não demorou para que Luan, o mais exaltado do Palmeiras, tomasse um cartão amarelo. Assim como não demorou o primeiro erro fatal da retaguarda verde, Juninho bobeou, Romarinho tomou a bola e abriu o marcador. O avante corinthiano comemorou diante da torcida rival o que gerou a ira dos jogadores palmeirenses, principalmente de Luan que quase pediu para ser expulso, no fim o advertido foi o corinthiano. Foi provocação? Talvez, mas se foi faz parte do jogo, o Palmeiras tinha que responder na bola. Aí entrou em ação o árbitro Marcelo Aparecido que expulsou Luan ainda na primeira etapa sem motivo algum para isso. Com um a menos o Palmeiras foi valente e por pouco não empatou, mas a sorte estava contra, Henrique parou na trave.

Na segunda etapa o Palmeiras tentou ainda mais, mas João Vitor errou passe na bola que achou Paulinho para ampliar. O desespero tomou conta, o jogo já estava perdido. O bom meia Tiago Real quase conseguiu ajudar a diminuir o placar, mas Valdivia perdeu gol claro. O chileno ainda marcou um gol, mas foi anulado pois o bandeira marcou falta inexistente de Obina, mas é uma daquelas coisas que acontecem na fase ruim.

A arbitragem do senhor Marcelo Aparecido foi confusa, uso sem critério dos cartões amarelos, atrapalhou as duas equipes, um pouco mais o Palmeiras. Distribuiu nada menos do que 12 cartões amarelos, pelo menos cinco deles sem motivo real. No segundo tempo já tinha abusado tanto do amarelo que não quis mais usar com medo de expulsar mais alguém.

Ao fim do jogo, revolta nas arquibancadas e desolação em campo. Houve quebra-quebra nas cadeiras do estádio, invasão das tribunas e até quebra-quebra no restaurante de um dos diretores do Palmeiras, todas essas ações condenáveis e tristes.  Temo até pela integridade física dos envolvidos em caso de queda. O torcedor de verdade precisa apoiar a equipe, não se pode encarar uma possível queda como foi a de 10 anos atrás, naquele tempo cair significava o limbo, hoje a Série B é bem mais valorizada. Cair nunca é agradável, mas o fato é que apesar dos pesares, o Palmeiras continuará existindo e já voltou uma vez, pode voltar de novo caso caia.

domingo, 16 de setembro de 2012

Rodada 25

Os quatro primeiros não mudaram apesar que nenhum deles saiu com vitória nessa rodada. Melhor para o São Paulo que segue em quinto, mas bem perto da Libertadores. Pior para o Palmeiras que só não está em último pela péssima campanha do Atlético Goianiense.

Em Volta Redonda a surpresa veio com a vitória do lanterna Atlético Goianiense sobre o líder Fluminense. Sem Fred, os tricolores cariocas ficaram sem forças e tiveram uma derrota justa.

No Morumbi com ataque mais contundente, o São Paulo tornou o jogo fácil contra a Portuguesa ao pressionar a defesa rival. Osvaldo, Luis Fabiano e Lucas infernizaram a marcação e facilitaram a vitória por 3x1 para a equipe que volta a quinta colocação.

No Pacaembu o Corinthians com Romarinho e Paulinho afundou o rival Palmeiras na crise. O Palmeiras se esforçou no jogo, correu, marcou, tentou, mas esbarrou num adversário bem melhor. Além disso, emocionalmente o time palestrino está destruído, o time marcou com muita agressividade e mostrou destempero, o que levou até a expulsão do atacante Luan, justa no contexto, injusta no lance. O Palmeiras tá com cara de rebaixado, nessa horas até a sorte abandona a equipe.

Em Minas, Cruzeiro e Vasco empataram e seguem longe de seus objetivos, o time carioca se segura em quarto, mas parece cada vez menos firme por lá.

Em Curitiba, o Coritiba abriu o marcador, mas Neymar com fome de gols e irritado com as vaias adversárias garantiu a virada.

Em Recife o Galo deu uma escorregada e Souza deu a vitória ao Náutico sobre o Atlético Mineiro.

Na Bahia, o Tricolor baiano segue invicto sobre o comando de Jorginho e venceu o Figueirense no finalzinho do jogo com, acreditem se quiser, Claudio Pittbull.

No Rio, o Flamengo foi mais seguro e empatou com o Grêmio.

No Beira-Rio o Sport fez dois gols, mas não segurou a força do Colorado que empatou a partida.

Em Campinas, o Botafogo perdeu a chance de encostar na Libertadores e não saiu do empate com a Ponte Preta.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cristovão, Marcelo, Felipão e a dança das cadeiras

Perto do fim do campeonato os cargos de treinador começam a ser mexidos. Basta uma sequência de maus resultados ou se assustar com o rebaixamento para o treinador ser demitido, muitas vezes sem o menor respeito pelo trabalho realizado.

A primeira vítima foi Marcelo Oliveira que apesar de levar o Coritiba a duas finais de Copa do Brasil seguidas, grande feito em um time mediano e com menos recursos. Marcelo era a continuidade de um trabalho extremamente bem feito que começou com Renê Simões, passou por Ney Franco e continuava com Oliveira. A demissão vai ter que fazer o planejamento todo se reiniciar com Marquinhos Santos, basta ver se ele conseguirá repetir o sucesso dos antecessores.

Marcelo logo encontrou emprego. Cristovão Borges caiu no Vasco, mesmo entre os quatro melhores do torneio, algumas derrotas, após uma queda de qualidade no elenco vascaíno com a saída de atletas importantes, o treinador não resistiu aos 4x0 sofridos para o Bahia. O trabalho que iniciou após o AVC de Ricardo Gomes, acaba abreviado de forma prematura, a sorte é que Marcelo Oliveira é um ótimo profissional.

A única demissão que concordei foi a de Felipão. Ele conseguiu tirar tudo que podia do limitado time palmeirense na Copa do Brasil e foi campeão. Lamentavelmente, enquanto brigava pela taça, deixou de lado o Brasileirão e esses pontos desprezados fazem falta agora. A derrota contra o Vasco jogou o Palmeiras para a vice-lanterna, há sete pontos do primeiro fora do rebaixamento. O resultado disso tirou Felipão do cargo.

Felipão perdeu o controle sobre o grupo e o fato de nunca ter sido um técnico capaz de diferenciar táticas e abandonar o estilo mais duro de jogo eram barreiras numa recuperação. Talvez um treinador de estilo mais brando dê nova perspectiva.  A situação palmeirense é desesperadora. Para piorar lá vem o Corinthians no domingo.

Rodada 24

A rodada de número 24 do Brasileirão acontecida nesta quarta e quinta não alterou o posicionamento dos líderes e nem dos candidatos ao rebaixamento. A rodada foi marcada por poucas mudanças e resultados lógicos.

No Pacaembu, o desinteressado Corinthians jogou mal e a Ponte Preta teve as melhores chances. O time campineiro abriu o marcador, mas no fim permitiu o gol de Emerson que decretou o empate e deixou o Timão com a cara de Robin Hood, que atrapalha os grandes, mas se complica com os pequenos.

A Portuguesa quase conseguiu aproveitar a noite pouco inspirada do líder Fluminense. Porém, em dois minutos Jean e Wellington Nem mostraram que o time carioca tem muita força e está com vontade de retomar o título nacional.

Em Santa Catarina o Figueirense deu mais uma mostra da sua recuperação buscando sair do rebaixamento. O time venceu o Cruzeiro com gols de João Paulo e Aloísio. Os mineiros ainda sonham com a Libertadores, mas entraram em queda pelos últimos resultados.

Sport e Bahia ficaram no empate em duelo direito para sair de baixo da tabela. Hugo abriu o marcador e Helder empatou. O resultado foi pior para os pernambucanos que ainda lutam para escapar da zona de perigo.

Em Goiás, o ritmo de recuperação do lanterna Atlético Goianiense  vai diminuindo. O time empatou o marcador, mas o estreante Deivid fez o segundo do Coritiba e fez o time reagir depois da demissão de Marcelo Oliveira. Os paranaenses podem respirar mais aliviados até a próxima rodada.

O Vasco que demitiu Cristovão Borges, venceu o Palmeiras por 3x1 e se segurou na quarta posição. O novo treinador, Marcelo Oliveira, observou a vitória das tribunas. Pior para o Palmeiras que agora é vice-lanterna, demitiu Felipão e parece sem forças para reagir, tá lembrando demais o time rebaixado em 2002. Um segundo rebaixamento será a coroação da incompetência da diretoria alviverde.

Na Vila, o Santos afundou o Flamengo na crise. Os gols de Vitor Andrade e de Neymar deram a vitória ao time de Muricy que pode se animar no torneio. O Flamengo está na linha do rebaixamento se bobear vai cair para a Série B.

Em Minas o Atlético Mineiro venceu o São Paulo por 1x0. Apesar do enorme prejuízo que o São Paulo teve com a absurda arbitragem que Sandro Ricci realizou, principalmente ao expulsar indevidamente o lateral Douglas, o Galo mereceu vencer, até já dominava a partida antes da expulsão. O time do Morumbi é muito oscilante e por isso parece longe de querer algo na competição.

Botafogo e Inter tiveram a possibilidade de chegar mais perto da Libertadores, mas o empate em 1x1 foi péssimo para ambos.

Por fim o Grêmio continua sendo a terceira força. Marco Antônio e Kléber fizeram a alegria para os gaúchos.